O técnico Luís Freire prometeu um Vitória SC poderoso em todos os sentidos, de olhos postos na baliza do rival Braga e a querer somar um novo triunfo

O crescimento evidenciado pelo Vitória Sport Clube nas últimas duas jornadas do campeonato faz com que Luís Freire aguarde a receção ao Braga com otimismo. Certo de que a equipa reconquistou por fim a consistência perdida, o treinador aposta numa noite em cheio, com o ataque a atingir os níveis de perigosidade desejáveis, e na conquista dos três pontos, como fez questão de expressar na conferência de imprensa de antevisão do dérbi minhoto, marcado para este domingo. Para que o plano de jogo seja cumprido na perfeição, Freire conta naturalmente com o apoio especial dos apaixonados adeptos vitorianos, numa casa previsivelmente “cheia” e a fervilhar de emoção.
Expectativas: “Um dérbi minhoto é sempre um jogo muito apetecível e interessante de acompanhar. Motiva qualquer treinador e jogador. Temos a noção da importância que este jogo tem para os nossos adeptos e para o clube, pelo que queremos fazer um bom jogo, dando uma boa resposta. Vamos tentar puxar pelos nossos adeptos, esperando que eles nos apoiem muito em nossa casa. Queremos muito conquistar os três pontos e, por isso, podem esperar a máxima ambição da nossa parte. Preparámo-nos bem, estudámos bem o adversário e estamos preparados. Trabalhámos ainda no sentido de criarmos mais perigo do que criámos em Famalicão, onde tivemos bola e um jogo ofensivo dominador, mas pouco perigoso. Queremos ser mais perigosos e vamos fazer tudo para que tal aconteça no próximo jogo. Trabalhámos essa vertente da mesma forma que trabalhámos a parte defensiva, não sofrendo golos há dois jogos seguidos e permitindo poucas ocasiões aos adversários. Conseguiu-se isso com trabalho e com o empenho e concentração dos jogadores. Vamos tentar manter isso, acrescentando maior perigosidade à equipa. Com a qualidade dos nossos jogadores, vamos conseguir”.
Futebol de ataque: “As duas equipas vão jogar à procura da baliza, não tenho dúvidas disso. Teremos é de ser competentes nos quatro momentos do jogo, incluindo as bolas paradas. Teremos de ser muito competentes nas reações à perda de bola, na organização defensiva e, ao mesmo tempo, espertos a aproveitar os momentos de cada jogo, criando mais perigo. A equipa evoluiu em termos defensivos e está preparada. Já somos dominadores, falta apenas concretizar as oportunidades criadas e criar até mais oportunidades”.

O primeiro dérbi do Minho da carreira: “Temos de ter a noção clara daquilo que teremos de fazer em campo. Haverá muita emoção e paixão à volta do jogo, mas os jogadores devem estar muito focados nas suas tarefas e na estratégia delineada. A equipa deve saber bem o que tem de fazer em termos de reação à perda, ao equilíbrio em campo e às bolas paradas. Obviamente que também podemos absorver a energia boa, transformando-a em atitude, resiliência, compromisso, ambição e vontade de ganhar. O Vitória SC já ganhou em Braga nesta temporada e agora queremos ganhar em casa também”.
A nomeação de João Pinheiro para VAR: “O Vitória SC já se manifestou sobre isso nas suas redes sociais. O João Pinheiro esteve no VAR no dérbi disputado em Braga, foi um facto, e agora é um facto de que voltará a ser o VAR. Quem jogar terá de se focar no jogo, naquilo que podemos controlar”.
Treze pontos de diferença para o Braga: “Nunca há um favorito neste tipo de jogos. Costumam ser jogos equilibrados e que são definidos por detalhes. O que está para trás não interessa. O que interessa é o que as duas equipas vão querer fazer e eu acredito muito na minha equipa, nos jogadores, na nossa vontade, na nossa postura e na nossa união. Temos tido uma equipa com muito mais energia em campo, com foco e a querer ser dominadora. Ainda há coisas para melhorar, mas estamos a dar passos no sentido de evoluir. Acredito que vamos estar à altura do jogo. Vamos jogar em nossa casa, mas não há favoritos nestes jogos. Sabemos é que os nossos adeptos vão ser fundamentais porque transmitirão muita energia para os nossos jogadores. Conto com eles para fazermos a diferença, para conquistarmos os três pontos”.

Chucho Ramírez: “O Chucho está a esperar pela sua oportunidade comigo. Está cada vez mais a treinar melhor, à imagem de outros jogadores que não têm alinhado de início. Ainda hoje tive a oportunidade de lhes transmitir isso. Disse-lhes que estou atento a todos e o Chucho está entre esses jogadores. Tem qualidade e uma capacidade de finalização acima da média. Se continuar a trabalhar desta forma, vai aparecer e ajudar a equipa. E para ajudar a equipa não é preciso jogar 90 minutos. Um jogador vindo do banco pode fazer toda a diferença em apenas dez minutos. Todos contam para mim. Vamos ter um calendário de jogos denso, com partidas importantes, e o Chucho conta para mim. Tenho-lhe passado confiança. Acredito no Chucho como acredito nos outros atletas que não tem jogado tanto. Todos vão ser importantes para a equipa a qualquer momento”.
Treinador sem derrotas em casa há bastante tempo: “O que está para trás conta pouco. Há sempre dados estatísticos bons e outros menos bons. O que nos dá confiança foi a vitória que conseguimos em casa, frente ao AFS. Frente ao Famalicão também estivemos por cima e queremos melhorar. Estamos a trabalhar nesse sentido e, por isso, somos uma equipa forte nesta altura, tanto em casa como fora. O que está para trás contará, no entanto, zero quando entrarmos em campo. Queremos continuar a demonstrar a nossa força em casa e fora”.
Jogo apaixonante: “Qualquer adepto de futebol gosta deste tipo de jogos, aprecia as rivalidades e, naturalmente, gosta de estar presente. A minha carreira tem sido marcada por vários jogos decisivos e, por isso, estou habituado a este tipo de jogos. Sei qual é a abordagem que devemos ter, tenho a noção do ímpeto apropriado. Devemos abordar este e outros jogos com um ímpeto muito forte. A equipa entrou assim nos últimos dois jogos e terá de repetir essa força amanhã. Sei que teremos casa cheia e isso ajuda sempre. É para isto que nós trabalhamos: gostamos de sentir adrenalina”.