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Paulo Turra: “A equipa do Vitória SC será muito intensa”

O técnico avança otimista para a estreia, frente ao Vizela, prometendo um grupo a dar tudo em campo e certo de que tem jogadores à altura das responsabilidades

A garra que Paulo Turra exteriorizava em campo enquanto jogador deverá manifestar-se, a breve prazo, na equipa principal do Vitória Sport Clube. Regressado a Portugal para assumir o comando dos Conquistadores, o treinador brasileiro aposta numa equipa ambiciosa para a receção ao Vizela e de pé a fundo no acelerador, do princípio ao fim, a combinar com a “intensidade” que fomentou ao longo da semana de trabalho. Em contagem decrescente para a estreia, em pleno Estádio D. Afonso Henriques, Turra prometeu até inflamar um pouco mais a admirável paixão dos adeptos vitorianos à custa de um Vitória cheio de sangue quente.  

Satisfação: “Estou muito contente com aquilo que encontrei no Vitória SC. O ambiente e o grupo são muito bons. Estão unidos e, como já conheço o clube e algumas pessoas, acredito que tudo isso irá refletir-se dentro das quatro linhas. Tenho boas expectativas e, por isso, acredito que seremos felizes na minha estreia”.

Conjuntura favorável: “Tenho as minhas ideias, convicções e maneira de ser. Seja como for, é muito bom assumir o comando de uma equipa que vem de duas vitórias no campeonato. Vou colocar em prática as minhas ideias e esse trabalho será somente em prol do Vitória, para que a equipa conquiste mais pontos e triunfos. Este clube tem uma massa adepta fervorosa e quente e faremos tudo para que eles nos possam ajudar ainda mais”.

União: “Encontrei um grupo muito bom e unido, com profissionais cheios de capacidade e talento. Acredito que a minha equipa técnica vai potenciar muito a equipa, em termos técnicos e coletivos e ainda a nível individual”.

Mais do que um modelo: “Independentemente do modelo de jogo, o que mais queremos é que a equipa seja intensa, com e sem bola. Já tive equipas que atuaram no esquema tático mais recente do Vitória e noutros. Tudo dependerá das características do plantel, mas não posso ficar refém de um único modelo de jogo. De uma coisa podem ter a certeza: a equipa do Vitória será muito intensa.A equipa fará com que a massa adepta do Vitória seja ainda mais fervorosa, quente e de coração. Seremos intensos com e sem bola. Desde a minha chegada, a palavra que faz parte do dia a dia dos profissionais do Vitória é a intensidade. Tem de haver intensidade em qualquer treino e em qualquer jogo. Há qualidade e, independentemente do modelo de jogo, trabalhamos para potenciar o plantel”.

Mercado: “Qualquer equipa, com um treinador novo ou não, está sempre aberta a boas oportunidades. Acredito que o Vitória não é diferente. Temos um plantel de qualidade, mas se surgirem oportunidades enquadradas na realidade do clube… O objetivo será sempre potenciar o atual plantel”.

Diferenças para o futebol brasileiro: “O futebol está muito globalizado e a principal liga brasileira está entre as melhores. Nos últimos anos trabalhei sempre em clubes de ponta do futebol brasileiro, mas reconheço que o futebol europeu envolve mais intensidade e agressividade. No entanto, acredito que o futebol brasileiro está a caminhar nesse sentido por influência de vários treinadores estrangeiros, incluindo portugueses. Têm acrescentado ao futebol brasileiro a intensidade, as métricas e a agressividade, aspetos de que também eu sou adepto, no bom sentido claro. Só quando era jogador, e vim de um grande clube brasileiro para Portugal, senti alguma diferença na primeira semana de trabalho. Agora as coisas estão mais globalizadas e isso é muito bom”.

Carreira: “O Vitória oferece boas perspetivas em termos de carreira. Juntou-se a vontade ao querer. Vim para este clube para aprender, evoluir e fazer com que o clube seja ainda mais forte”.

Habilitações: “Tenho 15 anos de trabalho como treinador. Desses 15 anos, fui treinador principal durante nove anos e treinador-adjunto durante seis anos ao lado de Felipe Scolari, que é um dos maiores treinadores do mundo em termos de títulos e conhecimentos. É muito querido em Portugal por tudo o que fez pela Seleção Nacional. Acredito que mais cedo ou mais tarde as minhas habilitações serão reconhecidas. Entre 2016 e 2023, trabalhei ao lado do professor Scolari em grandes clubes do futebol brasileiro, nomeadamente o Palmeiras, o Cruzeiro, o Grémio de Porto Alegre, o Athletico Paranaense e o Santos. E ainda fui treinador principal do Athletico Paranaense e Santos. Por tudo isso, acredito que a CONMEBOL e a UEFA vão chegar a um entendimento em termos de equivalências. Sou um treinador sanguíneo e, obviamente, gosto muito de passar informações para dentro do campo o tempo todo, mas aquilo que mais me interessa nesta altura é que a equipa seja forte e agressiva, com comportamentos bem assentes. Só quero é que a equipa vença, isso é o principal. Tenho licença PRO da CBF e da CONMEBOL, na época passada fui vice-campeão na Libertadores pelo Athletico Paranaense, fui campeão brasileiro pelo Palmeiras e ainda somei vários títulos na China. Mais cedo ou mais tarde, as minhas habilitações serão reconhecidas, mas o Vitória será sempre mais importante. Estando rente ao campo ou sentado mais tempo no banco, o que me interessa é a intensidade do Vitória”.

O Vizela: “Conheço bem a equipa do Vizela. Assisti ao último jogo do nosso adversário e percebi que tem jogadores interessantes. Merecerá o respeito que merecerão todos os nossos adversários, mas sem temer ninguém porque somos o Vitória”.