fbpx
preloader

“Sou um jogador criativo, que gosta de ter a bola no pé”

Lourenço, dos Sub-16, em entrevista

O preto e branco são as cores que defende desde que se lembra. E as únicas que representou. Lourenço, de apenas 15 anos, vive a décima época de rei ao peito. Sim, leu bem: são 10 anos! Uma década de experiências no Clube do qual é sócio desde que nasceu. Experiência enriquecida, recentemente, com o troféu de melhor jogador no Ramiro Carregal Soccer. À boleia desta conquista, estivemos à conversa com o médio, num registo que serve de apresentação.

Natural de Guimarães, Lourenço chegou ao Vitória ainda nos Afonsinhos. É, por isso, o jogador do escalão de Sub-16 com mais anos de casa. Um estatuto que ostenta com “orgulho”. “Sou dos mais velhos da minha equipa e, também por isso, uso muitas vezes a braçadeira. Vim para cá com seis anos porque adorava futebol e só fazia sentido jogar no clube da minha família. O meu pai é vitoriano ferrenho e é com ele que vou aos jogos, sendo que não falhamos um jogo em casa. Todos os jogadores querem ser profissionais deste clube mas eu acho que, no meu caso, e o mesmo acontece com os outros vimaranenses, a vontade é ainda maior por ser também o clube do nosso coração”, disse.

Foi a representar o clube do coração que Lourenço se destacou no fim-de-semana de Páscoa, em Pontevedra. O médio, que ocupa a posição de 8, brilhou em solo espanhol e arrecadou a taça de Melhor Jogador. “Sou um jogador criativo, que gosta de ter a bola no pé. Penso que foi a minha qualidade técnica que se evidenciou no torneio mas também só consegui o prémio porque os meus colegas também estiveram muito bem. Aliás, ninguém conquista nada sozinho e aproveito para dar, publicamente, os parabéns ao Sacramento, que foi o Melhor Marcador da prova”, comentou.

O momento feliz surge como prémio ao percurso recente do jogador. O vimaranense teve de lidar com algumas adversidades no escalão de Sub-15 e parece ter de mostrar resiliência na atualidade. “No ano passado, tive uma lesão no joelho e estive parado dois meses. Voltei e ressenti-me no joelho direito. Foi uma época em que estive quase sempre parado. Agora que estava a voltar, vou ter de parar novamente por causa do ombro. Curiosamente, na primeira vez que joguei pelos Sub-17, frente ao Feirense, sofri uma luxação no ombro e vou parar agora”, contou.

“Há um desenvolvimento muito grande”

Com a branquinha desde 2014, Lourenço assistiu a um “desenvolvimento muito grande” do Clube. Com rotinas diferentes e um “acompanhamento mais próximo”, os jogadores sentem-se “mais valorizados” ao mesmo tempo que a “responsabilidade é também maior”. “Em dez anos o Vitória mudou muito e para melhor. O acompanhamento é maior, o interesse no nosso percurso escolar é uma constante e nós sentimos que temos de cumprir com objetivos para também termos sucesso no Clube. Desde as notas que obtemos na escola aos cuidados com a alimentação e o treino, tudo é tido em conta pelos diretores e treinadores e isso responsabiliza-nos. Eu, pessoalmente, não preciso de almoçar na cantina ou que me levem e tragam da escola porque moro na cidade mas vejo o que acontece com os meus colegas e acho fantástico”, elogiou.