À espera de um Floriana competitivo, o treinador prometeu um Vitória a bater no máximo para levar a melhor no primeiro duelo da Liga Conferência

Há uma nova osmose de ideias e processos no Vitória Sport Clube. Com a chancela de Rui Borges, a equipa reinventou-se na pré-época, foi dando “boas respostas” e encara o primeiro jogo oficial de 2024/25 insuflada de confiança. Em conferência de Imprensa de antevisão ao jogo com o Floriana, a contar para a primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência, o treinador manifestou-se otimista e assumiu, sem rodeios, o objetivo de ganhar em Malta, ciente de que o adversário encerra alguns perigos. Será o primeiro passo rumo a uma participação europeia que se deseja duradoura.
A preparação: “O nosso trabalho desenvolveu-se a todos os níveis, versando obviamente as novas dinâmicas que a equipa deve ter. Tem sido esse o nosso foco. Acreditamos muito no nosso trabalho e o nosso intuito é que os jogadores entendam o mais rapidamente possível as nossas ideias. É preciso que eles entendam bem aquilo que nós pretendemos tanto a nível individual como em termos coletivos. Eles têm dado respostas muito boias, mas ainda podemos melhorar muito. Não basta um mês para eles se adaptarem totalmente àquilo que nós desejamos. Mas sinto que têm melhorado muito e que estão muito focados e rigorosos. É por isso que representam um clube tão grande como o Vitória. São jogadores diferenciados. Entendem tudo rapidamente e, por isso, deixam-me tranquilo. Sinto que acreditam naquilo que nós pretendemos e as respostas deles têm sido fantásticas”.
Metas: “Se penso em fases mais avançadas da competição… A exigência do clube assim o dita. Há um sonho e uma vontade entre todos nós. Para lá chegarmos, teremos de trabalhar muito, passando por várias etapas. A primeira é já amanhã, só estou focado nessa. Não adiantar pensar noutras fases se não fizermos amanhã um bom jogo e não ganharmos. O nosso desejo é vencer a partida”.
O primeiro onze: “Não adiantar estar aqui a revelar o onze inicial. Não seria correto para os jogadores porque nem eles sabem quem vai jogar. Tenho é a certeza de que todos estão preparados para darem o contributo à equipa, a cem por cento, independentemente de o relvado ser natural ou sintético. Todos vão dar boas respostas, dentro dos respetivos máximos. Neste clube a exigência é máxima e, por isso, eles não vão baixar em relação ao que temos feito. Quem jogar de início e depois quem entrar no decorrer da partida, dará boas respostas”.
Diferenças: “Não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que jogar num relvado sintético é a mesma coisa que jogar num relvado natural. Não é a mesma coisa. As coisas serão diferentes em termos físicos, técnico e até na relação com a bola. Mas o relvado não poderá servir de desculpa em relação às nossas exigências e à nossa vontade de vencer. Teremos de respeitar o adversário ao máximo para depois sermos felizes no fim”.
O apoio: “Os jogadores vão sentir essa força. Não vão estar zero pessoas a apoiar do nosso lado. Poderão aparecer 20 pessoas e essas 20 vão valer por muitas. E os jogadores sabem que todos os vitorianos vão torcer por nós a partir de casa. Sabemos que estão à espera da nossa vitória. Vamos encarar por isso este jogo com o máximo rigor e compromisso. Nunca estaremos sós. Os jogadores sabem que a massa adepta do Vitória é diferenciada. Se tivermos apenas um adepto, esse único adepto representará uns 20 mil adeptos que muitas vezes comparecem no nosso estádio. Vamos todos lutar pelo mesmo”.
O batismo: “Sinto-me feliz. É uma honra representar um clube com esta grandeza. Fazendo uma retrospetiva à minha carreira de treinador, que teve início há sete anos no clube da minha terra, só posso estar muito feliz. Estou a representar um grande clube e a estreia acontecerá numa competição europeia. É a realização de um dos vários sonhos que tinha. Quando estávamos a aterrar, até comentei com um dos meus adjuntos o seguinte: ‘olha, há sete anos estávamos a trabalhar no campo do Mirandela, a correr para trás e para a frente, tirando estacas para colocar cones no relvado, e agora estamos a chegar a Malta para disputarmos uma prova europeia pelo Vitória’. Estou muito feliz”.
O Floriana: “Por disputar um campeonato menos desconhecido, é normal que as pessoas desvalorizem o adversário. Eu não vejo as coisas dessa forma. É uma equipa com valor e, por isso, está numa competição europeia. Tem jogadores comprometidos, é uma equipa organizada e muito física, sendo forte nos contra-ataques e nos ataques rápidos. Tem avançados velozes e muito verticais. Poderemos tirar partido de alguns aspetos, mas também sabemos que vamos passar por dificuldades. Se não tivermos esse pensamento, o jogo poderá sair-nos caro e os jogadores têm essa noção. Teremos de dar o nosso melhor para ganhar a partida”.
As ausências de Tomás Ribeiro e Bruno Gaspar: “O Tomás Ribeiro ficou de fora por opção. Temos um plantel com 29 jogadores, mais os guarda-redes. Já o Bruno Gaspar não estava totalmente a cem por cento. Não tem nenhum problema físico e ainda bem. Tem dado boas respostas e, caso estivesse a cem por cento, iria claramente jogar. Só que não se sentia totalmente a cem por cento e confortável… e preferimos não correr riscos”.
A antevisão completa aqui: