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Álvaro Pacheco: “Estamos habituados a ambientes fantásticos e seremos autoritários”

A prever um Sporting pressionado pela conquista do título, o treinador assume que apresentará um Vitória SC ambicioso em Alvalade, a dar tudo pela conquista de mais pontos  

A reta da meta da Liga Portugal está à vista e o Vitória SC acelera a fundo para a melhor classificação possível. Será com esse espírito que a equipa visitará neste domingo o Estádio José Alvalade. O palco do Sporting deverá apresentar-se cheio e o treinador Álvaro Pacheco não tem dúvidas de que a equipa responderá à altura daquele que lidera atualmente o campeonato, como fez, aliás, ainda na primeira volta, com os leões a serem batidos no Estádio D. Afonso Henriques. O cenário mudará nesta jornada, já a ambição será exatamente a mesma, com o técnico a puxar pelo melhor dos seus jogadores.         

Foco no campeonato: “Acabou um capítulo na Taça de Portugal. Era uma coisa que nós queríamos, mas no dia seguinte já estávamos focados no campeonato. Há cinco jogos para disputar e temos metas e objetivos para alcançar e é nisso que estamos focados. Sabemos que temos cinco jogos e, se queremos fazer história e escrever uma página bonita na história deste clube, temos de olhar para cada jogo como uma oportunidade para irmos à procura daquilo que nós pretendemos conquistar. É evidente que vamos jogar em casa do líder, em casa de um adversário que está com altos níveis de motivação e tem demonstrado qualidade ao longo do campeonato, mas para nós é um teste, é mais uma oportunidade para nos focarmos naquilo que nós queremos e para ir atrás daquilo que nós pretendemos conquistar. É difícil? Vamos ver como é que o jogo se desenrola, de que forma é que nós vamos ser capazes de entrar no jogo e ir em busca daquilo que nós queremos fazer”.

Ser Vitória: “Acho que é isso que temos demonstrado no decorrer do campeonato: quando somos Vitória, quando olhamos para os jogos como uma oportunidade de testarmos as nossas capacidades e ir em busca do que nós pretendemos, ficamos mais perto dos nossos objetivos. Sabemos que, para estarmos perto de ganhar, há coisas das quais não podemos abdicar: a nossa essência, o que é ser Vitória e olhar o adversário nos olhos para ir em busca do que queremos conquistar. Sabemos que vai ser difícil, que o adversário está motivado, que o estádio vai estar cheio e que vai haver um ambiente fantástico, mas acho que os jogadores do Vitória gostam disso. Estamos habituados a jogar assim quando jogamos em nossa casa. Penso que a última derrota para o campeonato do Sporting foi com o Vitória. E porque é que isso aconteceu? Porque nós fomos Vitória, fomos iguais a nós próprios, olhamos para o jogo e fizemos as coisas acontecerem. Espero que sejamos capazes de estar tranquilos, serenos, que saibamos controlar as emoções que andam à volta do estádio e focarmo-nos só no que controlamos dentro das quatro linhas para sermos capazes de impor o nosso jogo”.

Plano: “Sabemos que defensivamente temos de ser uma equipa muito compacta e muito solidária e fechar os espaços. Não só os espaços interiores, que o Sporting aproveita muito bem, mas também o ataque à profundidade porque o Sporting sabe atacar esses momentos muito bem. E depois, com bola, precisamos de ser confiantes, autoritários e corajosos para sabermos de que forma podemos ferir o adversário e para sermos capazes de o ferir. Não podemos ter medo de ter a bola”.

Afonso Freitas e Bruno Varela: “Não estou com boas dores de cabeça porque as boas dores de cabeça para o lado esquerdo da defesa acontecem quando eu tenho todas as opções disponíveis. O Afonso [Freitas] recuperou e está disponível, portanto, é menos uma dor de cabeça no sentido de não termos laterais esquerdos para este jogo. Temos o Afonso. Em relação à baliza, o Bruno Varela vai regressar à baliza. Como tenho dito, temos dois bons guarda-redes. E disse há algum tempo que os dois iam ter tempo de jogar e já aconteceu. Ainda pode acontecer, não sei. No entanto, o Bruno vai regressar amanhã [domingo] à equipa”.

Classificação: “Nós sabemos que, se ganharmos os cinco jogos que faltam disputar para o campeonato, estamos mais perto de chegar ao terceiro lugar. Sabemos que a classificação final é uma consequência da nossa prestação nestes cinco jogos. Portanto, não podemos desperdiçar as oportunidades que nós temos. E amanhã [domingo] temos uma boa oportunidade para conquistar pontos e ir em busca daquilo que nós queremos. O que eu passo para os meus jogadores e o que os meus jogadores têm demonstrado é que não podemos desperdiçar as oportunidades. Não podemos chegar ao fim do jogo com a sensação de que podíamos ter dado mais ou ter abordado o jogo de forma diferente. Temos de ter uma abordagem à Vitória e ir atrás daquilo que nós pretendemos conquistar”.

Diferenças entre Sporting e FC Porto: “O Sporting tem dinâmicas diferentes. Tem uma linha de cinco defesas e atrai muito o jogo interior, provocando ao mesmo tempo a profundidade. É uma equipa que varia muito o jogo: tanto explora o corredor central como os corredores laterais. Teremos de nos apresentar no nosso máximo, sendo muito criteriosos defensivamente. Não poderemos permitir muitos espaços ao adversário e, por isso, teremos de ter a capacidade de jogar muito na antecipação de modo a termos depois profundidade. Teremos de medir muito bem os timings de saltar à pressão. Por outro lado, teremos de nos superiorizar sempre nos duelos individuais, jogando ao nosso nível”.

O choque da eliminação da Taça ultrapassado: “Queríamos muito alcançar a final da Taça de Portugal e toda a equipa sentia que tal seria possível. As duas mãos das meias-finais, frente ao FC Porto, foram, por isso, jogos muito equilibrados. Ficámos com a sensação de que poderíamos lá chegar, mas esse capítulo já está encerrado. A partir de agora o nosso foco está virado para aquilo que ainda podemos conquistar. Não adianta andar a lamentar aquilo que nós não conseguimos. Temos de nos concentrar naquilo que ainda podemos conquistar. Temos 15 pontos para disputar em cinco jogos. Isso é o que nos interessa”.

Pouco tempo para descansar: “Vimos de uma senda de alguns jogos e é disso que nós mais gostamos. Não vamos poder contar com alguns jogadores devido à acumulação de cartões amarelos, mas temos outros disponíveis para ajudar a equipa. Se calhar vamos ter de fazer alguma gestão por causa dessa sequência de jogos. É importante olhar para o bem-estar de cada atleta, olhando ao mesmo tempo para o resto do campeonato. Terei de levar em conta uma série de pormenores, mas nenhum nos vai desviar daquilo que nós pretendemos, da nossa meta”.

A utilização de Zé Carlos: “A utilização dele está relacionada com o processo de crescimento da equipa. Quem tem jogado, tem estado muito bem. O Zé Carlos tem de continuar a trabalhar e a evoluir. Desde que chegámos ao clube, toda a equipa evoluiu, subindo patamares. O Zé Carlos tem de fazer o mesmo. Faz parte do plantel e conto com ele. Terá de esperar por uma oportunidade”.

A pressão do Sporting joga a favor? “O Vitória SC tem a pressão de tentar impor o seu jogo, mas a pressão maior será a do Sporting, que luta para ser campeão nacional e que sabe que ficará mais perto desse objetivo se ganhar esta partida. Temos de nos focar naquilo que somos capazes de fazer, entrando bem no jogo. Se formos Vitória SC, estaremos mais perto de alcançar aquilo que pretendemos. É isso que vou passar para os meus jogadores: eles devem acreditar naquilo que nós somos e nas nossas capacidades. No final veremos se fomos capazes ou não”.

O alegado interesse de clubes: “Essas associações que se fazem a jogadores e a mim devem-se ao trabalho que se tem realizado neste clube. Neste momento, o nosso foco está virado somente para o jogo de amanhã [domingo] e no Vitória SC. Todos temos contrato com o Vitória e, por isso, só pensamos no sucesso do clube”.