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Bomba de Händel numa noite de raça

De volta ao Estádio D. Afonso Henriques, o Vitória Sport Clube alternou períodos de domínio claro com capacidade de sacrifício perante o Boavista, fazendo por merecer um precioso triunfo. Um golo de Tomás Händel quase a abrir foi meio caminho andado

O que faltou em pontaria aos jogadores do Vitória Sport Clube sobrou em capacidade ofensiva na receção ao Boavista. A equipa comandada por Álvaro Pacheco entrou forte na partida, festejou um golaço de Tomás Händel (num remate potente à entrada da área) logo aos 11 minutos e depois soube a gerir a vantagem, suportando com segurança os sucessivos abanões dos axadrezados, que, mesmo reduzidos a dez unidades a partir dos 60 minutos, como consequência da expulsão de Chidozie (por acumulação de amarelos), não baixaram a guarda até ao último soar do árbitro. A reação do Boavista ao estupendo disparo certeiro dos visitados, que se traduziu num importante regresso aos triunfos, não foi, porém, um ato contínuo. O Vitória SC nunca perdeu de vista a baliza contrária e, depois de ter dominado por completo a partida no primeiro tempo, ainda somou um número razoável de oportunidades na etapa complementar.

Perante um adversário duro e muito competitivo, a equipa vitoriana revelou-se audaz logo nos primeiros minutos, tendo funcionado em pleno um ataque surpreendente, constituído por Nuno Santos (este com liberdade total para deambular por todo o terreno de jogo), Jota Silva e Kaio César. Já no meio-campo, André André parecia combinar de olhos fechados com Tomás Händel, com um e o outro a alternarem entre missões de recuperação de bola e construções ofensivas, para as quais nunca deixaram de contribuir os laterais Bruno Gaspar e Maga. O onze idealizado por Álvaro Pacheco funcionou em pleno em termos ofensivos e também nunca vacilou nas manobras defensivas, porque Manu Silva, Borevkovic e Tomás Ribeiro se apresentaram com os sentidos bem ligados, travando sempre de forma eficaz as ameaças levadas a cabo por Salvador Agra, Bruno Lourenço e Martim Tavares.

A necessitar urgentemente de pontos para escapar aos últimos lugares, o Boavista viu-se obrigado a arriscar logo depois de Händel ter faturado e, por isso, o jogo foi bem vivo e ritmado, com os adeptos das duas equipas a darem espetáculo também nas bancadas. Só faltou mesmo o segundo golo do Vitória SC e não foi por falta de empenho e de opções ofensivas, como se verificou quando André André e Nuno Santos deram os lugares a Zé Carlos e Adrián Butzke. Contra a corrente do jogo, a equipa não se livrou, porém, de um valente susto aos 82 minutos: Sasso surgiu isolado, conseguiu contornar Bruno Varela e a bola só não entrou porque Manu Silva surgiu a cortar praticamente sobre a linha de golo. A caminhada dos Conquistadores, cada vez mais próximos dos lugares da frente, prossegue no próximo sábado, em Vila do Conde.   

A ficha de jogo AQUI