Pedindo desculpa aos adeptos pela eliminação da Taça da Liga, Paulo Turra reconheceu que o Vitória Sport Clube ficou aquém do seu melhor e carregou na exigência
O afastamento precoce da Taça da Liga deixou Paulo Turra desiludido. Certo de que o Vitória Sport Clube esteve uns furos razoáveis abaixo do razoável, o treinador alternou críticas com a promessa de que o grupo dará uma resposta convincente no regresso do campeonato, diante do Portimonense, o próximo visitante do Estádio D. Afonso Henriques.
O inexplicável: “Estou aqui para explicar o inexplicável. Pela segunda vez consecutiva peço desculpa aos nossos adeptos e, dentro do nosso processo, temos é de pensar no próximo jogo para darmos uma resposta. Temos de dar uma resposta digna aos nossos adeptos e a nós mesmos no próximo jogo, frente ao Portimonense. Não fizemos um bom jogo. Fomos bastante passivos no primeiro tempo. Isso não é cara do Vitória SC que nós imaginamos. Exagerámos muito no passe para o lado e no passe para trás”.
Trabalho: “Estamos aqui há três semanas e gostaríamos de ter mais intensidade em todo o jogo. Gostaríamos que a equipa fosse mais regular. Cabe à minha comissão técnica trabalhar no sentido de conseguir essa regularidade com intensidade. Não podemos ser uma equipa passiva”.
A lesão de Afonso Freitas: “Desde que cheguei ao clube, deparei-me com algumas lesões, mas isso faz parte do futebol. Desta vez não tivemos um lateral-esquerdo para substituir o Afonso Freitas, mas não foi por causa disso que não ganhámos o jogo. Foi por causa de outros fatores. Há que continuar a trabalhar muito para darmos uma resposta digna aos nossos adeptos”.
Duelos perdidos: “Os duelos são muito importantes no futebol moderno. E vencemos poucos duelos. O Tondela montou logo no início uma linha defensiva de cinco jogadores e nós não tivemos entre linhas. Facilitámos o trabalho ao adversário ao jogar demasiado a bola para os lados e para trás. Só tivemos uma oportunidade no primeiro tempo, melhorámos na segunda, mas não o suficiente. O adversário fez o golo e, apesar de termos conseguido jogar com maior intensidade com as alterações que fizemos, não conseguimos carregar a última linha do adversário, colocando lá cinco jogadores”.
Aproveitamento curto: “Tivemos mais volume de jogo e mais ideias do jogo no segundo tempo, com algumas chances. Mas não foram claras e isso é muito pouco para o Vitória SC. De um total de 14 remates, tivemos três à baliza”.
O peso de uma eliminação: “Estamos num grande clube e que luta sempre para ficar entre os primeiros. Temos uma estrutura espetacular, com todas as condições, pelo que temos de saber lidar com a atual situação. Não precisamos de apoio psicológico. Não podemos achar que somos uns coitadinhos, longe disso. Fomos eliminados da Taça da Liga e nós somos os únicos responsáveis, da comissão técnica aos jogadores. Não há qualquer carga psicológica, temos é de pensar no próximo adversário, frente ao Portimonense. Aí vamos dar uma pequena resposta perante os nossos adeptos, porque a maior resposta será dada no fim da época. Sabemos da nossa responsabilidade e não nos vamos fazer de coitadinhos. Temos de ser uma equipa intensa, com ideias, e assumir o jogo, para que isto não volte a repetir-se”.