Insatisfeito com o jogo na casa do GD Estoril Praia, o técnico vitoriano sabe que é importante dar uma resposta já no próximo jogo

A derrota por 1-0 frente ao GD Estoril Praia na 19.ª jornada da Liga Portugal deixou Luís Freire insatisfeito. O timoneiro dos Conquistadores analisou o encontro e assumiu os erros da equipa vimaranense. “Temos de demonstrar inequivocamente que estamos a fazer tudo por tudo para ganhar o jogo. Não fiquei satisfeito com o jogo e assumo a responsabilidade”, disse no fim do encontro.
Depois de agradecer o apoio dos vitorianos que se deslocaram num dia de tempestade e reconhecer o erro de arbitragem que deixou um penálti por assinalar e que podia dar origem ao golo do empate, o técnico vitoriano aponta ao próximo encontro e assume que vai ser preciso uma atitude diferente para regressar ao caminho das vitórias. “Temos de reagir à adversidade. No próximo jogo, essa é a nossa grande tarefa. Vamos ter de entrar com outra atitude, de outra forma”, concluiu.
Análise ao encontro: “Sabíamos que o Estoril ia tentar pressionar alto e agressivo. Tem feito isso em todos os jogos. Mesmo na Luz pressionou de um para um. Nós tínhamos de encontrar homens livres. Tínhamos de ser dinâmicos com bola, tínhamos de ser mais corajosos a querer bola, tal como treinamos, e soltar-nos das marcações individuais. Tínhamos de ter dinâmica, tínhamos de ter mobilidade. O Estoril acabou por superiorizar-se nos duelos na primeira parte. Tivemos duas oportunidades e o Estoril teve três ou quatro. Não conseguimos controlar o jogo na primeira parte. No entanto, chegamos ao intervalo 0-0. Quando estávamos a tentar ter mais bola e assentar o nosso jogo na segunda parte, sofremos o golo. Foi uma perda de bola na primeira fase praticamente. Dá a vantagem ao Estoril. Procuramos reagir e procuramos fazer o nosso golo. Conseguimos assentar jogo e chegar perto da baliza do adversário. Tivemos algumas situações para fazer o golo. Houve um golo bem anulado e uma grande penalidade. Não há dúvidas nenhumas que é grande penalidade e prejudicou-nos. Mas temos de ter mais energia no campo. Se queremos que as coisas invertam, temos de fazer por isso. Não vale a pena estar à espera que caia do céu. Temos de ser nós a dar a volta a isto com mais energia, com mais fome e com um pouco mais de tudo. Temos de ser mais decididos no nosso jogo e procurar ao máximo ser superior aos adversários. O Estoril está a viver um bom momento, entrou confiante, mas a nível de duelos e capacidade de acelerar mais o jogo… tínhamos de acelerar mais o jogo. Quando estamos a perder, temos de ser uma equipa mais rápida sobre o campo quando a bola sai, quando é falta, quando é canto. Temos de demonstrar inequivocamente que estamos a fazer tudo por tudo para ganhar o jogo. Não fiquei satisfeito com o jogo e assumo a responsabilidade”.

Apoio dos adeptos: “Agradecemos aos adeptos o apoio que nos deram porque não é fácil estar ao vento e à chuva e fazer esta viagem. Compreendo a insatisfação no fim do jogo. Somos nós que temos de dar a volta”.
Reagir: “Nós reagimos à adversidade depois de sofrer o golo. Conseguimos encostar mais o Estoril e conseguimos ter uma reação com bola principalmente. Faltou-nos qualidade com bola. Temos de nos agarrar principalmente ao que fizemos na primeira parte com o Arouca ou nesta segunda parte depois de sofrer o golo quando conseguimos encostar o adversário, conseguimos chegar mais vezes, conseguimos algum frisson, mas principalmente mudou a convicção e a energia com que fizemos as coisas. Para a bola entrar, é preciso muita convicção. Às vezes é difícil, parece que as coisas não saem. À semelhança do último jogo, frente ao Arouca, tivemos um lance importante, podia ter dado a grande penalidade e podíamos ter feito o golo. A equipa não tem vencido e isso não ajuda. Gera falta de confiança, uma energia mais baixa. No entanto, temos de reagir à adversidade. No próximo jogo, essa é a nossa grande tarefa. Vamos ter de entrar com outra atitude, de outra forma”.