Rosto principal de um grupo ambicioso e que já fez história na UEFA Conference League, o treinador do Vitória SC não se dá por satisfeito. Quer muito mais, de preferência já com um triunfo sobre o NK Celje
A fase regular da UEFA Conference League começa nesta quarta-feira e Rui Borges confia num bom resultado para o Vitória Sport Clube, frente ao NK Celje. Depois da derrota com o FC Porto e do empate com o Casa Pia, para o campeonato, o treinador registou com agrado a “fome” de ganhar dos atletas e, por isso, não tem dúvidas de que a resposta em campo será forte naquele que será o seu primeiro jogo europeu. Assumindo sem rodeios o “sonho” de chegar longe na competição, deu ainda conta de um adversário muito organizado, consistente em termos defensivos e sempre à espreita de tirar partido de transições rápidas para o ataque.
Expetativa: “O discurso será sempre jogo a jogo, mas devemos ser objetivos. A equipa tem mostrado ambição. Estamos muito tranquilos, temos de perceber aquilo a que os adversários nos vão expor. Temos de encarar como se fosse um jogo de campeonato. Sabemos que para chegar ao nosso objetivo, ao nosso sonho, temos de ganhar. Jogamos em nossa casa e temos a responsabilidade de dar o máximo para representar o Vitória desde o primeiro dia”.
O novo formato da prova: “É a minha estreia, por isso tanto fazia ser num grupo ou neste formato de liga. Temos alguma margem, mas mais do que pensar nisso temos de pensar no jogo com a mesma ambição que temos demonstrado em todos os jogos. O que nos motiva é olhar para a equipa e ver que tem essa ambição”.
Ambição: “Sonho ganhar amanhã e passar aos oitavos-de-final. É para isso que vamos trabalhar. Os jogadores têm mostrado sempre fome de vencer, mesmo nos resultados menos conseguidos nos últimos jogos. A fome deles é enorme, têm demonstrado isso sempre. Não vamos ganhar sempre, mas vamos ser sempre os mesmos, com a mesma ambição, vontade e coragem. Para mim são os melhores jogadores, amanhã vão dar uma demonstração do que têm feito até hoje”.
O NK Celje e as dificuldades: “O adversário é uma equipa bem organizada em termos defensivos, num bloco médio, mais pressionante. Vamos ter de ser bastante dinâmicos e proactivos, dar mobilidade à equipa e ter uma boa reação à perda porque é uma equipa forte nas transições. Em termos ofensivos é uma equipa com dinâmicas particulares, que constrói com uma linha a três. Estamos preparados, a equipa tem mostrado esse crescimento, jogamos em nossa casa e queremos ser Vitória, mais do que nos preocuparmos com o adversário temos de nos preocupar com o que podemos fazer”.
Mikel Villanueva disponível: “Está convocado e é opção como o Toni Borevkovic, o Tomás Ribeiro e o Óscar Rivas. Todos estão preparados para jogar, eles só sabem quem joga antes do jogo. Têm de estar todos preparados, saber jogar com o X, o Y ou o H. Estão focados e comprometidos com o objetivo de todos e não com o individual”.
Os elogios de Jota Silva: “Estava a puxar o saco ao mister. Ficou uma amizade grande. É um jogador muito querido para todos nós, muito querido no clube, faz parte de nós apesar de não estar cá. Acredito que está ligado ao grupo diariamente. É bom para mim perceber que o carinho foi recíproco e que gostou de trabalhar connosco”.
Será o mesmo NK Celje? “É subjetivo porque são jogos diferentes, em momentos diferentes, nem tem comparação com o da época passada. É sempre bom começar em casa. Respeito todas as equipas da igual forma. Para estarem nesta etapa é porque têm qualidade. Todas têm o sonho de passar esta primeira fase. Se não estivermos concentrados e não tivermos respeito, vamos passar por dificuldades. É bom começar com os nossos adeptos, que têm sido sempre fantásticos”.
Ação de três em três dias: “O trabalho é mantê-los felizes no treino e focados. Independentemente de não termos vencido o Casa Pia, temos de perceber que não podemos ficar afetados. Tivemos menos tempo para trabalhar, mas os jogadores querem é jogar à quarta e ao domingo. Foi mais passar informação. Os jogadores que estão neste patamar são muito inteligentes”.
Jogo às 15h30: “Deixa-nos tristes de alguma forma, não vou fugir a isso. Toda a gente precisa de trabalhar e tenho a certeza de que o horário vai tirar muita gente quando seria importante termos um ambiente incrível. Acredito que os que estarão farão sentir-se como se fossem 20 ou 25 mil”.