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Madalina Tatar: “Está a ser um ano desafiante”

Luso-romena de 21 anos está a desempenhar um papel fulcral na equipa feminina de futebol do Vitória SC e abordou a sua experiência em solo vimaranense

Chegou a Guimarães no início da presente temporada e, depois de uma primeira fase marcada por uma lesão, tem sido pedra basilar no esquema tático de Ivo Roque na fase de Apuramento de Campeão. No Dia da Mulher, e tendo em vista o Dérbi do Minho, Madalina Tatar, média luso-romena de 21 anos, mostrou-se encantada com a cidade e com o clube e apontou a subida à I Divisão Nacional como um sonho.

O meio-campo, posição onde se habituou a jogar nos últimos anos, foi trocado pela zona avançada do terreno. É a ala a sua nova posição e as suas características têm ajudado a equipa a criar mais lances de perigo, conforme referiu a camisola 6 das Conquistadoras. Marcou o seu primeiro golo de Rei ao peito no triunfo por 1-2 em Cadima e está confiante para o resto do campeonato.

Dérbi do Minho: “Iremos defrontar um adversário muito forte, com o qual tivemos dificuldades em jogos anteriores. Temos de entrar 100% concentradas. Sendo um Dérbi, vai ser um jogo de muita emoção e com dificuldades. Queremos conquistar os três pontos e dar continuidade à fase positiva em que estamos”.

Primeiro golo: “Foi uma boa sensação estrear-me a marcar pelo Vitória. Ainda por cima foi um golo de cabeça, ninguém estava à espera. Espero marcar muitos mais golos. Gosto de marcar golos e espero continuar a deixar a minha marca nos jogos”.

Evolução da equipa: “A equipa tem evoluído muito. Quando cá cheguei – vou ser sincera – não tinha as expectativas muito altas, mas temos evoluído cada vez mais. O nosso trabalho está a ser recompensado com os resultados. Ninguém esperava que estivéssemos a fazer uma época tão boa, eu própria não esperava. Superei as minhas expectativas e estou muito contente pela evolução da equipa”.

Momento das Conquistadoras: “Estou confiante, estamos a atravessar um bom momento. Não podemos ter excesso de confiança, temos de ter os pés bem assentes na terra. Com trabalho e se estivermos focadas, vamos conseguir alcançar o nosso objetivo principal. Sonho com uma chegada à I Divisão. Estamos cada vez mais perto e seria um desgosto perdermos esta subida”.

Experiência em Guimarães: “Está a ser um ano desafiante, mas está a correr bem. Tenho experimentado coisas novas na equipa, como a minha nova posição [extremo]. É uma posição onde acho que consigo dar algo de diferente à equipa. Pela visão de jogo que tenho, consigo usar isso na linha também. Está a ser um ano desafiante e espero conseguir alcançar tanto os objetivos individuais como coletivos”.

Chegada ao Vitória: “Não foi fácil aceitar o convite do Vitória, principalmente por estar longe de casa e sair da minha zona de conforto. Tinha as minhas amizades e os meus laços onde eu vivia. Vivi quase 5 anos em Lisboa e vir para cá foi um desafio novo. Aceitei-o e tive de o encarar bem. Por isso, tento dar sempre o meu melhor. O clima em Guimarães é completamente diferente do que eu estava habituada. Vivi muitos anos no Algarve, depois em Lisboa, e não tem nada a ver. O frio é diferente, há muitos dias chuvosos e eu não estava habituada, mas habituei-me”.

Carinho pelo clube: “Nunca estive muito atenta ao Vitória, mas surpreendeu-me bastante, principalmente os adeptos e o facto da cidade de Guimarães ser tão unida e apaixonada pelo clube. É muito bonito de se ver principalmente quando se vai ao estádio”.

Internacional pela Roménia: “É o país dos meus familiares, é onde a minha família toda nasceu e viveu. Também nasci lá, mas vim para Portugal muito cedo. Sinto que estou a representar a minha família e é sempre um sentimento incrível ser chamada para representar a seleção romena. Apesar de não viver lá e de não sentir propriamente o país em si, sinto que faz parte de mim”.

Diferença do futebol feminino entre os dois países: “Portugal está mais avançado do que a Roménia, começou a investir no futebol feminino mais cedo. A Roménia ainda tem muito para trabalhar, investir e evoluir. Já deram uns passos em frente, e espero que continuem a evoluir porque só assim a nossa seleção evoluirá e os resultados serão melhores”.

Momento da seleção romena: “Coletivamente não estamos num momento muito fácil. Temos assistido a uma troca de gerações, muitas jogadoras a retirarem-se e jogadoras novas a aparecerem. Tem sido difícil gerir isso e criar laços e união na equipa, mas espero que daqui em diante consigamos ter bons resultados e evoluir cada vez mais. Infelizmente ainda não tive muitos minutos, mas espero que, com as minhas exibições no Vitória, consiga jogar cada vez mais na seleção”.

Características pessoais: “Tenho uma boa visão de jogo e sou muito forte no último passe. Consigo encontrar e criar muitas oportunidades de perigo. Muitas das vezes, nas equipas, falta alguém que consiga ter uma boa leitura de jogo e que saiba onde colocar a bola no último terço e tenho ajudado a equipa nesse aspeto, temos tido muitas oportunidades”.

Garantia: “Vou dar tudo pela equipa. Já provamos com os nossos resultados o potencial desta equipa e do que somos capazes de fazer. Precisamos do apoio dos adeptos, queremos que estejam presentes nos jogos para nos ajudarem a conquistar triunfos”.