Ultrapassada a “prova de resiliência”, Tomás Händel deu conta do orgulho de usar a braçadeira e da disponibilidade absoluta para ajudar a equipa dentro das quatro linhas, a começar já na UEFA
Usa a braçadeira pelo “exemplo” que procura ser para todos. Jovem, resiliente e conquistador há vários anos, Tomás Händel foi o primeiro jogador a assumir-se perante os jornalistas, minutos antes do treino começar.
No contacto com os Órgãos de Comunicação Social, o médio provou, uma vez mais, que a qualidade que apresenta dentro das quatro linhas e a capacidade de decisão e raciocínio andam de mãos dadas com o poder da comunicação e inteligência. Tomás Händel falou de vários temas, desde a “prova de resiliência” que teve de suportar na época passada ao “sonho de usar a braçadeira de capitão”.
Conhecedor profundo da casa onde habita, o talentoso vimaranense projetou a nova época e reforçou que “é imperativo o Vitória estar sempre nas competições europeias”. E explica as várias razões que o levam a pensar assim.
As declarações do médio na primeira pessoa:
Objetivos: “A nível individual, espero nunca mais ter uma lesão como aquela que tive e espero jogar com mais regularidade para assim dar progressão ao meu crescimento. A nível coletivo, penso que fizemos uma época muito boa, até acima das expectativas, e agora ambicionamos fazer ainda melhor que no ano passado. Foi uma época boa, mas muito difícil, com algumas adversidades. Vamos tentar passar para este ano aquilo que éramos no ano passado. A união do grupo foi o suporte para termos o sucesso que tivemos”.
Próxima época: “O caminho passa por trazer muitas coisas boas que fizemos no ano passado. Penso que é importante o facto de transitar a maioria dos jogadores, assim como o treinador ser o mesmo. As ideias estão mais consolidadas. Isso é importante para dar continuidade aos processos. Quando falo de processos, falo também da união que temos, do ADN que existe porque há muita malta que está cá há muito tempo e que sabe da exigência do clube, da cidade. Eu gosto muito que assim seja porque representar o Vitória é uma coisa extraordinária”.
Experiência pessoal na última época: “Foi uma prova muito complicada para mim, uma prova de resiliência. Não foi fácil ver, desde a bancada, os meus colegas a jogarem e a terem de enfrentar dificuldades. Mas isso já está ultrapassado e agora posso estar aqui, no campo, para ajudar a equipa”.
Conference League: “É muito bom voltar a estar nas competições europeias. Vamos encontrar um adversário difícil, mas somos o Vitória e temos de passar. Estamos muito conscientes: o Vitória tem de estar sempre nestes palcos pelo clube grande que é. É importante para os jogadores crescerem, para os treinadores, para todos melhorarem profissionalmente, além da visibilidade que daí advém para o clube. É imperativo o Vitória estar sempre nas competições europeias”.
Condição física: “Vamos fazer vários amigáveis até ao primeiro jogo oficial. Vamos ter quatro semanas de trabalho e iremos chegar bem ao primeiro jogo e dar uma boa resposta”.
Mensagem do treinador: “O Moreno é uma personalidade muito genuína como todos vocês sabem. O que nos diz é que temos de dar tudo dentro de campo, pois ele sabe da exigência que é representar este clube. Já tinha trabalhado com ele na equipa B, mas agora também já consigo compreender melhor as ideias dele. Um ano de primeira Liga dá-lhe muita bagagem”.
A braçadeira de capitão: “É um orgulho ser capitão deste clube porque já o represento há muitos anos. Para quem, como eu, vem da formação, chegar à equipa principal é um sonho. Estou a viver um sonho. E isto serve para que os jovens jogadores acreditem que é possível chegar à equipa principal se trabalharem muito. Eu não sou de dar ordens, prefiro ser respeitado pelo exemplo e é o que eu procuro ser aqui: um exemplo”.