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“O golo foi um momento de descarga emocional depois de meses de luta e sofrimento”

Tomas Händel está de regresso após um ano de ausência por lesão

É rosto do talento da formação vitoriana. É exemplo de perseverança e resiliência. É modelo de inteligência e capacidade de raciocínio para todos aqueles que hoje chegam ao escalões mais jovens do Vitória Sport Clube. Tomas Händel está no Clube desde 2010/2011, tendo cumprido todo o percurso de rei ao peito. Em fevereiro de 2022, quando se assumia como titular na equipa principal, teve de adiar o sonho da afirmação para ultrapassar uma lesão. Está de regresso um ano depois, ainda “mais forte”, assume.

Em entrevista aos meios de Comunicação do Clube, o médio partilhou como ultrapassou os meses de “luta e sofrimento” e como vai “gerir expectativas” no regresso.

Lê as declarações de Tomas Händel:

Ausência: “Foi um período muito difícil para um jovem como eu, que se estava a estrear na equipa principal. Foram meses bastante complicados, até porque parecia que quando estava prestes a regressar aos relvados, alguma coisa acontecia e só se lida com isso tendo uma mentalidade muito forte e com a ajuda de pessoas importantes à minha volta”.

Apoio dos colegas: “Foram todos importantes mas o Jorge Fernandes foi realmente uma pessoa muito próxima neste último ano, que me ajudou imenso a ultrapassar os obstáculos que foram surgindo. Estou-lhe muito grato”.

Regresso: “Senti-me muito bem, a equipa B recebeu-me muito bem. Aliás, tivemos um penalti durante o jogo (com o Vilaverdense) e percebi que eles quiseram dar-me uma recompensa para que eu pudesse marcar no dia em que regressei. Não foi mais do que um golo, é verdade, mas para mim foi uma enorme descarga emocional de muitos meses de luta e de sofrimento”.

Objetivos: “O meu primeiro objetivo já está alcançado, que era voltar a fazer o que mais gosto, mas claro que quero voltar a jogar na equipa principal e ser opção, se o mister assim o entender. Sei que temos muita qualidade nas posições onde eu jogo mas vou trabalhar para conseguir estar lá. Tenho o Europeu no Verão e também quero muito ir. Acho que, nesta fase, é importante gerir expectativas. Tive uma lesão muito longa e não posso achar que, só porque era opção antes de me lesionar, que agora vou ter lugar. Temos de ganhar a confiança do treinador, a nossa própria confiança porque foi um processo longo e estou pronto para isso”.

Análise à equipa A: “Os resultados que temos alcançado são fruto da qualidade de todos e advêm da união que temos dentro do balneário. Somos um grupo muito jovem mas que se conhece muito bem. Estar de fora é horrível, é um sofrimento enorme estar na bancada a ver os jogos e não poder ajudar. É uma realidade que eu nunca mais quero voltar a passar”.

Equipa jovem: “A equipa é jovem mas isso só mostra a qualidade do trabalho que é desenvolvido na formação do Vitória. Ver tantos jovens na equipa principal é muito satisfatório para mim e para todos os adeptos que assim veem os meninos da cidade a terem sucesso, a chegarem à equipa principal e darem resposta”.

Moreno: “É um grande vitoriano e que todos os dias nos passa aquilo que é ser o Vitória. Transmite-nos a exigência que a cidade tem para com o Clube e isso é positivo para que possamos estar mais preparados para servir o Vitória”.

Exemplo para os mais jovens: “Sinto-me um bocadinho assim, sim. Por ter percorrido todos os escalões de formação, por ter feito o trajeto que qualquer menino sonha, acho que aporto uma responsabilidade maior. Acho que faço com que eles vejam que é possível também”.