De olhos postos na qualificação, o treinador acredita que o Vitória SC se apresentará mais forte e consistente no reencontro com o NK Celje
Para que o xeque-mate aconteça na segunda mão com o NK Celje, a contar para a segunda pré-eliminatória da Conference League, o Vitória Sport Clube deverá apresentar-se bem menos permeável do que foi há uma semana. Os três golos sofridos deram muito que pensar e o técnico Moreno Teixeira não escondeu que foram devidamente escalpelizados nos últimos dias, apesar de ter ficado amplamente satisfeito com a reação da equipa.
O trabalho cumprido: “A semana de trabalho não foi muito diferente da anterior. Gostei, no entanto, da resposta que a equipa deu durante os primeiros 20 minutos, depois ter sofrido muito cedo o primeiro golo do NK Celje. Há sempre o impacto de estarmos numa prova europeia e de estarmos envolvidos no primeiro jogo oficial da época… e ainda aconteceu o que aconteceu. Apesar da nossa juventude, revelámos, no entanto, experiência a lidar com tudo isso. Isso deixou-me muito satisfeito, assim como me deixou satisfeito a nossa qualidade de jogo. Por outro lado, convém lembrar que lidámos com um adversário com valia. É um clube com historial na Eslovénia e ainda há dois anos foi campeão. Tem um treinador de valor, tal como também são bons os jogadores que contrataram para esta época”.
Retificações a fazer: “Para ter sido o primeiro jogo oficial da época, seria de estranhar que tudo saísse com perfeição. Mas houve muita coisa boa que merece ser valorizada. Por causa dos três golos sofridos, ficou a sensação de que fizemos um mau resultado, mas não foi. Pela primeira vez no seu historial, o Vitória fez quatro golos fora de casa numa competição da UEFA e demonstrou qualidade em vários períodos do jogo. Tivemos muita posse de bola e vários atletas com chegadas à área contrária, tudo coisas boas. Por outro lado, sei que não vamos fazer quatro golos em todos os jogos, pelo que também não podemos sofrer três. Mais do que trabalhar foi importante visualizá-los, analisando bem os posicionamentos defensivos que fazem a diferença. Foi esse o nosso trabalho, embora sabendo que as coisas se fazem com tempo. Percebemos a média de idades baixa que temos e os atletas que temos”.
Apoio: “É importante agora pensar somente no jogo de amanhã, esquecendo até a pequena vantagem que conseguimos na primeira mão da eliminatória. Vamos contar, porém, com o calor dos nossos adeptos no Estádio D. Afonso Henriques. Temos de entrar muito concentrados em campo, a querer muito ganhar o jogo, de modo a passarmos esta eliminatória porque temos objetivos nesta prova”.
Afinações: “Se nos focarmos muito num problema, acabamos por demorar mais tempo a resolvê-lo. Temos trabalhado na medida certa, percebendo que não podemos sofrer três golos numa partida ou permitir que o adversário crie outras oportunidades, como se verificou no nosso primeiro jogo. Há que perceber, no entanto, que houve uma mudança no sistema tático, diferente do anterior. Na época anterior, defendíamos sem bola em 5x4x1; agora, não. O nosso setor do meio-campo fica só com três homens, mas essas coisas vão melhorar com o tempo. Seja como for, não estamos muito focados nessa questão de termos sofrido três golos. Devemos ir por outro caminho, valorizando os quatro que marcámos. E podíamos ter feito mais. Há que haver um equilíbrio na avaliação, embora sabendo que há muito trabalho a fazer. Isto serve para o Vitória SC e para todos os outros clubes nesta fase da época”.
Avaliação ao NK Celje após três jogos: “Estamos mais preparados para defrontar o NK Celje. O nosso adversário competiu no último fim-de-semana e, apesar de ter rodado muito a equipa, teve uma vitória em forma de goleada. Sabemos que agora já dispõe de jogadores que se encontravam lesionados e que são muito interessantes. Vão por certo jogar amanhã e nós estamos preparados para isso, mas a nossa forma de jogar não se vai alterar em função do NK Celje. Seremos sempre muito nós, será assim ao longo da época, mesmo sabendo que o NK Celje será uma equipa diferente na segunda mão. Estamos avisados e preparados também para isso”.
O possível adversário [Neman, da Bielorrúsia) na eliminatória seguinte: “Desculpem, mas não falo sobre isso. O nosso único foco é o jogo com o NK Celje. Não faz sentido falar de um possível adversário antes de jogarmos amanhã”.
Faltam extremos? “Não sinto falta de nenhum atleta. Tenho é dores de cabeça para formar um onze inicial, mas o nosso plantel tem vários alas e extremos. Jota Silva, Mangas e Nelson da Luz são extremos, o André Silva pode jogar por fora e temos médios que também têm essa capacidade. Se precisarmos de jogar com homens por fora, temos várias opções neste grupo. Estou muito satisfeito com os homens que tenho. Dão boas dores de cabeça”.
Tiago Silva disponível após castigo: “O seu regresso não é uma dor de cabeça. Provoca antes dores de cabeça em termos de escolhas. Deixa-me muito satisfeito o seu regresso. Tem grande importância no grupo e teve um grande rendimento na época passada. Os médios que jogaram na Eslovénia tiveram um comportamento fantástico, mas, além do Tiago Silva, ainda temos o Zé Carlos, o André André, o Nuno Santos e o Gonçalo Nogueira, um miúdo que vem da formação e que teve um rendimento fantástico. E só podem jogar três médios, mas prefiro tê-los aptos do que lesionados ou castigados”.
A antevisão completa está disponível aqui: