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“Está a ser um ano muito enriquecedor”

Tiago Gonçalves é um dos guarda-redes dos Conquistadores

De Bragança a Guimarães são duas horas de distância mas Tiago Gonçalves precisou de esperar até aos 18 anos para conhecer a cidade-berço. O guarda-redes é uma das caras novas no Vitória SC e tem alternado a sua participação entre os trabalhos dos Sub-23 e a equipa B. Ainda com idade de Sub-19, o jovem natural de Vinhais, encontra-se, neste momento, ao serviço da equipa de Moreno mas já brilhou na Liga Revelação.

A análise à época e a este primeiro ano de rei ao peito é feita na primeira pessoa e de uma forma bastante positiva: “Está a ser um ano muito enriquecedor. O que conta são as experiências e tem sido um ano muito rico nesse sentido. Estou em contato com pessoas diferentes, em contextos diferentes e isso ajuda-me a crescer, porque obriga-me a estar sempre pronto para o que possa surgir. Nos últimos jogos, tenho alinhado nos Sub-23 mas posso também jogar na fase final de Sub-19. Além disso, também já tive a fantástica experiência de treinar na equipa principal, o que por si só é um motivo de muita satisfação. Uns dias antes estamos no estádio a ver ídolos, como André André e Quaresma, e depois estamos a treinar com eles”.

A viver em Guimarães, Tiago Gonçalves aproveita os momentos livres ao fim-de-semana para ver os mais jovens vitorianos. É, por isso, habitual vê-lo nas bancadas da Academia a assistir aos jogos dos escalões mais novos. A apoiar e a avaliar os futuros craques da baliza. “O Vitória está muito bem servido na posição de guarda-redes nos escalões profissionais mas também na formação. No outro dia fui ver um jogo de Sub-15 e gostei muito do guarda-redes”, contou.

A avaliação aos outros está feita mas e a si próprio? Falar de nós pode ser, por vezes, uma missão ingrata mas facilitamos a tarefa ao Tiago e começamos por apontar-lhe uma característica: a frieza para defender grandes penalidades. “Por acaso, o penalti que defendi no jogo contra a B Sad – o Vitória vencia por 1-0 – não foi o primeiro, devo ter alguma habilidade para travar grandes penalidades. Além disso, penso que sou bom a sair entre os postes mas devo melhorar o meu jogo com os pés. Aliás, o mister Douglas tem procurado ajudar-me neste sentido porque ele valoriza muito o trabalho de pés”, afirmou, reconhecendo a “mais-valia” de lidar com o antigo guarda-redes: “O Douglas tem uma comunicação connosco que nos deixa muito à vontade. Senti muito conforto na forma como ele me recebeu e isso permite-me estar mais solto no treino e assimilar melhor as coisas. E, claro, é sempre importante ter ali alguém que a gente identifique como a imagem do Vitória e nos transmita o ADN do clube”.

“Fui para a baliza porque era o mais alto”

Tiago não era o “gordinho” do bairro mas era o mais alto e foi, por isso, que o seu destino passou pela baliza. O guarda-redes começou a jogar a central mas recuou no terreno devido à sua altura. Não se arrepende e assume até gostar da “responsabilidade” que a sua posição acarreta: “Comecei a jogar com 6 anos mas fi-lo pela vertente lúdica, depois com 8 fui para a baliza porque era o mais alto. No início, não olhava para o futebol como uma possível carreira até porque são poucos os jogadores que saem de Bragança para clubes maiores. No entanto, já com 14 anos, o FC Porto viu-me no Torneio Lopes da Silva e fui para lá jogar. Depois de cinco anos, achei que precisava de uma mudança e cá estou, a viver mais uma nova e rica experiência”, concluiu.