fbpx
preloader

Tertúlia do Centenário recorda conquista da Taça de Portugal em 2013

Rui Vitória, Luís Esteves, Douglas e Leonel Olímpio partilharam memórias do Jamor

A ASMAV – Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense recebeu a quarta Tertúlia do Centenário, organizada pelo Vitória SC e pela Comissão do Centenário no âmbito das comemorações dos 100 anos do clube, e nesta edição, o foco esteve naquela que foi a maior conquista do futebol profissional vitoriano: a Taça de Portugal em 2013.

Dos heróis que conquistaram o maior trofeu da história do Vitória SC estiveram presentes, nesta tertúlia, o treinador Rui Vitória, o treinador de guarda-redes, Luís Esteves, e os jogadores Douglas e Leonel Olímpio.

Ao longo das duas horas de partilha de histórias e de sensações daquela tarde (e noite) de maio, foram vários os momentos de saudação a estes quatro elementos fundamentais nesta conquista.

Para Rui Vitória, o treinador do Vitória SC aquando da maior conquista do seu historial, o triunfo no Jamor foi especial. “Estou aqui com todo o prazer. Tinha de vir cá a Guimarães numa situação diferente. Vim cá como adversário, mas ainda não tinha tido o prazer de estar aqui convosco. Foi um momento muito importante na minha carreira e na vida do clube. É um orgulho para mim estar ligado à história do Vitória. É um orgulho saber que estou no coração dos vitorianos. Espero que venham mais troféus, mas este foi realmente o primeiro”

Na equipa técnica de Rui Vitória estava Luís Esteves, que treinava especificamente os guardiões das redes vitorianas, e, para ele, ter ganho a Taça daquela forma foi extremamente gratificante. “Aquele dia, aquela preparação foi algo de especial. Era um vimaranense, um vitoriano a preparar aquele jogo. Naquele dia estava a viver as emoções com a minha família dentro do balneário, mas a pensar na minha família que estava na bancada. A nossa família dos guarda-redes era especial. Treinar o Douglas fica na memória. Tentamos colocar o nosso cunho, mas o mérito nas eliminatórias com o Vitória de Setúbal e Marítimo, que vencemos nos penáltis, foi dele”.

A 26 de maio de 2013, Douglas foi o guarda-redes que defendeu a baliza vitoriana, e o agora adjunto de Moreno na equipa B do Vitória partilhou o que sentiu nos minutos depois do segundo golo. “Depois do primeiro golo… comecei a pensar nos penáltis. Nem deu tempo, marcámos logo o segundo golo. Depois do segundo golo, de cada vez que a bola vinha para a nossa área estava tranquilo, mas de cada vez que ia para longe eu começava a sentir cãibras. Foram 12 minutos assim… calhou bem”.

Por sua vez, Leonel Olímpio, que entrou em campo com a braçadeira de capitão, mostra-se grato pela força que a cidade deu nesta conquista. “Vai ficar marcado para sempre. Foram muitas dificuldades, tivemos de lidar com a desconfiança, as dificuldades financeiras. Aquelas lágrimas no final foram de desabafo, de dever cumprido. Espero que o Vitória nunca mais passe por um momento de dificuldades daquele. A cidade deu-nos confiança e acreditou naquele ano que foi muito difícil. Se fosse outra época, se calhar o mister não tinha terminado a época, assim como alguns jogadores. Mas, fomos abençoados com a conquista. O Vitória já teve planteis mais ‘badalados’, mas fomos nós que marcamos a história do Vitória”.

Esta tertúlia insere-se numa série de atividades englobadas na celebração dos 100 anos do Vitória Sport Clube, organizadas pela Comissão do Centenário ao longo dos últimos meses.