Com respeito pelo adversário, Rui Borges perspetivou o encontro desta quinta-feira frente ao Floriana FC e garantiu que o grupo tem dado uma boa resposta e quer ganhar
No auditório do Estádio D. Afonso Henriques, Rui Borges fez a antevisão ao encontro desta quinta-feira (20h15) frente ao Floriana FC. Apesar de partir para a segunda mão da eliminatória com vantagem, o treinador vitoriano não deixa de respeitar o adversário e reconhece que o favoritismo não marca golos. No entanto, jogar em casa, perante os vitorianos, e num terreno de jogo em bom estado é um ponto positivo. “Seremos mais intensos, não tenho qualquer dúvida. A equipa vai sentir-se mais confortável por jogar perante os nossos adeptos e no nosso relvado”, disse. Satisfeito pelo desempenho da equipa, garante que os adeptos podem contar com um grupo “competitivo” e que “quer ganhar”.
Diferenças do primeiro para o segundo jogo: “A forma mais rápida às vezes é subjetiva. Com um bloco baixo da outra equipa, às vezes torna-se difícil. Temos de perceber bem os timings de aceleração de bola, temos de ter alguma paciência. Foi o que aconteceu lá em Malta. O terreno condicionou-nos um pouco. Eu disse que não servia de desculpa. Tivemos uma adaptação difícil. Não estávamos habituados, é certo. Mas não adianta estarmos a falar do campo e depois não darmos a resposta que queremos amanhã dentro de nossa casa perante o mesmo adversário. É certo que será diferente. Seremos mais intensos, não tenho qualquer dúvida. A equipa vai sentir-se mais confortável por jogar perante os nossos adeptos e no nosso relvado. No entanto, vamos respeitar sempre o nosso adversário. Com um bloco baixo será difícil. Vamos ter de ser pacientes. Ser mais rápido ou não pode ser subjetivo. É importante estarmos equilibrados em todos os momentos de jogo e principalmente nos momentos com bola. Vamos ter mais bola com certeza. Temos de estar precavidos para os perigos. Como disse o João [Mendes], e bem, é uma equipa que é muito forte no contra-ataque e ataque rápido, explora esse momento ofensivo para criar perigo. Temos de estar bem equilibrados, bem focados e rigorosos nos equilíbrios, mesmo no nosso momento ofensivo”.
A possível saída de Jota: “Eu preparei o jogo a contar com toda a gente. Independentemente de sair o Jota ou não, eu podia chegar ao treino hoje e alguém contrair uma lesão. Felizmente não aconteceu, mas muda toda a estratégia. Não estou focado nisso. Acho que todos os jogadores trabalham para ser opção, para jogar de início e para terem as oportunidades. Estou tranquilo. O Jota é um jogador diferenciado. É especial nesta casa, para os adeptos, para a equipa e para os colegas, é certo. Mas o futebol é isto e temos de saber viver com isto. Feliz por ele, se se concretizar. É um passo que dará na carreira dele. Merece e faz muito por tudo o que lhe tem acontecido. Pessoalmente não o conhecia. Ao fim de um dia a trabalhar com ele percebe-se a razão de ter sucesso. É o caráter, a personalidade, a forma como se entrega ao trabalho. Surpreendeu-me bastante. Não tenho dúvidas de que terá sucesso. Seguirá o caminho dele e nós seguiremos o nosso. Jogaremos com onze jogadores. Começamos sempre com onze, pelo menos. Estou totalmente tranquilo nesse sentido”.
Respeito pelo adversário: “Independentemente do adversário, enquanto treinador e equipa técnica, a mensagem que passamos aos jogadores é que não olhamos com superioridade para ninguém. Sabemos aquilo que queremos e ambicionamos e sabemos que vamos passar por dificuldades, independentemente do adversário e de dizerem que somos favoritos ou não. Eu gosto muito de respeitar toda a gente. Nos jogos da Taça [de Portugal], há favoritos e os pequenos ganham aos grandes. Não vejo por esse prisma. Já estive do outro lado. Já estive em clubes pequenos e sei como se motivam e se engrandecem perante as grandes equipas. Se entrarmos com confiança a mais, poderá sair caro. Não queremos isso. Uma parte do grupo também tem ainda presente o dissabor da época passada. Serve de exemplo e mantém o grupo ligado às dificuldades, independentemente do adversário. O adversário está na Conference League. Tem qualidade à sua maneira, ao seu estilo, dentro daquilo que o treinador pede. Se não respeitarmos, estamos tramados. Nós respeitamos o adversário. A equipa tem dado uma boa resposta durante a semana, todos os dias, desde o dia um. É um grupo muito competitivo, que quer ganhar, que está numa casa vencedora, num clube diferenciado. Eles têm noção disso”.
Veja a conferência de imprensa de Rui Borges e João Mendes na íntegra: