Alertado para os perigos da Taça de Portugal, o treinador do Vitória SC descarta subestimar o adversário deste domingo e promete apresentar a melhor equipa no Estádio Algarve, apontando a uma participação duradoura na competição
A circunstância de o Moncarapachense militar no quarto escalão nacional é um pormenor de relativa importância para Álvaro Pacheco. A Taça de Portugal é rica em episódios amargos e o treinador tem-nos bem presentes, pelo que não faltaram avisos sérios à navegação tendo em vista a partida do próximo domingo, marcada para as 15h00 no Estádio Algarve. Detentor de um troféu na competição, o Vitória Sport Clube quer arrancar em força nesta edição e, por isso, Álvaro Pacheco descarta fazer poupanças ou conceder minutos aos jogadores menos atletas diante de um adversário que ainda não perdeu nesta temporada e que tudo fará “para se mostrar”. O guião dos Conquistadores para este jogo é muito claro: tomar conta do jogo, impor o ritmo e selar a vitória para que o “sonho” de sempre se torne realidade.
Paragem FIFA favorável: “Aproveitámos esse tempo para passar mais conhecimentos, referências e comportamentos. Tudo aquilo que são as nossas linhas orientadoras em relação à nossa forma de jogar. Ainda estamos no começo, ainda temos muito caminho para trilhar. Assimilámos aspetos fundamentais relacionados com a nossa ideia de jogo. De resto, devo assinalar a dedicação e o entusiasmo dos meus jogadores. Como treinador, isso deixa-me muito satisfeito. Estou muito satisfeito com o desempenho do grupo nos treinos”.
O Moncarapachense: “Estas equipas, e falo por experiência própria, olham para os jogos da Taça de Portugal, diante de adversários do primeiro escalão, como oportunidades para se mostrarem, para mostrarem a qualidade que têm. E há de facto essa qualidade nas divisões secundárias do futebol português. Jogam sempre com a intenção de fazer taça, de surpreender. Eu já passei por isso. Olhando para nós, devemos ter a consciência do que somos: somos Vitória. E também devemos ter a noção do que devemos fazer, impondo o nosso jogo. Vamos encontrar um adversário com valências relevantes e que ainda não perdeu nesta época. Estão em primeiro lugar no campeonato e têm rotinas de vitórias. Não tenho dúvidas de que o Moncarapachense vai obrigar o Vitória a jogar no máximo. Teremos de ser nós a impor o ritmo, a ganância e a vontade de levar a melhor, superando esta eliminatória. É isso que nós ambicionamos”.
Ambição na Taça: “Toda a gente olha para a Taça de Portugal com a ambição de chegar o mais longe possível. Mas o mais importante é o presente e o que temos de fazer frente ao Moncarapachense. Temos de ser competentes, sérios e responsáveis nesta eliminatória. Queremos aproximar-nos do nosso sonho, mas nesta altura o que mais nos importa é esta primeira eliminatória”.
Responsabilidade: “Olhando para a grandeza do Vitória SC, a equipa deve ter a máxima responsabilidade em todas as competições que disputa. Tem de ir o mais longe possível. Tenho passado responsabilidade, seriedade e crescimento aos jogadores. Todos estão a treinar muito bem e merecem oportunidades. Quem jogar, terá de sentir a responsabilidade, deve ter a noção do que é representar o Vitória SC e a importância que tem a Taça de Portugal para este clube. Vão jogar, sem dúvida, os melhores porque queremos continuar nesta prova”.
Alterações no onze? “Nenhum jogo na Taça de Portugal é mais ou menos acessível. Não olho assim para esse tipo de jogos. Todos têm graus de dificuldade. Temos é que nos impor no jogo. Os meus jogadores sabem perfeitamente que estamos a implementar uma cultura de vitória, uma filosofia de jogar para ganhar, seja contra quem for. O Moncarapachense vai testar as nossas capacidades e nós devemos ter bem presente a ambição de continuar na Taça de Portugal. Tendo em conta o desempenho e o entusiasmo dos meus jogadores que tenho registado nos treinos… tenho a noção sobre quem poderia aproveitar nesta altura, dando minutos e algum ritmo a determinados jogadores. Mas nesta altura é fundamental preparar esta eliminatória de uma forma mais certa. Entrará em campo quem se encontra em melhor forma, na plenitude das suas capacidades, de forma a que a equipa possa dar uma boa resposta em relação às nossas pretensões”.
