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“Quem ganhou este jogo foi um campeão: o Vitória SC”

Grato ao apoio dos adeptos que se fez sentir intensamente do princípio ao fim, Álvaro Pacheco elogiou a atitude e a cultura tática dos jogadores

O triunfo sobre o Sporting inspirou Álvaro Pacheco. Por entre dedicatórias especiais, o treinador do Vitória Sport Clube não poupou nos elogios aos jogadores e fez vénias ao apoio dos adeptos, assumindo sem rodeios que a equipa se fez valer do chamado Inferno Branco em momentos de maior apuro. Certo de que o êxito dos visitados poderia ter envolvido mais golos, Álvaro Pacheco referiu ainda que tem à disposição um “plantel fabuloso”, capaz de fazer frente a qualquer adversário, incluindo o líder do campeonato.      

Dedicatórias: “Dedico esta vitória à nossa massa associativa. Transmitiram grande crença à equipa e isso é que é ser Vitória SC. Tem de ser assim nos nossos jogos em casa. Dedico esta vitória também ao Pedro Gonçalves [team manager] que ficou em casa por se encontrar doente. Disse-lhe que íamos ganhar e conseguimos. Quem ganhou este jogo foi um campeão e esse campeão foi o Vitória SC. Tivemos mentalidade, atitude, competência e qualidade de jogo, tudo num jogo muito emotivo e a implicar duas grandes equipas”.

Mentalidade: “Estamos a falar de uma equipa que luta para ser campeão nacional e de uma equipa que luta para ser campeão todos os dias. Foi isso que demonstrámos. O Vitória SC teve mentalidade de campeão: nunca se desviou do objetivo de ganhar. Começámos o jogo a perder e reagimos de uma forma muito forte, sendo sempre muito organizados em campo. Criámos oportunidades e só foi pena não termos aproveitado todas as oportunidades. Depois de termos passado para a frente no marcador, podíamos ter feito mais um golo e tudo se tornaria mais fácil. Seja como for, tenho de dar os parabéns aos meus jogadores. Esta vitória é desta moldura de apoio e dos jogadores”.

Equilíbrio: “O nosso jogo esteve sempre equilibrado. O Sporting esteve por cima em determinadas alturas, mas mantivemos sempre a nossa identidade de jogo. Também estivemos por cima e podíamos até ter matado o jogo mais cedo, com uma vantagem de dois golos. A nossa vitória acabou por ajustar-se pela atitude e crença. Isso foi mérito dos nossos jogadores”.

O destino: “O meu primeiro jogo na I Liga foi frente ao Rúben Amorim e tenho grande estima e admiração por ele. E foi também contra ele que consegui a primeira vitória sobre o Sporting: é o destino! Fiquei mais feliz, porém, pelo triunfo da equipa do que por mim. Temos, no entanto, que pensar já no próximo jogo”.

A aposta inicial em Tiago Silva: “Teve a ver com a nossa perspetiva e com a planificação do jogo. Por outro lado, entendi que o Tiago Silva iria trazer mais experiência e qualidade ao jogo, aproveitando ao mesmo tempo aqueles espaços que o Sporting costuma dar. Foi o que aconteceu. Mas também estava projetada a entrada do Dani Silva. Tenho um plantel fantástico e conto com todos. É importante que todos percebam a nossa ideia de jogo e aquilo que é jogar à Vitória SC”.

A entrada de Dani Silva: “Trouxe-nos maior capacidade para romper. Aliás, todos os jogadores que entraram… entraram muito bem. Isso deve ser realçado”.

Viktor Gyökeres e o acerto dos centrais: “Há que realçar a qualidade dos nossos centrais. Percebem muito bem o jogo e não têm medo dos duelos. Revelam coragem perante qualquer adversário. Devemos valorizar os nossos jogadores: o Jota Silva e o André Silva estão a fazer um grande campeonato, entre outros. Vários jogadores do Vitória SC estão a fazer um campeonato excelente”.

A seis pontos do primeiro lugar: “O que interessa é a nossa mentalidade. Queremos ser campeões todos os dias. Foi o que fizemos neste jogo. Queremos ser melhores a cada dia que passa. Nunca nos desviámos da nossa identidade”.

O Inferno Branco: “Defrontámos uma grande equipa e que está na liderança do campeonato. Em determinados momentos tirámos partido do apoio dos adeptos. Sentiu-se essa paixão e isso ajudou-nos a sair lá de trás. Por outro lado, os meus jogadores revelaram grande cultura tática. Estamos todos de parabéns”.

O fim das vitórias morais: “Estes jogadores querem deixar marca no clube. E trata-se de um plantel que não foi construído por mim. É mérito dos jogadores e, principalmente, da estrutura do clube. Tenho um plantel fabuloso. Sabemos bem o caminho que estamos a percorrer e onde temos de melhorar. Isso é muito importante”.