Alertado para um adversário audaz, Álvaro Pacheco aposta num Vitória SC ao melhor nível e decidido a somar 39 pontos na deslocação a Barcelos
De pé a fundo no acelerador, o Vitória Sport Clube não quer abrandar o ritmo na visita deste domingo ao Gil Vicente. Álvaro Pacheco estudou bem o adversário e percebeu facilmente que a sua equipa terá pela frente um duro obstáculo, pelo que a união e a entreajuda terão de estar bem presentes até ao último soar do apito do árbitro. Na antevisão da partida, o treinador assumiu, de forma clara, que o grupo só se dará por satisfeito se deixar Barcelos com mais três pontos na bagagem.
A visita ao Gil Vicente: “Este é mais um jogo difícil. Acho que, a este nível, não há jogos fáceis. Vamos encontrar um adversário com as suas particularidades, especialmente forte quando joga em casa. E a jogar nessa condição não perde há sete ou oito jogos. Portanto, sabemos que é uma equipa forte, que tem personalidade, muito bem trabalhada e com jogadores muito interessantes. O Gil Vicente gosta de tentar controlar o jogo com bola e de provocar os espaços. Vai ser um bom desafio para nós”.
Objetivos: “O que pretendemos é chegar aos 39 pontos nesta jornada. E, para chegar aos 39 pontos, temos de ser Vitória. Temos de ser iguais a nós próprios para conseguirmos impor as nossas ideias de jogo. Sabemos que não vamos conseguir controlar a partida durante 90 minutos, mas é importante que tenhamos a capacidade de nos mantermos serenos e tranquilos nesses momentos para sabermos o que fazer para sair dessa fase e voltar a controlar o jogo. É isto que precisamos de fazer para sair de Barcelos com os três pontos, estando conscientes de que vamos encontrar uma equipa forte e muito bem orientada”.
As oportunidades e a ausência de Tiago Silva (castigado): “Cada situação é uma oportunidade. É evidente que os treinadores gostam que todos os jogadores estejam aptos porque é isso que nos permite ter aquelas boas dores de cabeça de que costumamos falar. No entanto, estou tranquilo com as ausências com que temos de lidar neste jogo. O nosso plantel trabalha diariamente e está identificado com o processo. Todos os jogadores trabalham para ter uma oportunidade. E eu vejo as ausências como oportunidades para que outros jogadores possam desfrutam e possam ajudar-nos a alcançar os nossos objetivos. O jogador que substitua o Tiago Silva está mais do que preparado, não vai quebrar nenhuma rotina. Nós treinamos as nossas ideias diariamente com todos os jogadores. E o que eu posso dizer é que todos os jogadores estão claramente identificados com as ideias. É claro que o Tiago, que tem jogado mais, tem mais ritmo de jogo, mas não fico preocupado com a sua ausência porque sei como é que todos os jogadores treinam, se dedicam e se comprometem diariamente. É por isso que eu serei um treinador tranquilíssimo. Sei que quem vai jogar, vai cumprir”.
A saída de Dani Silva: “A saída do Dani é uma indicação da qualidade e potencial que este plantel tem. Nesta fase, sabemos que o mais importante é que a equipa se mantenha focada no nosso compromisso e no nosso trabalho, nas nossas metas e objetivos. O mercado e o futebol funcionam assim. Nós temos de estar preparados para isto. É um mês de que os treinadores não gostam, mas estamos preparados. São situações que acontecem. Gostávamos muito que o Dani Silva continuasse, mas são contingências do mercado e que têm de acontecer. Nenhuma equipa do mundo pode reter os seus melhores ativos e os clubes portugueses são vendedores. Por outro lado, temos de dentro de portas vários jogadores que encaram essa saída como uma oportunidade e que vão ter a oportunidade de crescer no ambiente familiar da equipa A. Mais tarde serão eles a representar a primeira equipa”.
O mercado de transferências: “Sou um treinador muito tranquilo. Não trabalho com medo ou condicionado pelos resultados. Trabalho em função daquilo que posso controlar: quero é tornar os meus jogadores cada vez mais fortes. Quero que se mantenham focados em relação aos compromissos da equipa e do clube. Temos metas e objetivos bem definidos. O mercado é o que é. Os treinadores nunca querem perder os seus jogadores, mas faz parte da vida. Não temos que andar a trabalhar com medo, temos é que pensar em soluções de modo a tornar a equipa mais forte. Não tenho a mínima dúvida de que nos vamos apresentar fortes em Barcelos e com uma vontade muito grande de ganhar o jogo”.
A contratação de Nélson Oliveira: “Surgiu essa oportunidade. É um jogador conhecido por toda a gente e, por isso, sabemos bem o que pode dar. Encaixa no perfil de jogador que o Vitória SC procurava. É um atleta ambicioso, com mentalidade de campeão e que vai ajudar a equipa a ser mais forte. Com ele estaremos mais bem preparados para irmos em busca dos nossos objetivos. Vai ser uma oportunidade boa para ele, porque encontrou um plantel fantástico, com uma identidade bem vincada e que sabe receber bem. Vai ajudá-lo a ser feliz.
Estreia na convocatória: “O certificado internacional dele já chegou e, por isso, conto com o Nélson Oliveira para o jogo com o Gil Vicente. Está convocado”.
Compactos em Barcelos: “Seria fantástico se pudéssemos jogar sempre em nossa casa. Os jogos no Estádio D. Afonso Henriques são fantásticos, diferentes e muita envolvência. Mas eu sei que vão estar muitos adeptos em Barcelos e que vão ajudar muito. Será um jogo difícil porque o Gil Vicente também gosta de jogar bem. Se tiverem espaço… Têm o Fujimoto, um jogador perigoso entre linhas, e dois extremos muito verticais e com grande capacidade de decisão no último terço. Teremos de ser muito Vitória e de reduzir espaços ao adversário. Devemos ser uma equipa muito compacta, fechando aqueles espaços que o Gil Vicente gosta de aproveitar. Temos de aproveitar também os espaços e explorar bem a profundidade, finalizando com serenidade ideal… para chegarmos ao golo. Será um bom jogo”.