Ruca tem vindo a ganhar o seu espaço na Equipa B
Entrou no balneário no D. Afonso Henriques e ficou arrepiado. Leu o nome dos jogadores nos cacifos e desabafou: “Que um dia o meu nome esteja ali!”. Resumimos, de forma curta, a ambição que o move. Ruca é uma das caras novas na equipa B e olha para esta experiência como “uma oportunidade que muitos gostariam de ter”.
Conversar com o médio é perceber que chegar ao Vitória é o desejo de muitos jovens. É sentir que a forma como Ruca se entrega ao jogo é justificada pela gratidão que tem para com o Clube e os seus responsáveis. “Tem sido uma experiência incrível. Estou num contexto diferente daquele em que tinha participado nos anos anteriores e estou a gostar muito. Tenho esta oportunidade e quero muito agarrá-la. É uma exigência grande mas quero estar preparado para ela porque, de entre tantos jovens que poderiam estar cá, escolheram-me a mim e eu só posso retribuir com trabalho”, disse, lembrando de seguida um momento marcante: “Quando jogámos no Estádio D. Afonso Henriques e entrei no balneário, que é habitualmente usado pela equipa A, vi o nome dos jogadores ali nos seus lugares e até me arrepiei e pensei: quem me dera que um dia seja o meu nome a estar aqui escrito”.
Ao cabo de dois meses na cidade-berço, o médio de 21 anos tem “evoluído jogo após jogo”. Fruto da maior utilização, o jogador sente-se mais “confortável” e espera que os resultados acompanhem este crescimento individual e coletivo. “Não começámos como esperado mas estamos a evoluir e no bom caminho. Este é também o primeiro ano no Campeonato de Portugal e é importante adaptarmo-nos rapidamente. Esta é a nossa realidade e temos de estar preparados para ela. A nossa série é muito competitiva mas sinto cada vez mais confiança treino após treino e semana após semana”, acrescentou.
Do Fintas para os duelos intensos no berço
Natural de Esposende, onde deu os primeiros toques na bola ao serviço do Fintas, Rui Miguel Gomes Costa não é só um jogador trabalhador e humilde, mas deixamos a auto-análise para o próprio: “Sou muito chato (risos). Sou um bocado explosivo, não gosto de perder e quando isso acontece, confesso que não sou a melhor pessoa para estar ao lado. Por isso é que dizem que sou agressivo dentro de campo, sou intenso, raçudo e nunca dou um lance como perdido. Por vezes, os adversários nem estão à espera que eu ainda vá disputar o lance e acabo por surpreender”.
“Gostaríamos de contar com os adeptos na Pista”
A equipa surge agora mais competitiva “e em alerta” para os adversários mais experientes e a competitividade está presente em todos os treinos: “O mister tem-nos pedido para transportarmos a competitividade do treino para os jogos. Penso que temos conseguido fazer isso, mesmo no último jogo em Valadares, onde não conseguimos vencer, tivemos uma atitude muito boa”, disse, elogiando depois a forma como o técnico Tozé Mendes transmite as suas ideias: “O mister dá-nos liberdade, é nosso amigo, fala muito connosco. Deixa tudo bem explicito para que não haja dúvidas e dá-nos muitas ‘duras’ para crescermos”.
Depois de duas semanas de paragem na competição, a equipa vai poder continuar a crescer na Pista Gémeos Castro já este sábado. O encontro com o SC Salgueiros acontece no mesmo dia que o Vitória SC – GD Chaves mas Ruca espera contar com o apoio dos vitorianos. “Gostaríamos muito de contar com a presença dos vitorianos. Sabemos que logo a seguir irá jogar a equipa principal mas podem ver os dois e nós, equipa B, precisamos muito desse apoio. Espero que numa próxima nos possamos encontrar no Estádio porque a verdade é que lá o apoio acaba por ser diferente, como se viu em setembro quando lá jogamos”, desejou.