Diogo Sousa é um dos jovens internacionais ‘made in’ Vitória

Tem 16 anos e metade da sua vida foi já cumprida no castelo. Não usa a coroa – ainda – mas tem vivenciado momentos dignos de um conto de fadas. Com apenas 16 anos, Diogo Sousa realizou toda a temporada ao serviço dos Sub-17, num escalão acima daquele que deveria ser o seu. E é assim desde que aqui chegou. “Não foi difícil jogar por um escalão mais velho porque já estou habituado, tem sido sempre assim. Jogo sempre no patamar acima e isso tem-me ajudado bastante a evoluir enquanto jogador, pois lido diariamente com atletas mais velhos e mais experientes”, comentou.
É, como já dissemos, um dos “outsiders” do escalão de Sub-17, no entanto, tal não significa que esteja ali só para aprender. Além da titularidade alcançada na maioria dos jogos, Diogo Sousa é dos que apresenta melhor curriculum no que à seleção diz respeito: “Estreei-me como internacional em setembro, na Dinamarca. Quando estava nos Sub-15 fui chamado para estágios mas não havia jogos. Já esta temporada, comecei a ser eleito para os Sub-16 e já tenho sete internacionalizações, algo que me deixa extremamente orgulhoso”.
A última vez que vestiu a camisola das quinas foi ‘à séria’. O médio foi o único vitoriano chamado ao Torneio Internacional de Montaigu, que se realizou no corrente mês, e foi titular no triunfo diante da França. “É uma responsabilidade grande estar a representar o meu clube no lote dos convocados da seleção. Além disso, estar entre os melhores do país enche-me de orgulho, aliás, a mim e a todos aqueles que me acompanham. Confesso que já não fico tão ansioso ou nervoso quando ouço o hino, como aconteceu na primeira vez, mas ainda é algo que me impõe alguma responsabilidade para ser um exemplo a quem me vê”, disse.

Diogo Sousa quer ser um modelo para os seus colegas. E quando regressa dos estágios ao serviço de Portugal, procura mostrar-se ainda mais “maduro e autónomo” no dia-a-dia em Guimarães. O jovem, natural de Felgueiras, reconhece a forma “fácil” como os colegas mais velhos o ajudaram a integrar-se na equipa. O acompanhamento do Clube às suas rotinas também foi elogiado e reconhecido, bem como as diferenças no palco que o recebeu há oito anos. “A nossa semana está muito bem organizada, temos aulas com a maioria dos colegas de equipa, depois almoçamos na cantina da Academia e temos o treino à tarde. Além disso, temos acompanhamento escolar aqui no Clube, que nos ajuda imenso nos trabalhos de casa e influencia a seriedade com que lidamos com a escola”, elogiou.
Terminada a participação dos Sub-17 no campeonato nacional, Diogo Sousa encontra-se a treinar com os Sub-16, ainda em competição. Mas é para cima que o médio olha e aponta o caminho: “Para o ano, estarei a cumprir o escalão de Sub-17 porque será efetivamente a minha idade mas tenho a ambição de chegar aos Sub-19. Aliás, os meus objetivos a curto prazo são dois: continuar a ser chamado à seleção nacional e chegar aos Sub-19”, atestou o jogador que se define como “alguém inteligente, com boa qualidade de passe e com boa visão de jogo”.
Que o próximo passe de Diogo Sousa seja certeiro e que a visão direcionada para o escalão mais velho façam parte dos desejos já anunciados.