Orgulhoso do recorde alcançado à 18.ª jornada (36 pontos), o técnico Álvaro Pacheco elogiou o pragmatismo dos jogadores do Vitória SC diante de um Estrela da Amadora muito competitivo, do princípio ao fim
A felicidade custa muito e a equipa principal do Vitória Sport Clube atirou-se a ela com o empenho máximo, desgastante aos poucos um couraçado chamado Estrela da Amadora. Reconhecendo que o golo de Nuno Santos, obtido ainda no primeiro tempo, ajudou a destruir a muralha defensiva do adversário, o treinador Álvaro Pacheco elogiou o empenho e a capacidade de sofrimento dos jogadores.
Registo histórico: “Tínhamos como objetivo conquistar mais três pontos. Este grupo de campeões merecia ser premiado. Nunca o Vitória tinha conseguido 36 pontos à 18.ª jornada na principal liga portuguesa e, por isso, estou muito orgulho da minha equipa. Os meus jogadores têm feito por merecer este registo histórico. Estamos no grupo da frente por mérito deles. Tudo se deve ao trabalho, ao foco, à mentalidade e à capacidade de superação da equipa. Há que dar continuidade a essa mentalidade de campeões na segunda volta do campeonato”.
Profundidade: “Foi um jogo bastante difícil. Defrontámos um adversário bastante organizado e, fora de casa, já não perdia há três jogos. Não concede muitos espaços. O jogo foi muito equilibrado no primeiro tempo, mas fizemos por merecer o primeiro golo. Na segunda parte conseguimos controlar mais o jogo em termos de profundidade e, por outro lado, o Estrela da Amadora passou a expor-se a mais, concedendo por fim mais espaços aos nossos jogadores. Mesmo assim, até essa fase, tivemos sempre o jogo controlado, impedindo que o adversário criasse oportunidades de golo”.
Adversidades superadas: “Sabíamos que teríamos de ser muito fortes mentalmente neste jogo e assim foi. Enfrentámos diversas adversidades, mas conseguimos sempre arranjar soluções para as ultrapassar. Na segunda parte, o Estrela da Amadora deu mais espaços e nós conseguimos uma vitória justa, tendo sempre dois médios para as segundas bolas. Fomos sempre uma equipa muito inteligente num jogo difícil. Tivemos de ser uns verdadeiros campeões para superar um adversário muito difícil. Houve muitos duelos físicos, mas conseguimos ser mais eficazes na segunda parte. Os meus jogadores estão de parabéns”.
O quarto lugar: “Os jogadores trabalharam para conquistar este momento. Têm tido foco, ambição e espírito de missão. Chegaram até aqui com trabalho, grande dedicação e capacidade de resiliência. Abraçaram muito bem a nossa ideia de jogo, que passa por sermos campeões todos os dias. Hoje fomos de facto campeões, ultrapassando um adversário que colocou imensas dificuldades. Há que festejar, depois temos que nos focar outra vez no nosso trabalho e no nosso crescimento. Temos que continuar a crescer”.
Imunes ao mercado de transferências: “Este grupo tem grande mentalidade. Os jogadores focam-se essencialmente no dia-a-dia, naquilo que podem controlar. No seu trabalho. Têm mentalidade de campeões todos os dias. Sabemos que o mercado está aberto e nenhum treinador gosta disso. Temos que saber lidar com esta fase da época, focando-nos no nosso trabalho. Queremos ficar mais fortes porque queremos fazer uma segunda volta boa”.