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Rui Borges: “Taça da Liga? Queremos estar nas decisões finais”

De volta a Braga para mais um dérbi minhoto, Rui Borges apontou ao triunfo e à passagem à final-four a pensar na conquista do troféu. Por entre elogios ao adversário, o treinador prometeu apresentar o melhor onze

A Taça da Liga é encarada por Rui Borges como um episódio duradouro, terá de ser mais do que um pontual jogo. Na antevisão do jogo com o Braga, o treinador do Vitória Sport Clube carregou na ambição e assumiu, sem rodeios, a intenção de voltar a ganhar na Pedreira, depois do êxito alcançado já nesta temporada para o campeonato. Pelo meio, sublinhou bem a ideia de que os conquistadores estão bem e recomendam-se, somando apenas dois desaires em 18 jogos oficiais, e garantiu que apresentará uma equipa competitiva e dotada de bons argumentos, capaz de superar as dificuldades que apresentará um adversário que inspira várias cautelas.  

A magia do dérbi minhoto: “Este tipo de jogos motiva-nos sempre. São jogos especiais, não fugimos disso. Já tinha dito isso na véspera de outro jogo em Braga, mas estamos a falar de competições diferentes. A Taça da Liga é uma competição muito específica. Se vencermos, passaremos à final-four. Só isso é diferente em termos mentais. Por outro lado, qualquer dérbi minhoto envolve um contexto enorme para os clubes e para dos adeptos. Será sempre um jogo especial e, face ao último resultado que teve no campeonato, acredito que o adversário vai apresentar-se muito motivado. Estão mais consistentes e vão querer ganhar. Espera-nos um jogo difícil, mas vamos encará-lo da mesma forma que encarámos o outro, para o campeonato: com muita coragem e a fazer tudo para sermos melhores em todos os momentos do jogo, de modo a sairmos de Braga com uma vitória. É isso que queremos e desejamos para passarmos à eliminatória seguinte”.

Sinais de fraqueza? “Em 18 jogos temos duas derrotas. Estamos envolvidos numa época muito intensa. Se formos pelo passado recente, então temos de considerar que o adversário só teve uma vitória nos últimos quatro jogos, mas não vou por aí. Prefiro olhar para o valor das duas equipas, a sua consistência, os pergaminhos dos dois clubes e a história dos duelos entre ambos. Tudo isso torna sempre este tipo de jogos mais competitivos. Os jogadores têm de sentir isso, têm de sentir coragem. É sempre um jogo especial, tanto para nós como para o adversário. Devemos ter bem presente que este jogo pode colocar-nos na final-four da competição e nós queremos muito estar nas decisões finais. Para isso, teremos de trabalhar muito perante um bom adversário. Apesar dos últimos três empates para o campeonato, temos vindo a crescer. Faltou-nos por vezes alguma concentração, mas eu prefiro olhar para tudo. Não olho só para o momento: em 18 jogos temos apenas duas derrotas. A equipa tem dado o seu máximo e tem estado comprometida, encarando qualquer partida para mandar no jogo e para ganhar. Nunca fugimos disso e se calhar expomo-nos demasiado. Basta um momento de desconcentração para sermos penalizados. O nosso trajeto está a ser muito bom e queremos ganhar mais jogos. Não tenho qualquer dúvida de que vamos manter esse registo”.

As vantagens que escapam: “No começo da época também tínhamos se calhar momentos de desconcentração, mas não sofríamos golos. Agora isso está a sair-nos caro. Por vezes é difícil controlar determinados comportamentos. Sofremos por exemplo quatro penáltis e isso é surreal. Só precisamos de um clique porque a malta está comprometida e encara todos os momentos do jogo com rigor. Os adversários causam sempre problemas, mas os golos que temos sofrido não estão relacionados com isso, à exceção do jogo com o FC Porto. É isso que deixa a equipa um pouco frustrada. Os jogadores nunca se escondem, têm dado sempre a cara, jogando sempre em busca dos golos e das vitórias. Vamos seguir o nosso caminho e o trabalho dos jogadores tem sido fantástico. Quando não for, serei o primeiro a dizer que os jogadores têm de dar mais, mas eles têm dado tudo. Por isso, estou supertranquilo. O nosso trajeto tem sido muito bom”.

O formato da Taça da Liga: “Algumas coisas são bem explícitas, mas prefiro não dar a minha opinião. Neste clube queremos ganhar sempre, seja qual for a competição e o opositor, embora respeitando muito os adversários. Vamos para cada jogo com muita humildade, coragem e ambição. O nosso símbolo implica termos grande ambição. Queremos estar inseridos sempre nas decisões finais. Como treinador em início de carreira, é o que eu mais desejo: quero estar nas decisões finais das competições. Quero ganhar troféus e, para chegar lá, tenho de trabalhar muito, tanto eu como a equipa e o resto da estrutura do clube. Vamos ter de trabalhar imenso no jogo de amanhã [quinta-feira], perante um bom adversário. Para ganharmos, teremos de ir a Braga com muita coragem e humildade”.

Alterações no onze? “Vou apresentar o onze inicial mais apropriado para defrontar nesta altura o Braga. Confio em todos e julgo que não preciso de dar mais provas disso. Todos estão preparados para jogar e para não jogar. Devemos ter respeito uns pelos outros, reconhecendo qualidades em todos os colegas. Apresentarei o melhor onze de modo a sermos muito competitivos e com capacidade para ganhar. É esse o nosso objetivo”.

Quem sai a ganhar da Taça da Liga: “É uma questão que me ultrapassa. O modelo da competição desta época é bem explícito sobre aquilo que querem que aconteça. Estou feliz por estarmos inseridos na Taça da Liga e só estou focado no jogo com o Braga. Queremos voltar a ganhar e oferecer uma nova alegria aos nossos adeptos”.

As críticas de António Miguel Cardoso ao VAR do jogo com o Estrela: “O presidente falou e bem. Houve um penálti explícito sobre o Mikel que não foi assinalado. E isso foi dito por vários profissionais ligados à comunicação social. Toda a gente identificou esse penálti claro. O VAR falhou, paciência. Agora há que focar no jogo com o Braga, seguindo o nosso caminho”.

O eventual boicote das claques aos jogos da Taça da Liga: “Os nossos adeptos são muito importantes para a equipa. São fantásticos e têm sido muito importantes na nossa caminhada. Vamos sentir falta deles, mas a equipa compreende as razões desse protesto. Estaremos sempre do lado dos nossos e sabemos que eles estarão de qualquer modo connosco”.