Alertado para um Länk Vilaverdense perigoso, Tomás Händel assume a intenção de chegar longe na Taça de Portugal e acredita que o Vitória SC está no caminho certo rumo a uma época francamente proveitosa
À margem da recente visita à escola EB1 Poças Airão Santa Maria, Tomás Händel confirmou as suspeitas: a lesão que o afastou durante muito tempo da competição foi superada na plenitude. O capitão do Vitória Sport Clube sente-se na plenitude das suas faculdades, vive dias felizes e está para durar no meio-campo, pronto para qualquer batalha, tanto no campeonato como na Taça de Portugal. A próxima etapa da equipa na prova rainha do futebol português envolve o Länk Vilaverdense e o centrocampista não tem qualquer dúvida sobre as dificuldades que encerra, pelo que o melhor Vitória SC terá de reaparecer, neste sábado, no Estádio D. Afonso Henriques.
A sensação de voltar à escola: “Foi muito boa esta visita. Até conversei sobre isso com as professoras: tenho saudades dos meus tempos de escola e de sentir o que estas crianças sentem. Gostava de ter tido uma oportunidade destas, de interagir com jogadores profissionais do Vitória SC, mas infelizmente não tive essa oportunidade. Ainda bem que o clube está agora a promover este tipo de iniciativas. É muito importante esta aproximação às escolas do concelho de Guimarães”.
Adeus lesão: “Sinto-me na plenitude das minhas faculdades, tanto no plano físico como mentalmente. À imagem do clube, a minha mentalidade é claramente vencedora. Continuo a ser um jogador competitivo que está sempre disponível para ajudar o clube”.
Confortável no esquema 3x5x2: “No futebol moderno os jogadores devem adaptar-se rapidamente a qualquer sistema de jogo. E isso até nem é o mais importante, são mais relevantes as dinâmicas da equipa. Sinto-me adaptado. As mensagens do treinador são muito claras e nós estamos a traduzi-las em campo cada vez melhor. Estamos a melhorar, isso tem-se notado nos jogos. Só os últimos resultados é que não refletiram a nossa evolução. Trabalhando sempre da forma, vamos estar sempre mais próximos das vitórias e, por isso, estamos muito tranquilos”.
A Taça de Portugal: “Temos o sonho de voltar ao Jamor e sabemos que os nossos adeptos vivem a Taça de Portugal de uma forma diferente. Sendo vitoriano, eu sinto isso. Todos têm o sonho de vencer essa competição e o nosso grupo quer ir o mais longe possível. Eliminatória a eliminatória, vamos com calma porque queremos muito chegar lá”.
O Länk Vilaverdense afastou uma equipa do principal escalão (Farense) na eliminatória anterior: “A beleza da Taça de Portugal tem muito a ver com o fator surpresa, com o facto de acontecerem, por vezes, eliminações de equipas do principal escalão perante equipas de divisões inferiores. Sabemos que vamos defrontar uma equipa difícil e que só poderemos passar à eliminatória seguinte se nos apresentarmos no nosso melhor”.
Cuidados a tomar: “Não devemos fazer nada de diferente neste tipo de jogos. Isso é crucial. Devemos manter-nos fiéis aquilo que temos sido, trabalhando com afinco e com muita seriedade. Se mudarmos as coisas, encarando um jogo da Taça de forma diferente por defrontarmos uma equipa de um escalão inferior, poderemos dar tiros nos pés”.
Maior exigência por causa das eliminações precoces na Conference League e na Taça da Liga? “Não sinto isso. O que sinto é que os adeptos do Vitória SC querem sempre ganhar e esta época não foge a essa regra. Eles querem muito ganhar, da mesma forma que nós, os jogadores, também queremos muito ganhar. Estamos prontos”.
O que será uma boa época para o Vitória SC: “Será sempre fazer melhor do que foi conseguido na anterior. Temos de continuar a trabalhar para não pararmos de crescer, potenciando ao mesmo tempo os enormes jovens valores do clube. Só assim poderemos valorizar o clube”.
Quinto lugar como objetivo? “A equipa terminou o último campeonato num lugar europeu e o Vitória SC tem de andar sempre nos melhores palcos. Vamos tentar fazer melhor do que na temporada transata”.