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Álvaro Pacheco: “É bom sentir o conforto da nossa fortaleza. Quero a equipa mandona”

Alertado para um FC Porto “claramente identificado” com as ideias de Sérgio Conceição, o treinador promete um Vitória SC ambicioso e decidido a conquistar os três pontos

A sede de vencer é permanente entre os profissionais do Vitória Sport Clube. Em contagem decrescente para a receção ao FC Porto, o técnico Álvaro Pacheco deu conta de uma equipa insuflada de confiança e com um plano muito claro para cumprir, rumo à conquista dos três pontos. Certo de que os adeptos voltarão a ser uma importante força, o treinador precisou que o Vitória SC é a segunda equipa com mais pontos somados em casa na Liga Portugal (depois do líder Sporting) e garantiu que jogará de peito aberto, com a intenção de se tornar preponderante na partida e sem qualquer receio do adversário.    

Fortaleza: “Temos uma vontade muito grande de que a hora de jogo chegue e sejamos capazes de conquistar aquilo que nós pretendemos. É bom sentir o conforto da nossa fortaleza, do nosso estádio. Os nossos adeptos permitem-nos isso pelo apoio que nos dão e pela paixão que nos transmitem. Nós somos a segunda equipa do campeonato com mais pontos conquistados nos jogos em casa. E amanhã vamos jogar em nossa casa. Temos uma vontade muito grande de cumprir a nossa missão de conquistar os três pontos junto dos nossos adeptos”.

Audácia: “O FC Porto tem o mesmo treinador há muitos anos. Está claramente identificado com aquilo que é a sua ideia de jogo. Tem plantel com bons jogadores e uma equipa forte. No entanto, o meu foco é saber como é que nós estamos. Nós temos de ser Vitória. Eu quero que a minha equipa seja audaz, mandona, capaz de controlar o jogo e de impor as nossas ideias e a nossa estratégia e condicionar o jogo da forma como queremos. Sei que a minha equipa e os meus jogadores vão estar determinados e focados e, principalmente, com espírito de conquistadores para sermos capazes de impor o que nós pretendemos de forma a sermos premiados com a conquista dos três pontos”.

Aprendizagem: “Nós queremos sempre ganhar, jogamos sempre para ganhar e amanhã não vai fugir à regra. No último jogo não conseguimos conquistar pontos, mas a vida é assim. Nos momentos em que não conseguimos ganhar e mesmo nos momentos em que ganhamos, temos de aprender. E o jogo em Moreira de Cónegos foi importante para nós percebermos alguns aspetos, para sabermos aquilo de que não nos podemos desviar ou perder porque são características fundamentais da nossa essência, para termos sucesso. Trabalhamos para no desafio seguinte estarmos mais fortes. A semana de trabalho foi exatamente igual. Agarrámo-nos à nossa identidade, treinámos os aspetos fundamentais para que se tornem hábitos e comportamentos de forma a sentirmo-nos mais confortáveis durante o jogo”.

Jogo diferente: “As derrotas também são importantes para crescermos, aprendermos e principalmente para sabermos lidar com as adversidades. É assim na vida e no jogo. Amanhã vai ser mais um jogo, vai ser um jogo diferente. Podemos imaginar algumas coisas que vão acontecer, mas o futebol é imprevisível. Temos de estar serenos para sermos capazes de perceber o que está a acontecer e para nos adaptarmos e resolvermos os problemas que surgem durante o jogo. Foi isso que trabalhámos durante a semana para neste jogo estarmos mais fortes, para termos a capacidade de ser Vitória e sermos uma equipa dominante, capaz de impor aquilo que pretendemos e chegar ao golo para conquistarmos os três pontos”.

O imediato: “Eu não olho para a tabela classificativa. Amanhã há três pontos em disputa e nós queremos os três pontos. Foco-me em saber o que é que nós temos de fazer para sermos capazes de estarmos mais fortes para os conquistar. A nossa classificação é uma consequência, mas eu foco-me muito no presente, no que queremos fazer. Se olharmos para a classificação podemos cometer o erro de nos focarmos muito no resultado e esquecermo-nos daquilo que temos de fazer para chegar a esse resultado. Eu quero que os meus jogadores prestem atenção ao que treinámos, ao que está estabelecido, na estratégia que temos e principalmente quero que acreditem no que somos capazes de fazer enquanto equipa com a camisola do Vitória e a jogar em casa”.

Crença: “É importante perceber o jogo. Nenhuma equipa tem a capacidade de mandar no jogo durante 90 minutos, há períodos. Nós temos de saber o que é que está a acontecer quando estivermos bem e aproveitar esses momentos. Vamos encontrar uma equipa forte e temos de estar tranquilos e agarrarmo-nos às nossas referências, à nossa identidade e ao nosso espírito de conquistadores quando o FC Porto nos criar algum desconforto. Eu acho que o grande segredo é os jogadores acreditarem naquilo que estão a fazer e aproveitar este magnífico estádio, o ambiente que vamos ter amanhã para sermos felizes e fazermos as coisas para sermos felizes.

André André: “Tem um pequeno desconforto, fisicamente não está em condições. Estamos a fazer tudo para que ele volte o mais rápido possível para contribuir e para ajudar a equipa”.

Agressividade: “Jogar à Vitória é ser uma equipa agressiva, audaz, com espírito conquistador, uma equipa que faz as coisas acontecerem e capaz de impor a sua vontade. No último jogo houve momentos em que nos esquecemos de fazer isso e aquilo que pretendemos amanhã é sermos capazes de manter essa agressividade, essa personalidade e sermos capazes de promover o que queremos durante 90 minutos”.

Trabalho aproveitado: “Esta equipa já tinha uma alma muito grande. Aquilo que eu fiz foi aproveitar o trabalho e os hábitos que já estavam estabelecidos, aproveitar o que estava a ser bem feito, dar continuidade e estabilidade e introduzir dinâmicas diferentes. Lancei-lhes o desafio de pegar nas bases que tinham e criar situações diferentes daquelas a que estavam habituados. Faz parte do crescimento do grupo. O que me deixa mais orgulhoso é sentir que os meus jogadores estão a crescer, estão a evoluir e que, semana após semana, estão a ficar mais fortes”.