De visita ao aflito Estrela, o Vitória SC dominou, esteve na frente do marcador por duas vezes, mas desligou-se em momentos-chave e não foi além de um empate (2-2). Nuno Santos e Tiago Silva faturaram pelos conquistadores

Nem sempre a melhor equipa em campo consegue levar a melhor. Semelhante contrariedade vitimou o Vitória Sport Clube no Estádio José Gomes, na Amadora, num jogo muito competitivo em que os visitados tiveram o mérito de traduzir para golos os erros pontuais cometidos pelo adversário. Depois de ter brilhado no recente triunfo sobre o Djurgarden, na segunda ronda da fase regular da UEFA Conference League, a equipa comandada por Rui Borges apresentou futebol mais do que suficiente para somar os três pontos e até por uma margem alargada, mas colocou-se a jeito por duas vezes e o Estrela aproveitou, garantindo um precioso ponto (2-2) que poderá valer ouro na fuga aos últimos lugares.
Suspirou-se de alívio entre os adeptos da casa e o caso não era para menos porque o Vitória SC, mesmo a acusar alguma fadiga pela recente deslocação à Suécia, rapidamente tomou conta da partida e só por culpa própria deixou escapar por entre os dedos a possibilidade de construir um triunfo incontestável. O poder de fogo é que foi reduzido no primeiro tempo e, por isso, o marcador apenas seria inaugurado aos 45 minutos. Valeu, porém, a espera. Num canto à esquerda, Tiago Silva levantou para a entrada da área e Nuno Santos concluiu de primeira, assinando um golaço. Semelhante momento de classe poderia ter sido o mote para uma noite de gala, mas o Vitória SC tão depressa celebrou como se desligou e, em pleno período de compensação antes do intervalo, o Estrela teve a oportunidade de repor a igualdade (1-1), num lance em que Bucca apareceu no sítio certo a desviar de cabeça um cruzamento parcialmente inofensivo de Nilton Varela.
O balde de água fria que marcou o primeiro tempo seria, no entanto, replicado na etapa complementar. Com mais posse de bola, ataques e cruzamentos, o Vitória SC aumentou a intensidade e, sem grande espanto, voltaria a colocar-se na frente do marcador aos 69 minutos, num penálti convertido por Tiago Silva a castigar um derrube de Dramé a Samu, mas a festa voltaria a ser estragada na ponta final. Aos 82 minutos, o árbitro assinalou um penálti a Manu Silva, por suposta falta sobre Dramé, e Rodrigo Pinho acabaria por sentenciar a partida, apesar de os conquistadores terem feito tudo para chegarem ao golo pela terceira vez. Na ponta final, houve mais disponibilidade do que cabeça da parte dos jogadores e o Vitória acabaria mesmo por somar o quarto jogo consecutivo na Liga Portugal sem ganhar, seguindo agora no sexto lugar da classificação, com 15 pontos.
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