Tiago Lopes comenta atualidade dos Sub-19
O jeito sossegado e tranquilo que apresenta nos corredores da Academia contrastam com a agressividade que impõe dentro das quatro linhas. É, também por isso, que mereceu a oportunidade dada pelo mister José João Rodrigues e ocupa, nos últimos jogos, um lugar destacado no onze da equipa.
Tiago Lopes é um dos centrais dos Sub-19 presentes nas reviravoltas do grupo e no “percurso estável” que o mesmo tem cumprido. “Temos realizado um bom campeonato e o nosso percurso tem sido estável. A verdade é que estávamos prevenidos, desde o início da época, para o facto de não podemos ficar à sombra da bananeira e que deveríamos encarar todos os jogos como se fossem finais. É assim que temos trabalhado e o jogo com o FC Porto não será diferente”, disse.
A poucos dias do final do ano civil, a formação vimaranense despede-se de 2023 com a receção ao líder. Um duelo que qualquer jogador gosta de disputar. Certo, Tiago? “O jogo com o Porto é daqueles que toda a gente gosta. Temos a plena consciência que vai ser um jogo difícil mas eu, particularmente, gosto muito de disputar estes jogos que nos dão mais luta. É como diz o ditado, o mais difícil é também o mais saboroso”.
Sexta-feira será, por isso, dia de jogo grande na Academia, onde se irão defrontar o primeiro e terceiro classificados. Na bancada, Tiago terá o “forte apoio” de sempre, onde se destacam os avós. Natural do Porto, o defesa promete “dar tudo” para ajudar a equipa a não sofrer golos e garante que os avós, principais impulsionadores por esta paixão, também já sofrem pelo Vitória. “Comecei a jogar futebol por influência dos meus avós. Ao contrário da maioria dos meus colegas, não foram os pais a levarem-me para o desporto. E, ainda hoje, são os meus avós quem mais torce e não falham um jogo. Estiveram em Ramalde e vão estar, com toda a certeza, esta sexta-feira, na bancada do Campo 6, que espero, aliás, ver cheia de adeptos”, apelou.
“Sou um líder dentro de campo”
A cumprir o primeiro ano no escalão de Sub-19, Tiago Lopes faz parceria na defesa com colegas mais experientes. Ainda assim, o jogador não se intimida e assume-se como “um líder dentro de campo”. O jogador fez um auto-retrato mas reforçou que a mais-valia da sua equipa reside na “união de grupo”. “Sou um jogador agressivo em todos os duelos. Acho que é uma característica que tenho desde sempre mas tornei-me um bocadinho mais raçudo aqui no Vitória. Sinto-me perfeitamente bem mas eu só me destacarei se a equipa também estiver bem. Sei que não posso facilitar porque os outros centrais têm muita qualidade. Temos uma relação muito boa entre todos e penso até que estas últimas vitórias, e a forma como as conseguimos, ajudaram a que o nosso espírito de grupo saísse reforçado”, garantiu.