De olhos postos no quinto lugar, o técnico promete um Vitória SC no máximo do seu potencial para bater o Santa Clara

A ponta final do campeonato prossegue para o Vitória Sport Clube sob o signo do quinto lugar, atualmente ocupado pelo Santa Clara. O objetivo está bem definido e o técnico Luís Freire conta aproximar-se dele significativamente neste sábado, na visita da equipa açoriana ao Estádio D. Afonso Henriques, certo de que os Conquistadores atravessam um melhor momento, como expressam os números da segunda volta. Apesar disso, o treinador fez questão de sublinhar que é importante que os jogadores acrescentem algo “mais” aos seus melhores predicados para que o triunfo se torne uma realidade.
Final europeia diante do Santa Clara? “O Vitória SC é uma equipa que gosta de construir e de dominar os jogos. Procuramos sempre atacar e assumir as despesas do jogo, mas também devemos ser agressivos e reativos à perda de bola. Devemos saber ainda defender baixo porque isso terá de acontecer ao longo do jogo. Teremos de ser muito competitivos, jogando com agressividade. Procuramos sempre isso, mas temos de ser mais dominadores, mais ofensivos e a criar mais oportunidades do que o adversário. Teremos de estar sempre por cima no jogo, fazendo por merecer a vitória. Isso é fundamental. Se fizermos por merecer uma vitória, ela vai aparecer. Temos de fazer de tudo por isso. É esse o nosso espírito, é isso que quero da equipa”.
Distância para encurtar: “Temos 21 pontos em disputa. Todos os jogos são extremamente importantes e vamos defrontar uma equipa que está no quinto lugar há muito tempo, desde a sexta ou sétima jornada, salvo erro. Também já esteve no quarto lugar e tem vindo a fazer uma segunda volta regular, com 15 pontos somados em dez jogos. Ou seja, tem uma média de 1,5 pontos por jogo. Nesse aspeto, nós estamos melhores: temos 17 pontos somados em dez jogos, o que dá uma média de quase 1,7 pontos por jogo e o que nos permitiria o quinto lugar na segunda volta. O Santa Clara mantém uma bitola interessante em termos pontuais; nós temos sido ainda melhores. E amanhã podemos encurtar a distância para um ponto em relação ao quinto lugar. Essa é a realidade e não passa disso. Se reduzirmos essa distância para um ponto, nada ficará decidido. Se empatarmos ou perdermos, temos mais seis jogos pela frente. Ou seja, nada ficará decidido amanhã, mas não fugimos da importância do próximo jogo. Será, aliás, uma partida importante para as duas equipas. Sempre assumimos que pretendíamos o quinto lugar mesmo quando estávamos em oito e sétimo lugar. E não acredito que o adversário também não quer o sexto lugar quando está em quinto, depois de terem passado o campeonato quase todo entre o quarto e o quinto lugar”.
O que pode marcar a diferença: “É sempre bom começar um jogo por cima, marcando primeiro. Mas nem sempre um jogo termina à imagem do seu começo. Por exemplo, no Bessa, frente ao Boavista, estávamos em desvantagem no marcador ao intervalo e depois demos a volta para 2-1. Em Moreira de Cónegos também sofremos primeiro um golo e depois demos a volta ao marcador, acabando por sofrer o golo do empate perto do final. Um bom começo é sempre interessante, mas o que realmente importa é como termina o jogo. Temos de estar prontos para tudo, para reagir a uma desvantagem ou a um empate que dure praticamente até ao fim, marcando no último minuto. Temos de ser resilientes. Foi assim por exemplo frente ao Casa Pia, ganhámos esse jogo praticamente no fim. Cada equipa tem a sua estratégia e nós sabemos que o Santa Clara é uma equipa muito competente e forte nas transições. Tem jogadores rápidos na frente, sendo ainda uma formação organizada defensivamente e que ataca muito bem a profundidade. Estamos bem identificados com isso, sabemos quem somos e o que pretendemos”.
Gustavo Silva será opção? “Não vou dizer se o Gustavo estará disponível ou não. Amanhã terão a oportunidade de verificar isso, mas o Gustavo foi um jogador influente e o melhor marcador da equipa na primeira volta do campeonato. Será mais um que nos poderá ajudar nesta segunda volta. Tenho a certeza de que nos vai ajudar até ao fim e todos são importantes nesta fase. Temos de nos unir, está na hora de reunir as tropas. Quantos mais estiverem disponíveis, tanto melhor. O Gustavo Silva tem uma valia muito grande no último terço do terreno de jogo”.
Os golos sofridos a partir de lançamentos laterais: “Em março fizemos dez pontos em quatro jogos. É claro que queremos sempre mais e colocamos sempre mais exigência. Queremos ser sempre melhores em todos os detalhes e queremos sempre mais vitórias. Já não perdemos há oito jogos no campeonato, vamos com 16 pontos nos últimos oito jogos, o que dá uma média de dois pontos por jogo. Temos vindo a recuperar, fazendo bem muita coisa. É verdade que o Vitória SC já foi muito penalizado por determinadas situações, mas foi há mais tempo, sofrendo golos devido a pormenores. Olhamos para aquele golo que sofremos em Moreira de Cónegos [na sequência de um lançamento] mais como uma exceção e não como uma regra. A equipa está muito mais atenta porque melhorou muito no registo defensivo. Esse lance específico foi, de resto, trabalhado; mais do que falado foi trabalhado. Vão acontecer mais lançamentos e amanhã teremos de estar no sítio certo, com a disponibilidade certa”.
Mikel Villanueva conta? “Não vou dizer se o Mikel está disponível ou não. Isso ainda não é um dado”.