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“Temos de continuar a evoluir”

De volta ao Estoril, agora ao comando do Vitória SC, Álvaro Pacheco antevê um jogo aberto e aposta na conquista dos três pontos, ciente de que a equipa não pode dispersar-se em nenhum momento do jogo

O plano do jogo com o Estoril deste sábado é muito claro para Álvaro Pacheco. Alertado para um adversário competitivo, com “cariz ofensivo”, o treinador assume que o Vitória SC entrará em campo com a clara intenção de levar a melhor e tem plena confiança nos jogadores, pelo que considera que não faz qualquer sentido a ideia de que a equipa possa acusar a pressão de não ganhar há três jornadas. Sublinhando que a obrigação de ganhar é permanente num clube com a dimensão do Vitória SC, Álvaro Pacheco avança para a 24.ª ronda da Liga Portugal confiante e com a firme convicção de que equipa vai manter-se sempre próxima dos êxitos se continuar fiel à matriz de jogo traçada para esta temporada, a carregar a fundo no acelerador e com sede insaciável de triunfos.    

Oportunidades: “O Nélson Oliveira não foi contratado a pensar na eventualidade da saída do André Silva. O Nélson foi contratado depois da saída do Safira. Já falamos muito sobre as leis do mercado. Os nossos jogadores têm demonstrado muita qualidade e, por isso, são muito apetecíveis a outros clubes. Disse sempre que não gostava de perder nenhum jogador, mas aquilo que eu posso dizer é que estou em sintonia com a administração do clube. Sabemos qual é o projeto e quais são as necessidades do clube. Estamos a trabalhar sempre em equipa para o bem do Vitória. O que eu sei é que a tendência é unirmo-nos e agruparmo-nos quando perdemos um elemento da nossa equipa de quem gostamos. Não tenho dúvida nenhuma de que é isso que vai acontecer e que a nossa equipa vai ficar mais forte. Qualquer saída dá oportunidade a outros elementos do grupo que também têm trabalhado e em quem eu confio muito. Esses vão ter a oportunidade de se divertirem e de desfrutarem a experiência de jogar pelo Vitória”.

Estoril Praia: “Não há qualquer amargo de boca relativamente à minha saída do Estoril, não me revejo nisso. É um clube que fez parte do meu percurso. Sinto muito carinho pelos adeptos e por toda a gente que trabalhou comigo. Fui muito bem recebido. No entanto, o que eu sei é que é o nosso próximo adversário e, sendo nosso adversário, eu quero ganhar. Sei que vai ser um jogo difícil. Eles jogam em casa e querem regressar às vitórias. Nós temos de estar focados para sermos capazes de contrariar essa vontade que eles vão ter de chegar à vitória para sermos nós a conquistar os três pontos”.

Confiança no plantel: “Tenho confiança nos meus jogadores. As pessoas têm tendência a avaliar as situações pelos resultados ou pela quantidade de golos marcados, mas o mais importante para mim é o processo, a forma como os meus jogadores treinam, o rendimento que eles têm durante a semana e o crescimento que demonstram ao longo do tempo. Falou-me do Nélson Oliveira e do Adrián Butzke e os dois têm treinado bem e têm evoluído. O Nélson Oliveira também tem evoluído a nível físico. São dois jogadores que, claramente, me dão confiança e tranquilidade para os próximos desafios”.

Jogo aberto: “As duas equipas praticam um futebol ofensivo. Ambas querem regressar às vitórias. O Estoril coloca muitos jogadores no processo ofensivo, tirando muito partido das ações do Rafik e do João Marques pelo espaço interior. É uma equipa que também tenta muito atrair o adversário para depois apostar na profundidade, acelerando o jogo tanto pelas alas, através do Tiago e do Rodrigo Gomes, assim como através do ponta de lança. Tem uma ideia de jogo muito vincada, pelo que será um bom desafio para voltarmos a ser Vitória. Teremos de entrar muito concentrados no jogo, atentos ao que ele nos pode dar, considerando ainda o fator metereológico, se vai haver ou não vento. Havendo vento ali, o jogo torna-se completamente diferente. Ou seja, a equipa tem de perceber rapidamente o que vai encontrar e o que tem de fazer para regressar às vitórias”.

Rendimento elevado: “Teremos de ser um Vitória muito forte, determinado, comprometido e, acima de tudo, audaz, fazendo aquelas coisas que nós temos vindo a fazer. É verdade que o Vitória não ganha há três jogos, mas o rendimento dos jogadores tem sido bom. Merecíamos ter vencido alguns desses jogos e perdemos outros sem mereceremos. E isso deveu-se ao rendimento dos jogadores. Devemos continuar a ser nós mesmos, procurando soluções para as adversidades e situações de cada jogo. Temos de nos focar naquilo que temos de fazer”.

Pressão adicional? “Nenhuma. Quem está nesta casa e conhece a grandeza deste clube, sabe que a pressão é permanente e que o Vitória joga sempre para ganhar. A pressão é sempre a mesma: há que conquistar os três pontos. Dentro daquilo que fazemos em todos os jogos, só temos é que perceber o que nos falta para regressarmos às vitórias. Temos que ser nós próprios, melhorando alguns aspetos tais como o nosso equilíbrio, o nosso espaço entre linhas e a nossa agressividade defensiva. Por outro lado, devemos levar muito em conta o nosso sentido posicional em termos ofensivos e a nossa serenidade e qualidade nas zonas de finalização. Temos de continuar a crescer e a evoluir”.

Conhecimento do adversário: “Não há vantagens nem desvantagens aqui. Há apenas o conhecimento da qualidade dos jogadores que compõem o plantel do Estoril. Se quisermos regressar aos triunfos, temos de ser Vitória, uma equipa muito determinada e focada no jogo. De resto, as duas equipas encontram-se em estados completamente diferentes e só pensam na conquista dos três pontos.