De visita ao AVS, o Vitória Sport Clube conheceu pela primeira vez o travo amargo da derrota (1-0) nesta época. O domínio dos Conquistadores foi contrariado pela eficácia dos visitados
O impressionante andamento triunfal do Vitória Sport Clube foi interrompido ao oitavo jogo desta temporada. Aconteceu diante do AVS, na terceira jornada da Liga Portugal, numa partida em que a formação comandada por Rui Borges esteve claramente por cima, sem conseguir, porém, transformar em golos as inúmeras oportunidades que construiu. Os reflexos do guarda-redes Simão Bertelli revelaram-se um duro problema e explicam parte do desaire (1-0), mas também faltou alguma pontaria e sangue-frio na finalização. Por aí, o “veterano” Nenê (de 41 anos) valeu ouro aos visitados. Apesar de o sentido do jogo ter pendido claramente para o lado dos Conquistadores, o ponta de lança brasileiro (uma lenda viva na arte de fazer golos) fez valer a sua experiência e sentido de oportunidade, faturando aos 75 minutos.
A partir daí o AVS fechou-se como uma concha, fechando todo os caminhos possíveis para sua baliza e concentrando todas as suas energias a destruir o jogo ofensivo do adversário. Foi um duro castigo para os jogadores do Vitória SC, que tudo fizeram, especialmente no primeiro tempo, para conquistar os três pontos. Nem foi preciso esperar muito para se perceber isso. Logo aos cinco minutos, no seguimento de um cruzamento de Telmo Arcanjo, Mangas esteve perto de inaugurar o marcador através de um bom cabeceamento, mas o guardião do AVS estava em noite inspirada e evitou o pior com uma palmada. O arranque do Vitória SC foi de facto poderoso e, pouco depois, Mangas voltaria a ameaçar. Atento a uma nova defesa de Bertelli, após desvio de cabeça de Jesus Ramirez, o extremo voltaria a aparecer no sítio certo a rematar, acertando desta vez no ferro.
O golo dos Conquistadores parecia ser iminente, mas a verdade é que o guarda-redes do AVS parecia defender tudo… quando não era bafejado pela sorte. Assim foi nos remates com selo de golo de Bruno Gaspar (17’), Borevkovic (18’) e de Samu (18’), entre outras oportunidades colecionadas ao longo da primeira metade. Pelo meio, John Mercado ia pregando pontuais sustos, mas a defesa vitoriana só quebraria no segundo tempo, à conta do experiente Nené. Mesmo desfalcado de Kaio César e Tiago Silva, ambos condicionados por problemas físicos, o Vitória apresentou sempre bons argumentos e Rui Borges também não perdeu tempo a injetar-lhe energia à boleia da dança das substituições. O relógio parecia jogar, porém, a favor dos visitados e só mesmo aos 90’+5’ é que o Vitória voltaria a estar outra vez perto do golo. Num remate estupendo de fora da área, Nuno Santos atirou tão certeiro que acabaria por acertar no poste e os jogadores do AVS puderam por fim respirar de alívio. Contra a corrente do jogo, a formação de Vila das Aves levaria mesmo a melhor num estádio repleto de adeptos do Vitória SC.
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