Santiago Mano regressou após lesão e agradece apoio
A bola de futebol deverá ser, porventura, um dos objetos mais presentes nas casas onde existam crianças. A verdade é que todos – ou quase todos – os pais têm o desejo de ver os seus filhos tornarem-se o próximo Ronaldo. Mas para toda a regra há exceção. E assim é, ou foi, na casa de Santiago Mano.
O defesa dos Sub-15 está no Vitória há três anos, depois de ter representado o FC Famalicão. Chegou ao futebol por vontade própria e alguma “insistência” com o pai, que lhe garantiu que para isso teria de tirar boas notas. Ainda na primária, Mano aplicou-se e convenceu o pai a levá-lo para o mundo do futebol, de onde não mais quer sair. É o próprio quem partilha a história, em entrevista ao site oficial do Clube: “Os meus pais não gostam de futebol mas queriam que eu praticasse algum desporto então eu pedi para ir jogar à bola. Mas não foi fácil convencer o meu pai porque ele queria, e quer, que eu esteja sempre focado na escola. Aliás, só consegui que ele me deixasse ir para o futebol porque tinha boas notas na escola”, contou.
Mano lembra o passado com a mesma satisfação com que olha para o presente. Prestes a terminar a temporada nos Sub-15, o central faz um balanço “positivo” da época mas recorda o período “mais difícil”. “No início da época, penso que na quinta jornada, sofri uma lesão na anca e tive de parar mais de três meses. Foi duro, porque nunca tinha sofrido uma lesão grave e estar parado tanto tempo mexeu um pouco comigo. Felizmente, fui ajudado por todos os colegas e staff que me impediram de ir abaixo. Quero aproveitar também para lhes agradecer porque foram muito importantes na minha recuperação”, disse.
Santiago Mano esteve ausente por algumas jornadas e viu outros colegas assumirem o seu lugar no onze. Regressou recentemente para fazer dupla com Rodrigo Pereira, um companheiro que o “ajuda muito”. Os elogios estendem-se também aos outros centrais e mostram a “união que caracteriza a equipa”. “Quando regressei da lesão, tive de ganhar ritmo e não assumi logo um lugar. Fui paciente e percebi que quem estava a jogar estava a cumprir porque temos centrais muito bons. Somos um grupo muito unido, em que todos se entreajudam. Ninguém fica para trás e eu senti exatamente isso na pele”, elogiou.
A ocupar o quarto lugar, a três do pódio, os Conquistadores alcançaram resultados “fantásticos” no duelo entre ‘grandes’ mas “faltou alguma ponta de sorte em determinados jogos”. “Olhámos para trás e percebemos que, se calhar, poderíamos ter realizado melhores jogos. Ou seja, estou muito satisfeito mas podia estar melhor. Em alguns jogos, os adversários fechavam-se mais e era mais difícil de ter sucesso na finalização. Faltou também, em alguns momentos, aquela pontinha de sorte”, admitiu, em jeito de balanço.