No rescaldo de um jogo muito competitivo, o treinador do Vitória SC elogiou o empenho dos jogadores e relativizou as ausências forçadas de Borevkovic, Tomás Händel e Jota Silva
A incerteza dominou o jogo entre o Portimonense e o Vitória SC até ao fim. Álvaro Pacheco falou dela, embora com a certeza de que os Conquistadores tiveram na mão preciosas oportunidades, primeiro para ampliarem a vantagem obtida no primeiro tempo e depois para se adiantarem outra vez no marcador na etapa complementar, quando a formação algarvia já segurava com todas as forças a igualdade. Conformado com o resultado, o treinador absteve-se ainda de lamentar as ausências forçadas de Borevkovic e Jota Silva, ambos por castigo, e de Tomás Händel, por lesão.
Equilíbrio: “O resultado podia ter caído para qualquer lado. Assistiu-se a um jogo repartido, com duas partes distintas. O Vitória SC teve o controlo do jogo e podia ter alargado a vantagem no primeiro tempo. Estivemos sempre por cima e, se tivéssemos aproveitado melhor as oportunidades criadas, teríamos ficado mais próximos do triunfo. Na segunda parte não tivemos o mesmo controlo e, por outro lado, o Portimonense fez valer a sua profundidade. Atendendo ao que fizeram as duas equipas, o empate acabou por se ajustar. Podíamos ter chegado ao intervalo a ganhar por uma vantagem mais dilatada”.
Arranque forte: “Tivemos uma entrada muito boa no jogo, muito mais dominantes com bola, a criar muitas oportunidades e com grande capacidade para reagir à perda. Também entrámos bem na segunda parte, mas depois fomos perdendo capacidade para ter bola e serenidade. Podíamos, ainda assim, ter feito o segundo golo. Na segunda parte, o jogo ficou mais repartido e equilibrado, com oportunidades distribuídas pelas duas equipas. Depois do 1-1, o Vitória SC podia ter feito o segundo golo, mas se calhar teria sido uma injustiça atendendo ao que fez o Portimonense na segunda parte. Queríamos muito ter vencido, mas o campeonato faz-se por pontos e levámos daqui um”.
As ausências de Borevkovic, Tomás Händel e Jota Silva: “Se senti falta deles? Eu gosto é de olhar para aquilo que os meus jogadores fazem em campo. Estou muito contente com o plantel. Demos uma boa resposta e só tenho pena de não termos sido tão dominantes, especialmente na segunda parte. Tivemos algumas ausências neste jogo, mas quem entrou esteve muito bem, espelhando o poderio do grupo. Faz parte da vida: há sempre jogadores lesionados e castigados. Eu confio no plantel e este tipo de jogos são sempre oportunidades para quem soma menos minutos. Não dou nada a ninguém. Têm de ser eles a conquistar o lugar perla determinação, capacidade e trabalho nos treinos. Isso ficou hoje demonstrado. Fomos Vitória, mas também defrontámos um adversário com uma identidade muito vincada e que causa muitas dificuldades em casa às equipas”.
A aproximação da eliminatória da Taça de Portugal influenciou? “Nada. O nosso único foco era o jogo com o Portimonense e conquistar os três pontos. Temos agora que perceber por que razão não conseguimos, sabendo que o nosso próximo jogo do campeonato será muito parecido com este. Temos de voltar às vitórias em nossa casa”.