O desgaste físico e a recente eliminação da UEFA Conference League serão aspetos secundários na receção ao Estrela da Amadora. O técnico do Vitória SC já só pensa em somar o terceiro triunfo consecutivo na Liga Portugal

De volta ao campeonato, o Vitória Sport Clube mantém-se firme na corrida pelo quinto lugar. Consumado o afastamento da UEFA Conference League, os Conquistadores recebem neste domingo o Estrela da Amadora e o técnico Luís Freire aponta somente à vitória, ciente de que a equipa está forte e com a consistência devida para a ponta final da competição. O cansaço e a frustração motivada pela recente derrota sofrida frente ao Betis, no epílogo de uma campanha europeia amplamente louvável, não terão lugar no regresso ao Estádio D. Afonso Henriques.
Reação: “É uma boa notícia o facto de voltarmos a jogar rapidamente. A UEFA Conference League foi uma experiência muito positiva e chegámos onde chegámos. Foi uma experiência muito enriquecedora para toda a gente. No intervalo das duas mãos com o Betis também encurtámos distâncias no campeonato, depois de termos estado a oito pontos do quinto lugar. Isso saiu-nos do pelo. E agora estamos a dois. Tivemos sempre competência de mudar o chip, sendo fortes a cada jornada que passava. Vimos de duas vitórias na Liga Portugal e queremos somar a terceira. É a primeira vez que temos essa possibilidade grande neste ano. Agora há que recuperar os jogadores. Vamos para o quinto jogo em 15 dias, quando a equipa já leva mais de 40 jogos nesta temporada. Mas sinto os jogadores com uma vontade grande de jogar outra vez, de competir, respondendo de uma forma afirmativa. A equipa tem revelado grande personalidade, como se viu no Dragão e em Sevilha e ainda frente ao Casa Pia e ao Boavista. Fizemos jogos com muita competência e agora queremos voltar a saborear a vitória, mantendo-nos no encalço pelo quinto lugar. Queremos continuar a somar pontos”.

Jogo importante antes da paragem: “Todos os jogos são importantes. Temos pela frente nove até ao fim. Está tudo em aberto no campeonato e nós fizemos por isso, com muito esforço e dedicação dos jogadores. Encurtámos distâncias e, por isso, só dependemos de nós. A disputa pelo quinto lugar não vai envolver apenas um adversário e temos de estar preparados para o jogo de amanhã, focando-nos naquilo que é importante. O Estrela da Amadora é uma equipa competente e que tem tido boas prestações fora de casa. É uma equipa coesa defensivamente, atlética e forte no contra-ataque e nas bolas paradas, apresentando igualmente boas dinâmicas na construção. Tivemos tempo para estudar o adversário, passámos as ideias devidas à equipa e refrescámos os jogadores. Agora é passar à ação. A equipa quer muito entrar em campo para voltar às vitórias”.
O Estrela da Amadora: “O Estrela é uma equipa do nosso campeonato. Tem feito o seu campeonato em busca da permanência e, nos últimos cinco jogos fora de casa, apenas perdeu um. É uma equipa capaz de aproveitar os erros do adversário. Teremos de estar muito ligados nas bolas paradas e nos contra-ataques. Para isso, a equipa deve apresentar-se muito equilibrada em campo, sendo ainda muito reativa à perda de bola, e primar pela concentração. Os jogadores são os primeiros a saber isso. Eles trabalharam muito para chegarem a esta fase da época a disputar o quinto lugar, depois de terem disputado tantos jogos na UEFA Conference League. Poderíamos ter feito uma grande campanha europeia e estarmos longe do quinto lugar, mas a verdade é que estamos perto. Só dependemos de nós e queremos muito competir, para ganhar. Até lá, temos é que aproveitar todas as horas para descansar. Depois, durante a paragem, teremos tempo para recuperar alguns jogadores, mas eles sabem que antes há este último sacrifício. Queremos acabar bem esta fase, com três vitórias seguidas”.

Desgaste físico condiciona? “A equipa tem aparecido sempre disponível. Quando fomos ao Bessa, no meio de uma eliminatória, os jogadores responderam muito bem. E antes tivemos outros jogos de alta exigência, frente ao Braga, FC Porto, Sevilha… Esses adversários exigiram muito de nós e a equipa respondeu sempre muito bem. Temos tido capacidade e posse de bola, como se verificou no Bessa e em Sevilha com mais 60% e ainda frente ao Casa Pia. Ter bola até ajuda a equipa a descansar. Mas faremos tudo o que for preciso para responder positivamente. A única forma de o Vitória SC voltar a ter noites europeias, com o estádio cheio, é alcançar o quinto lugar. Esta experiência na UEFA deixou-nos um gosto especial e queremos lá voltar. Apesar de haver algum cansaço, temos de estar motivados. A motivação tem de superar tudo, de modo a conseguirmos o nosso objetivo”.
Quatro golos sofridos num jogo foi exceção? “Alguns aspetos são para corrigir já para o próximo jogo. Não me refiro a questões defensivas, tem mais a ver com posicionamentos que permitiram alguns contra-ataques. Estamos atentos e alertas. Não houve muito tempo para treinar, mas essas situações são fáceis de corrigir. A equipa tem estado muito consistente. Os adversários são sempre diferentes e vamos para outra competição. No campeonato temos sido muito consistentes: permitimos muito pouco ao FC Porto, Casa Pia e Boavista. Queremos voltar a ser consistentes em termos defensivos e ofensivos, estando sempre muito ligados”.
Óscar Rivas: “Está recuperado e integrado. Ajudou-nos no Dragão, mas a equipa tem estado muito consistente. Tivemos ainda o Relvas e mudar dois centrais acaba por ser demasiado. O Rivas está a trabalhar bem e pronto para ajudar. Terá de esperar pela sua oportunidade, mas já esteve lá dentro. Se ela surgir, deve trabalhar bem e ajudar a equipa, como bem fez no Dragão”.