Remate certeiro do lateral-direito na partida com o Länk Vilaverdense não foi obra do acaso. O laboratório do Vitória SC está em franca laboração e novas fórmulas serão levadas à prática, em busca do êxito
De volta à titularidade, Maga avança para o campeonato de peito insuflado de confiança. O golo apontado ao Länk Vilaverde, na Taça de Portugal, foi um claro sinal do bom momento de forma e há razões para pensar que o seu próximo registo será superior. Uma delas dá pelo nome de Bruno Gaspar, um concorrente direto de valor acrescentado e por quem o lateral-direito português nutre grande admiração e respeito. Obrigado a situar-se num plano exibicional elevado para se manter no onze, Maga tem a clara noção de que o trabalho será sempre meio caminho andado para o sucesso e diz-se à vontade no Vitória SC de combate e de olhos postos na baliza adversária, como tanto aprecia o técnico Álvaro Pacheco.
Estreia a marcar no Estádio D. Afonso Henriques: “Ansiava muito por esse momento. Tinha essa fome. Já tinha marcado fora de casa [frente ao Hajduk Split], num jogo da Conference League, mas é completamente diferente fazê-lo no nosso estádio, festejar com os adeptos e ainda por cima numa competição que tando diz ao Vitória SC. Foi muito bom, esse golo deixou-me muito feliz”.
Um golo trabalhado por dois laterais (Mangas assistiu, Maga atirou): “É um movimento que trabalhamos bastante nos treinos. Ao intervalo, o treinador mostrou-nos algumas partes do primeiro tempo e percebemos que tínhamos espaços para explorar. Deu para ajustarmos algumas coisas. Foram esclarecimentos que funcionaram como luzinhas para mim e para o Mangas. Percebemos melhor que espaços existiam na área para atacarmos. Foi o que eu fiz: ataquei um desses espaços e, felizmente, deu certo. Até podia ter feito um segundo golo”.
Recuperou a titularidade: “O futebol é marcado por muitas fases e as coisas mudam rapidamente. Regressei bem à equipa como titular, mas nunca deixei de dar continuidade ao meu trabalho e de saber esperar por uma oportunidade. Seja qual for o momento, jamais abdicarei da minha concentração e do meu profissionalismo. O futebol é muito dinâmico e, por isso, as oportunidades acabam sempre por surgir, pelo que os jogadores devem estar sempre bem preparados”.
Bruno Gaspar como concorrente direto: “Desde que ascendi à primeira equipa, tive-o sempre como concorrente. É um jogador e uma pessoa incrível. Dentro de campo não deixa nada por fazer. Dá tudo. Tem puxado por mim para ser melhor da mesma forma que eu puxo por ele”.
Vitória SC aguerrido e à imagem de Álvaro Pacheco: “Queremos esse registo em todos os jogos. A nossa alma vitoriana consiste em sermos agressivos com e sem bola. É isso que queremos mostrar sempre. Mostrámos essas características contra o FC orto, queremos mostrar em Faro e em todos os jogos, seja para o campeonato ou para a Taça de Portugal. Acho que temos um plantel e uma equipa à imagem do mister Álvaro Pacheco e, sendo assim, as coisas tornam-se muito mais fáceis. As coisas correm melhor dentro de campo quando há essa ligação”.
Treinador envolvido nos exercícios: “Também acontecia com o Moreno na equipa B. Agora aconteceu com o mister Álvaro. Eles já viveram muito. Já foram jogadores e sabem muita coisa. É um reforço bom, deu uma animação diferente ao treino. Trata-se de um mister com muita qualidade para estar ao nosso lado”.
Objetivo: “Queremos muito ir a Faro conquistar os três pontos. Fizemos um bom jogo contra o FC Porto. Estivemos a ver o que fizemos menos bem e também tivemos coisas boas que queremos continuar a fazer. Já analisámos o adversário, mas mais importante do que isso é o que nós podemos fazer em campo para conseguir a vitória. Tenho a certeza de que estamos prontos e preparados para conquistar os três pontos”.
Apoio em Faro: “Contamos sempre com muita gente de Guimarães, não há hipótese. E sabemos que esse apoio se manifesta sempre do primeiro ao último minuto. Tenho a certeza de que vai lá estar muita gente, isso será um importante conforto. No fim do jogo, queremos oferecer os três pontos a todos os vitorianos”.
Seleção é capítulo aberto: “Nunca deixo de pensar na seleção. Nunca fecho a porta a nada e, naturalmente, será sempre um orgulho representar a seleção nacional”.