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Uma década que iniciou com um presente de aniversário

Rodrigo Rocha, dos Sub-15, é sócio desde bebé e está no Vitória há dez anos

Com dez anos de casa, Rodrigo Rocha já não precisa da proteção do irmão Diogo, embora admita que “sabe bem” tê-lo a jogar no mesmo clube. O médio atua nos Sub-15, enquanto o Rocha mais velho alinha nos Sub-17. Nascido em Guimarães, a vinda para o Vitória fez-se de forma natural e, com apenas 4 anos, Rodrigo embarcou na aventura do futebol. Fê-lo por gosto mas a primeira vez resultou de um presente oferecido pelos pais. “Eu era criança pequena e já só brincava com a bola, então no meu aniversário os meus pais ofereceram-me como presente a possibilidade de jogar nos Afonsinhos. O meu pai é vitoriano ferrenho e eu sou sócio desde o meu primeiro ano de vida. Joguei sempre aqui porque fui sempre muito feliz e não havia motivo para eu sair”, contou.

Rodrigo é um dos pupilos de Gil Miranda mas tem ainda idade para atuar nos Sub-14. Talvez por isso a questão física foi algo limitadora das suas atuações no início da época. O jogador explica o porquê: “No início da época tive algumas dificuldades porque os adversários eram muito grandes, tinham um físico mais desenvolvido que eu porque eu não tinha ainda atingido os picos de crescimento mas já me sinto melhor. Mas lembro-me que no início, levava um “encosto” e quase tombava, pois era mais franzino, mas agora isso não acontece”, assegura.

Depois de uma ausência provocada por uma lesão no dedo da mão, o médio, que também atua como extremo, tem feito parte das opções no escalão de Sub-14 para “ganhar ritmo” para a próxima temporada. “Preocupo-me em trabalhar bem no ginásio e os meus pais têm muitos cuidados com a alimentação. Tento estar bem preparado para a próxima época para poder corresponder no escalão de Sub-15, pois será um campeonato mais competitivo”, disse.

A frequentar o 8º ano, Rodrigo procura também manter o empenho nos estudos. “Bom aluno”, o mano mais novo tem um gosto “especial” pela fisioterapia mas ocupa algum do seu tempo a ‘treinar’ o irmão. “Gosto da área da fisioterapia, porque vejo o fisioterapeuta dos Sub-14, o Miguel, e gosto de aprender com ele, de ver como ele trabalha. O meu pai, que é engenheiro eletrónico, gostava que eu seguisse algo relacionado com os computadores mas eu não gosto muito. Neste momento aquilo que gosto mesmo é ajudar o meu irmão com um vício que ele tem que é jogar ao cubo. Passamos horas a jogar, ele é que joga mas eu conto o tempo que ele faz porque ele quer fazer sempre melhor”, brincou, o jogador que vê em Jota Silva um dos “grandes exemplos a seguir pela capacidade de trabalho, resiliência e dedicação”.