Num dérbi muito competitivo, o Vitória SC superiorizou-se ao Braga no segundo tempo e construiu um triunfo claro, com golos de João Mendes e Tomás Ribeiro
Aí está o melhor arranque do Vitória Sport Clube no principal campeonato português desde 1997/98, época em que terminou a prova no terceiro lugar. Em cinco jornadas, os conquistadores levam quatro triunfos e apenas uma derrota, sendo o resultado mais fresco deste registo uma vitória incontestável, por 2-0, sobre o rival Braga na Pedreira, com golos de João Mendes e Tomás Ribeiro. Os últimos três pontos conquistados no mesmo palco haviam sido amealhados há sete anos e, desta vez, o Vitória SC revelou-se um pouco mais imperial ao não permitir qualquer golo ao adversário. Contas feitas, segue agora em segundo lugar no campeonato, em igualdade pontual com o FC Porto (12), e à distância de apenas três pontos do primeiro classificado (Sporting).
O primeiro tempo ficou marcado pelo equilíbrio, mas a história do jogo poderia ter sido outra se a bola não tivesse esbarrado no poste na sequência de um remate cruzado muito potente de Nélson Oliveira logo no primeiro minuto. Semelhante abanão despertou o adversário e, por isso, a competitividade andou sempre de braço dado com a incerteza até ao intervalo, com lances de perigo a sucederem-se junto das balizas à guarda de Bruno Varela e Matheus. Tudo mudaria na etapa complementar e nem a substituição forçada de Mikel Villanueva por Tomás Ribeiro, devido a lesão do primeiro, fragilizou o Vitória SC. Em noite endiabrada e sempre muito potente a encarar os defesas contrários, Nélson Oliveira não parava de crescer na linha da frente e, aos 52 minutos, rasgou por completo a muralha dos arsenalistas pela esquerda, cruzando de forma perfeita para João Mendes, que teve o sangue-frio necessário para encostar de forma certeira.
De volta ao estádio onde assinou aquele que seria eleito o melhor golo da época passada, o fantasma da Pedreira foi mais do que uma ameaça e foi uma espécie de primeiro acorde para uma noite de ópera absoluta. Logo depois, na sequência de um despique com Nélson Oliveira, Arrey-Mbi acabaria expulso e tudo se complicou ainda mais para os visitados aos 59 minutos num canto cobrado por Tiago Silva. Tomás Ribeiro apareceu no sítio certo a desviar de cabeça (2-0) e o Vitória SC tornou-se, em definitivo, dono e senhor do jogo. Ao mesmo tempo que o Braga tentava reagir, jogando mais com o coração do que a cabeça, o técnico Rui Borges tratou de refrescar a equipa com as entradas de Samu, Chucho Ramírez e Gustavo e o Vitória SC até esteve muito próximo de alargar a vantagem no marcador aos 63 minutos. De livre, à entrada da área, Tiago Silva atirou de forma colocada e acertaria no ferro para desespero dos bracarenses e delírio total dos cerca de 1700 adeptos vitorianos presentes nas bancadas.
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