A prever um Boavista competitivo, o técnico Álvaro Pacheco conta levar a melhor neste sábado, prometendo um Vitória SC a dar tudo do princípio ao fim
O triunfo épico do Vitória Sport Clube sobre o Sporting deixou Álvaro Pacheco moderadamente satisfeito. O treinador encara cada jogo como uma página em branco e já alertou a equipa para o facto de que terá de escalar uma montanha de dificuldades na visita deste sábado ao Estádio do Bessa para voltar a ganhar, isto numa jornada especial em que os quatro primeiros classificados se defrontam entre si. A seis pontos do topo e decidido a encurtar distâncias, o Vitória SC carregará forte na ambição e Álvaro Pacheco até admite alterações, a pensar unicamente no onze mais adequado para o braço de ferro com o Boavista.
O objetivo: “No fundo, é como dizia o nosso Neno: nós viemos ao mundo para ser felizes. Temos de agarrar essas oportunidades de sermos felizes e eu agarro-me a essas oportunidades de ser feliz todos os dias, ainda para mais a fazer aquilo que eu gosto num clube fantástico. Estamos a aproximarmo-nos da hora de mais um desafio e há algo que queremos conquistar: os três pontos. O desafio vai ser difícil, numa casa tipicamente difícil, mas o nosso foco e a nossa grande preocupação é continuarmos a ser Vitória. Sabemos o que nós queremos e o que temos de fazer para conquistarmos aquilo que pretendemos e o caminho é sermos nós, sermos o Vitória”.
A importância do último triunfo: “Contra o Sporting ganhamos três pontos. Sabemos e temos a noção de que, para essa vitória ter significado e para fazer sentido, temos de lhe dar continuidade já no próximo jogo, que é amanhã, e temos de manter os níveis de qualidade de jogo, de foco, de agressividade, de vontade, de crença, de espírito de conquistador para ganharmos os três pontos. Caminhamos passo a passo, olhamos para cada desafio como uma oportunidade e a próxima oportunidade e o jogo mais importante das nossas vidas é o de amanhã”.
O adversário: “Não olhamos para o Boavista pelos resultados recentes. Olhamos para a qualidade do plantel e para a qualidade do que já fizeram esta época. Sabemos que é um jogo especial contra um adversário que vai querer regressar às vitórias e que vai fazer tudo por tudo para conquistar as pretensões que tem. O nosso trabalho vai de encontro àquilo que eu tenho vindo a dizer. Sabemos que vai ser um desafio, e vai ser um desafio diferente do último, mas o segredo para termos sucesso é sermos nós. Tudo depende da forma como vamos encarar este jogo, da forma como o preparamos, da forma como vamos fazer as coisas acontecer. O importante é sermos Vitória. Vamos jogar num campo difícil e é um jogo que tem um grau de dificuldade elevado. Nós vamos ter de conseguir contrariar as dificuldades que nos vão impor”.
A história do jogo: “Cada jogo tem a sua história. O jogo da quarta jornada aconteceu num contexto diferente, com equipas diferentes, com jogadores diferentes e num campo diferente. Amanhã vai ser um jogo com uma história completamente diferente dessa. Nós queremos que seja diferente e queremos escrever a história à nossa maneira. Foi uma equipa que evoluiu, foi crescendo, foi lidando com algumas adversidades do contexto e do momento. A nossa avaliação ao Boavista FC tem por base a qualidade do plantel e o que são capazes de fazer e o desempenho não só coletivo, mas também individual. O nosso grande foco é saber o que temos de fazer e de que forma temos de fazer para sair de lá com o resultado que pretendemos”.
A preparação: “A nossa avaliação ao Boavista cingiu-se na sua qualidade e no seu desempenho e a preparação deste jogo consistiu muito naquilo que temos de fazer para sairmos do Bessa com os três pontos”.
O Boavista habitual: “Acredito que vamos defrontar o Boavista habitual. É um adversário com uma identidade e cultura muito próprias, e ainda por cima vai jogar em casa. Estamos à espera de um Boavista ferido, mas que pretende regressar às vitórias. Perante os seus adeptos, vai jogar com alma e garra. E nós temos de ser Vitória! Temos de encarar este jogo como uma oportunidade. É o jogo das nossas vidas e vai ser difícil. Por isso, teremos de ter ainda uma grande capacidade de superação, sendo muito fortes em cada duelo e jogando de forma compacta, de modo a permitir ao adversário espaços de profundidade. Sabemos ainda que o Boavista tenta aproveitar os espaços entre linhas e, por isso, a equipa terá de ser muito paciente e inteligente, a aproveitar bem os espaços ou a provocar espaços. Em suma, temos de ser Vitória”.
As quatro equipas da frente vão defrontar-se: “Encaramos este jogo como uma oportunidade para conquistarmos mais três pontos e darmos mais um passo na nossa caminhada em termos de objetivos e sonhos. Somos muito autocríticos e, por isso, queremos sempre melhorar, crescer e estar cada vez mais preparados para cada desafio. Temos de ser assim, olhando muito para nós, para sermos campeões todos os dias. Em relação às equipas que estão à nossa frente… têm os seus jogos e nós não estaremos nesses jogos. Se estivéssemos, queríamos ganhar, tal como pretendemos jogar para ganhar no Bessa”.
Mudanças no onze: “Tenho tido boas dores de cabeça. Os jogadores desta equipa têm uma mentalidade muito forte, incluindo os que vão para o banco e os que ficam de fora das convocatórias. Todos estão a trabalhar muito bem e, por isso, sinto-me um treinador realizado. Sinto que estão a crescer e a equipa tem beneficiado disso, especialmente pela entrega, atitude e disponibilidade dos atletas. A equipa está cada vez mais forte. Apesar disso, a cada jogo que passa, verificam-se alterações que eu acho que são benéficas para a equipa, pelo que todos os jogadores devem estar preparados para entrar. Vão verificar-se alterações porque a vida também se faz de oportunidades. O mais importante é sermos Vitória”.
Lesões: “Se alguma lesão me preocupa? Não. Só retiro coisas positivas da vida”.
