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Luís Freire: “As coisas vão começar a acontecer”

Satisfeito com a exibição da equipa, mas insatisfeito com o resultado (0-0), o técnico vitoriano acredita que os jogadores ainda vão dar muitas alegrias aos adeptos esta época

Depois de consumada a estreia de Luís Freire no dérbi minhoto, o timoneiro vitoriano mostrou-se frustrado com o empate a zeros, mas mostrou-se esperançoso no futuro considerando o crescimento da equipa nos últimos jogos. “Tivemos uma oportunidade clara aos 92 ou 93 minutos. Acho que coroava a exibição da equipa, a atitude dos jogadores, a capacidade de acrescentar de quem entrou no jogo. Estou satisfeito em termos de crescimento e processos e insatisfeito em termos de resultados”, disse.

Com palavras encorajadoras dirigidas aos atletas, Luís Freire assegurou que qualquer jogo se torna mais fácil com o apoio massivo dos vitorianos. Com mais de 28 mil adeptos nas bancadas, não deixou de apelar aos adeptos: “Se estivermos todos juntos, vamos viver ainda muitos momentos felizes”. A equipa vitoriana regressa à competição no próximo dia 24 de fevereiro (segunda-feira) para disputar os três pontos da 23.ª jornada frente ao FC Porto.

Superioridade vitoriana: “A sensação é exatamente essa. Jogámos contra uma equipa de valor, que tinha cinco vitórias seguidas. Sabíamos que vinham desse momento, mas tentamos ao máximo condicioná-los. Fomos uma equipa agressiva na pressão. Obrigámos o Hornicek a chutar muitas bolas longas, os centrais igual. Os médios não conseguiam ligar o jogo do Braga. Nós ganhamos muitas primeiras e segundas bolas. A verdade é que, sob pressão, fomos algo precipitados na primeira parte, mas criámos perigo por intermédio do Nuno Santos, do Samu, do Arcanjo. Tivemos bolas paradas perigosas, um golo anulado. Estivemos um pouco por cima na primeira parte, mas o jogo foi mais equilibrado. Ao intervalo pedimos claramente para assumirmos com bola, para jogar porque havia espaço e eu queria que a minha equipa tivesse bola e quisesse jogar. Foi isso que os jogadores fizeram. Tivemos períodos largos na segunda parte em que estivemos por cima do Braga, tivemos oportunidades claras para fazer golo. O Braga também teve as suas chances, também teve capacidade de criar algum frisson, mas houve mais Vitória claramente. Acho que com mais remates, mais perigo criado, com mais períodos instalados no meio-campo ofensivo. Obrigámos o Braga a recolher os extremos e fazer linha de cinco e de seis. Tentamos ao máximo marcar golo. Tivemos uma oportunidade clara aos 92 ou 93 minutos. Acho que coroava a exibição da equipa, a atitude dos jogadores, a capacidade de acrescentar de quem entrou no jogo. Estou satisfeito em termos de crescimento e processos e insatisfeito em termos de resultados”.

Crescimento da equipa: “Quando cheguei, há cerca de um mês, a equipa estava num período em que sofria muitos golos. Estamos a acabar com isso. É o terceiro jogo sem sofrermos golos. A equipa consegue dominar jogos, impor o seu jogo. Hoje fizemo-lo mais na segunda parte, fomos uma equipa muito ligada à corrente do jogo com uma energia alta dos jogadores. Quando eu cheguei, não estava assim. Eu sinto que os jogadores têm feito um esforço muito grande para ir atrás da mensagem, para acreditar, porque estamos com alguns pontos de atraso para o nosso objetivo e queríamos estar mais à frente. Nem sempre é fácil jogarmos bem, termos a capacidade de jogar, dominar e concretizar, mas eu acredito na evolução que temos tido nos últimos dois, três jogos. Estamos a crescer a nível defensivo, de reação à perda, de pressão no adversário, de criação de oportunidades. As coisas vão começar a acontecer. Falta aquele último momento e esse último momento vai aparecer. Temos ainda muitos objetivos pela frente. Jogo a jogo, até ao final, vamos dar tudo por esta camisola. Os jogadores sabem disso, sabem que conto com eles. Acredito muito que, todos juntos, podemos fazer coisas boas este ano. Vamos à procura disso. A bola vai entrar. Se continuarmos com esta atitude e esta mentalidade, a bola vai entrar”.

Golo anulado: “Vou ser honesto: ainda não vi o lance. Estava longe e não vi. Se tivesse visto o lance, dava-lhe já uma opinião clara. O que me dizem é que podia ser golo. No entanto, não vi o lance. Não vou estar a especular. Se tivesse visto, dizia-lhe, mas não vi. Fiquei frustrado porque a equipa fez mais do que o suficiente para marcar nesse lance ou num outro lance qualquer. Fizemos mais do que o suficiente para marcar o golo. A minha frustração é essa. Nem sempre conseguimos jogar bem e ganhar, mas hoje merecíamos a vitória”.

Primeiro dérbi minhoto: “Não cheguei aqui do nada, não é? Já vivi muitas coisas ao longo da minha carreira, muitas emoções. Hoje foi mais um dia de emoção na minha carreira. Vivi-o com os meus jogadores, com um público fantástico, com um público que nos tentou empurrar sempre para a frente. A equipa quis ir para a frente. É isso que prometo aos adeptos: a equipa vai dar e têm de dar tudo daqui para a frente. Vamos acreditar cada vez mais com eles. Infelizmente não estamos a ganhar tanto como queríamos, mas acredito que estamos mais perto de ganhar. Vivi com emoção, mas sempre focado naquilo que era importante passar aos jogadores, com energia, com pormenores táticos que temos de ir corrigindo. Mas acho que os jogadores tentaram ao máximo e têm de acreditar cada vez mais. Não é fácil estarmos um bocadinho atrás daquilo que queremos e tentarmos fazer com que as coisas corram bem. Eu sei que eles têm muito para dar este ano. Vamos conseguir jogo a jogo, com o público a ajudar. É muito importante ter este apoio. É muito mais fácil que as coisas corram bem quando temos o apoio das pessoas. Se estivermos todos juntos, vamos viver ainda muitos momentos felizes”.