Rika projeta duelo com o Gil Vicente. Sub-19 estão a um ponto do apuramento
Um ponto é a distância que separa a equipa de Sub-19 do apuramento para a Fase Final. Contas feitas, e estas são simples, o Vitória precisa de um empate no reduto do Gil Vicente para garantir o primeiro objetivo. No entanto, entre o precisar e o querer há também uma distância a separar os verbos e, na cidade-berço, ganhar é sempre o objetivo. Quem o assegura é Ricardo Ribeiro que, na projeção ao encontro, vincou, por várias vezes, a ambição de conquistar os três pontos em Barcelos: “Temos sempre a cabeça direcionada para a vitória. Aliás, aqui nem podemos pensar de forma diferente. Queremos fazer o melhor em todos os jogos e é essa a nossa motivação para este jogo. Estão nove pontos em disputa até ao final desta fase, precisamos apenas de um, mas sabemos que se vacilarmos podemos ser surpreendidos”.
Para evitar surpresas, os Conquistadores mostram-se focados e comprometidos. No balneário da equipa não há espaço para festejos antecipados. Os motivos de alerta são vários e o defesa central enumera alguns. “Vai ser um jogo muito difícil, além da qualidade do adversário, há também o facto de o Gil ainda ter possibilidades de se apurar e, por isso, vai dar o seu melhor. Na primeira volta, fomos derrotados em casa e sabemos que temos de fazer mais agora para levar de vencida este adversário. Ou seja, todo o cuidado é pouco”, voltou a frisar.
Só depois do duelo será, esperam todos, possível celebrar o apuramento. Um objetivo traçado no início da época e que permite uma “maior evolução” aos jogadores. “Todos os jogos eram vistos como uma final porque queremos muito estar na última fase. São esses os duelos que nos fazem crescer e é importante para nós estarmos nas etapas decisivas. Essa responsabilidade só nos fará evoluir”, disse.
O discurso consciente de Rika coincide com a sua forma de estar no dia-a-dia. Depois de uma experiência no SL Benfica, o vitoriano regressou a casa para “ser feliz”. “Não me arrependo da escolha que fiz. Tenho sido feliz aqui porque esta é que é a minha casa. Tratam-me bem e estou muito contente com aquilo que tem sido o meu percurso”, garantiu.
E quando o assunto é o seu bem-estar, o central, natural de Fafe, também sabe enumerar algumas razões que o levam a este estado de espírito. “A época tem-me corrido bem e já no ano passado me senti confortável. Neste ano tenho sido titular e já fui chamado a um jogo da equipa B. Além disso, tenho feito parte das convocatórias da seleção e esse é também uma das minhas intenções: continuar a ser chamado”, disse, lembrando ainda um dos momentos que mais o marcou neste regresso ao Vitória SC: “Na última época, vivi um dos dias mais felizes, quando joguei, pela primeira vez, no D. Afonso Henriques. Na altura, tinha sido chamado a alguns treinos e isso já era, por si só, um motivo de imensa alegria, mas quando me disseram que tinha sido convocado para um jogo-treino no estádio, fiquei imensamente feliz. Foi um sonho realizado mas confesso que fui surpreendido pela intensidade, pois ali tive de me esforçar ao máximo”.
O jovem de 17 anos teve aí uma das experiências “mais enriquecedoras” e admite ter aprendido com os colegas. Ainda assim, Rika tem o seu estilo e gosta de correr o risco. “Sou aquele central que gosta de sair a jogar, de ter bola no pé. Gosto de construir mas sei que, por vezes, é arriscado sair a jogar numa zona do terreno tão recuada. Considero-me um jovem mentalmente forte mas os momentos de decisão surgem de forma instantânea, genuína, pois por vezes temos de decidir muito rápido”, concluiu.
Titular em 16 jogos, o central português espera manter o estatuto este sábado. Gil Vicente – Vitória SC disputa-se a partir das 15 horas, em Barcelos. Em caso de empate ou triunfo, a equipa orientada por José João Rodrigues garante o apuramento quando faltam ainda disputar três jornadas.