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Álvaro Pacheco: “Vamos entrar com confiança e a acalentar o sonho de chegar à final”

À espera de um FC Porto forte e imprevisível, o treinador do Vitória Sport Clube quer aproveitar a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal para ganhar a dianteira. Há um sonho “de criança” para realizar já nesta temporada

O tudo ou nada das meias-finais da Taça de Portugal começa já nesta quarta-feira para o Vitória Sport Clube. Na antevisão da primeira mão que terá como palco o Estádio D. Afonso Henriques, o técnico Álvaro Pacheco deu conta de uma equipa motivada por quatro triunfos consecutivos no campeonato e claramente decidida a bater o FC Porto. Sublinhando que o caminho para o êxito terá de passar por “uma mentalidade forte”, o treinador dos Conquistadores duvida que o adversário se apresente fragilizado pela baixa [por suspensão] de Diogo Costa e torce por um estádio cheio, com os adeptos a puxarem pela equipa, rumo ao objetivo comum chamado Jamor.

Evolução da equipa: “Não sinto que o FC Porto chegue fragilizado a este jogo. Da nossa parte, reconheço que estamos numa senda positiva. A equipa está a crescer. Vimos de quatro vitórias em quatro jogos muito difíceis. A equipa tem evidenciado, de jogo para jogo, uma evolução, uma capacidade e uma maturidade muito grandes para saber lidar com as adversidades. Vamos entrar em campo com confiança, com vontade, determinação e ambição e a acalentar o sonho de chegar à final”.

O adversário: “Vamos defrontar um grande adversário que, independentemente dos nomes, vai jogar com onze jogadores, que também vai jogar com uma vontade muito grande de chegar à final. Sabemos que a eliminatória é jogada a duas mãos. Não tenho dúvidas de que vai ser uma eliminatória equilibrada e vai ser decidida no segundo jogo”.

Ser Vitória durante 180 minutos: “Temos de conduzir o jogo da forma que pretendemos, temos de ser Vitória e temos de levar o jogo para a nossa zona de conforto. Há 180 minutos pela frente. Temos de ser capazes de interpretar o jogo, estar dentro da eliminatória e discuti-la até ao fim. É esse o nosso objetivo. A primeira eliminatória é amanhã em nossa casa. Espero que os nossos adeptos nos ajudem a dar continuidade ao bom trabalho que fizemos na primeira volta do campeonato com o Porto. Nessa altura, os nossos adeptos foram determinantes para a nossa exibição e para o nosso jogo. Amanhã queremos ter uma envolvência fantástica para sermos capazes de fazer mais uma boa exibição”.

O sonho da final: “Estamos motivados porque é o próximo jogo. Aqui, na nossa casa, olhamos para cada jogo como uma oportunidade que temos para nos testarmos e irmos em busca daquilo que nós queremos, que são vitórias. Neste caso, e uma vez que estamos a jogar a Taça de Portugal, queremos é ultrapassar esta eliminatória para chegarmos à final, que é um sonho de todos nós. Olhamos para cada jogo como um desafio para testarmos as nossas capacidades e o nosso nível e sabermos o que podemos fazer para continuar a crescer e evoluir”.


Taça de Portugal: “Eu não vejo isto pelo momento. É um desafio. Claro que o Porto, não estando matematicamente de fora da luta pelo título, mas sabendo que é difícil, talvez veja esta competição de forma diferente e talvez lhe dê primazia. No entanto, nós também damos primazia a esta prova, também queremos muito chegar à final. A verdade é que se vão encontrar duas equipas que querem muito chegar à final e, por isso, vão ser dois grandes jogos”.

Três equipas: “São duas competições diferentes. Neste jogo vão estar três grandes equipas. Foi nomeada uma equipa de arbitragem muito experiente. Os protagonistas têm de ser os jogadores. Acredito que a equipa de arbitragem também acalenta o sonho de chegar à final. Todos os intervenientes do futebol alimentam sempre o sonho de chegar aos grandes palcos. Para que isso aconteça, todos temos de fazer uma boa exibição. Não tenho dúvidas de que amanhã [quarta-feira] vamos ver um grande jogo de três grandes equipas”.

Fazer história: “Quando disse que este Vitória ia fazer história, estava a pensar na Taça de Portugal e no campeonato. Olhando para este grupo, para a mentalidade e identidade que tem, para o que nós temos construído e conquistado ao longo da temporada e para o trabalho diário que os jogadores têm desenvolvido durante a semana, tenho razões para acreditar que este ano vamos fazer história pelo Vitória”.

Equipa desgastada após o jogo com o Moreirense? “Nesta fase da época os jogadores não ganham condição física, pelo que o mais importante é o aspeto mental. E quando se está numa senda de vitórias, depois de quatro triunfos seguidos, não há cansaço nenhum. Há antes uma vontade muito grande de jogar e conquistar aquilo que pretendemos, ainda por cima numa competição tão especial como a Taça de Portugal. Não receio a condição física dos jogadores, acho até que a equipa vai apresentar-se muito bem nesse aspeto. Temos de nos focar nas exigências do jogo. Vai ser decidido nos pormenores e, por isso, teremos de ter grande capacidade e audácia com bola. Temos de saber bem que espaços devemos ocupar e como podemos provocar o FC Porto, tendo noção, por outro lado, das formas como o adversário nos poderá pressionar. Os espaços serão sempre diferentes. Por tudo isto, teremos de jogar com grande serenidade e capacidade para interpretar os diferentes momentos do jogo, tomando depois decisões assertivas”.

A importância da primeira mão das meias-finais: “Os dois jogos são importantes. Jogando em nossa casa, e eu acredito que teremos uma atmosfera fantástica, queremos dar um passo já amanhã [quarta-feira], conseguindo já uma vantagem na eliminatória. Teremos de jogar com grande controlo emocional, percebendo que se essa vantagem não se verificar teremos uma segunda mão para discutir. Até lá, a nossa intenção é muito clara: queremos alcançar uma vantagem na eliminatória”.

Presença no Jamor: “Já me imaginei lá muitas vezes. É um sonho que tenho desde criança. Acredito que vou lá chegar e que será esta época”.

Bruno Varela na baliza: “Vai jogar e será o capitão da equipa [risos]. O nosso capitão vai regressar. Vai regressar e não é por pena dele. Vai regressar por causa do seu trabalho e por aquilo que ele representa no grupo e na cidade”.

FC Porto mais tenro sem Diogo Costa [suspenso]? “Não. O FC Porto vai jogar com 11 atletas. Olhando para o seu plantel, percebe-se que o FC Porto tem jogadores suficientes para ter sempre qualidade. Nós só temos de nos focar naquilo que temos de fazer na partida. Mais uma vez teremos de ser Vitória em nossa casa”.

É fácil adivinhar o onze do adversário? “É mais importante para mim perceber como vai jogar o FC Porto. O Sérgio Conceição é um treinador muito audaz e perspicaz. Tem-se visto isso nesta temporada, especialmente na Liga dos Campeões, com a equipa a mudar de sistema. Esse será o nosso grande desafio porque o adversário vai jogar com 11. Cabe-nos perceber de que forma o FC Porto tentará condicionar o jogo e para onde quer levá-lo. Teremos de impedir isso, conduzindo a partida para aqueles momentos que nós desejamos. Queremos ser proativos e mandar no jogo de modo a conseguirmos aquela vantagem que desejamos nestas meias-finais. Temos de entrar nom jogo com uma mentalidade muito forte, sendo agressivos, ambiciosos e com espírito de conquistadores”.