À espera de um “jogo difícil” perante o Länk Vilaverdense, o central do Vitória SC quer ir longe na Taça de Portugal e garantiu que essa ambição é partilhada por toda a equipa
Insuflado de boa-disposição depois da visita à escola EB1 Poças Airão Santa Maria, Manu Silva deu conta de um Vitória SC a gozar de boa saúde e cheio de vontade de se reencontrar com os triunfos no regresso ao Estádio D. Afonso Henriques, diante do Länk Vilaverdense, em mais uma eliminatória da Taça de Portugal. O grupo comandado por Álvaro Pacheco projeta ir o mais longe possível na competição, mas não está deslumbrado, como fez questão de vincar o defesa português. Com o adversário a sugerir cautelas, a equipa quer entrar forte e concentrada na partida e tem um plano muito claro para cumprir, de modo a cumprir com êxito mais uma etapa.
O regresso à escola: “Foi bom. Não deixei de estudar assim há tão pouco tempo. Ainda estive na Faculdade, tentei fazer algumas cadeiras, mas ainda não acabei. É bom sentir o carinho destas crianças tão genuínas, fazem-nos perceber o que é o futebol, este carinho, a paixão que têm pelo jogo e que nós partilhamos”.
O desempenho do Vitória: “Apesar de alguma instabilidade em alguns momentos com as trocas de treinador, o grupo, por ser forte, um grupo de homens excelente, ajuda-nos a conseguir bons resultados. Nós queremos é acabar bem, chegar ao final da época e ter os objetivos cumpridos”.
Expectativas para o jogo com o Länk Vilaverdense: “Esperamos um jogo difícil. Temos tido provas este ano que há muitas vezes Taça, as equipas de escalões inferiores têm-se batido muito bem. Realmente, há qualidade nos escalões inferiores. A Taça de Portugal é uma prova querida de todos os vitorianos, temos plena consciência disso, e vamos entrar como se fosse um jogo de campeonato, com vontade de ganhar. Sabemos que é um jogo a eliminar e temos consciência que temos de dar ao máximo. Não queremos chegar ao fim com a consciência de que podíamos ter feito algo de diferente. Temos de encarar o jogo com a máxima seriedade possível para chegar o mais longe possível”.
Os perigos da Taça: “As equipas que jogam em escalões inferiores têm uma motivação grande. Vão jogar num palco motivante, onde espero que estejam muitos vitorianos. Vamos encontrar uma equipa muito motivada para fazer Taça, mas nós estaremos muito motivados para dar a volta a estes dois últimos dois jogos que não foram tão bem conseguidos em termos de resultado, mas as exibições não foram condizentes com os pontos”.
A obrigação da equipa: “O Vitória, pela grandeza que tem, tem a obrigação de ganhar todos os jogos e de fazer tudo para que isso aconteça. Temos de sair com a consciência que demos tudo. Estando no nosso melhor, sendo competentes, certamente vamos passar mais uma eliminatória da Taça de Portugal”.
A titularidade perdida: “Temos muita qualidade no nosso plantel e a mesma luta que terei de ter para voltar a ter a confiança do treinador para estar no onze titular é a mesma que tinha para manter um lugar na equipa, porque os colegas que estão ao meu lado têm a mesma ambição e vontade de jogar. Compete ao míster decidir. Temos de dar boas dores de cabeça, é isso que tentamos todos os dias”.
Afirmação rápida: “Vim com uma lesão, tinha consciência que os primeiros meses seriam difíceis. Temos um grupo de homens no balneário que me fez sentir bem acolhido desde o início. A malta que chegou este ano está também já ligada com todos, isso ajudou-me muito mesmo a sentir-me bem e a produzir o máximo e a conseguir ter a confiança das pessoas para jogar. O ponto mais importante para eu me afirmar tão rápido foi mesmo a forma como fui acolhido”.