Por entre elogios aos jogadores, dando conta de uma primeira parte arrebatadora, Álvaro Pacheco destacou a segurança de Charles e assumiu o desejo de defrontar o FC Porto nas meias-finais da Taça de Portugal
A Taça de Portugal continua a ser um livro aberto para o Vitória Sport Clube. A equipa segue forte na competição e depressa construiu uma vantagem clara sobre o Gil Vicente, apurando-se para as meias-finais. O adversário ainda deu réplica no segundo tempo, mas os conquistadores mantiveram-se sempre “sólidos” na partia, como sublinhou Álvaro Pacheco, e não se deixaram surpreender, sobressaindo nesse aspeto o guarda-redes Charles, que envergou, em jeito de homenagem, a camisola do malogrado Neno. Cumprido o plano traçado, o treinador quer mais do mesmo na próxima eliminatória, de preferência diante do FC Porto.
Arranque forte: “Foi uma vitória merecida e justa. Fizemos uma primeira parte muito boa, entrando com uma ambição muito grande e forte intensidade nos primeiros minutos. Durante essa fase criámos imensas oportunidades para fazer golo. O Gil Vicente tirou, partido, porém da sua profundidade e conseguiu reduzir. Podíamos ter ficado um bocado ansiosos, mas conseguimos manter o foco e cumprimos o plano traçado, indo atrás do terceiro golo. Precisávamos de uma vantagem por uma margem maior para gerirmos o jogo da forma que pretendíamos e conseguimos fazer o 3-1. A primeira parte pertenceu totalmente ao Vitória SC”.
Equilíbrio e solidez: “A segunda parte foi mais equilibrada. Podíamos fazer o quarto golo, mas também podíamos sofrer um segundo golo. E se o Gil Vicente conseguisse fazer esse golo ficaríamos algo desconfortáveis no jogo, jogando com intranquilidade. Mas a equipa teve a capacidade para manter a estabilidade, gerindo o jogo na medida do possível. Foi mérito do adversário, que passou a meter mais jogadores na frente e a aproveitar melhor os nossos espaços entre linhas, mas a nossa equipa manteve-se sempre sólida e estável. Tivemos ainda um guarda-redes à altura. Assistiu-se a um bom jogo, com uma vitória inteiramente justa. Cumprimos o objetivo de alcançar as meias-finais da Taça de Portugal. Mérito dos meus jogadores”.
Aproximação ao sonho: “Estamos na prova rainha do futebol português e todos temos o sonho de chegar ao Jamor. Eu não fujo disso. Estar nas meias-finais significa que estamos mais perto de um sonho. Será a minha loja de brinquedos. Damos muito valor a esta prova. Significa muito para nós. Queríamos muito aproximarmo-nos da final do Jamor e conseguimos isso por mérito próprio”.
Santa Clara ou FC Porto nas meias-finais? “Preferência? Gostaria de defrontar o FC Porto. Eu gosto de defrontar os melhores”.
A baixa de Bruno Varela: “Vejo o Charles treinar todos os dias e, por isso, estamos muito tranquilos. O Bruno Varela também está a fazer uma época fantástica e a competitividade interna é muito boa. O Bruno Varela não estava em condições, mas o Charles dá-nos todas as garantias. Muito dificilmente o Bruno recuperará para o jogo com o Benfica, mas estou muito tranquilo. O Charles tem jogado na Taça e também chegará a hora de ele se estrear no campeonato”.
Triunfo dedicado a Neno: “Este foi o nosso primeiro jogo em casa depois do aniversário do nosso eterno Neno. Quisemos lembrar essa data e para ele também vai uma palavra. É uma referência para todos nós. Esta vitória também é para ele”.
Tiago Silva saiu lesionado? “Não há nada de grave com o Tiago. Em Vizela sofreu uma pancada no gémeo e ressentiu-se um bocadinho disso. No entanto, amanhã vai treinar e esse problema não o impedirá de ser opção no próximo jogo”.
A promessa Kaio César: “É um jogador com talento, mas tem de se adaptar a um contexto de futebol completamente diferente. Os jogadores da frente têm de perceber muito bem as dinâmicas e as nossas rotinas. Está a aprender e a identificar-se com a equipa e com a cultura do Vitória SC. Vai crescer e vai ter a sua oportunidade.