Alex Freitas recordou o triunfo ao Sporting em 2014/15, dando conta de um Vitória SC muito unido e raçudo que superou o orçamento superior do adversário num jogo em que parecia que se discutia um título. Certo de que não faltará apoio à equipa no jogo marcado para esta segunda-feira, o extremo aposta num bom resultado
Protagonista de uma das páginas mais eloquentes dos jogos entre Vitória SC e Sporting, Alex Freitas jamais esquecerá o “ambiente arrepiante” vivido em 2014/2015, aquando da vitória por 3-0 diante do Sporting. Num depoimento exclusivo à Comunicação do Clube, o extremo recordou a chegada “inesquecível” ao Estádio D. Afonso Henriques, a força transportada desde as bancadas e a união entre adeptos e equipa. Tudo isso permanecerá para sempre na sua memória. Residente em Guimarães por vontade pessoal, garantiu que jamais abdicará da paixão que sente pelo Vitória SC e torce pela retoma da equipa comandada por Moreno Teixeira.
Memória boa: “É uma boa recordação. Ficará na memória para sempre, tanto para os jogadores como para os adeptos que assistiram a essa partida. Ainda vou falar dele aos meus filhos e aos meus netos. Fizemos uma exibição inacreditável e também foi uma prova evidente de que os orçamentos não decidem jogos. Vínhamos de uma sequência muito positiva e, logo à entrada do estádio, sentimos o apoio forte dos adeptos. Parecia que tínhamos pela frente o jogo do título. Eram muitos a puxar por nós, era inacreditável. O ambiente que se criou no estádio deu-nos ainda mais força. Mesmo antes do jogo, senti arrepios”.
Orçamentos fintados: “Quando vens de uma sequência menos positiva, parece que a bola queima. Não te sentes confortável e, se falhas uma receção de bola, podem começar a assobiar. É normal, mas os vitorianos também compreendem que não estamos numa fase positiva e, por isso, os jogadores poderão contar com eles. Dentro de campo não há orçamentos: cada um tem duas perninhas e dois bracinhos. Só a qualidade não chega. Várias equipas do Vitória podiam ter menos qualidade do que alguns adversários, mas tinham brio e isso fazia a diferença, com os jogadores sempre muito unidos. Por outro lado, os jogadores sabem que os adeptos vão aparecer para apoiar”.
Partida de segunda-feira: “Os jogadores vão apresentar-se por certo muito motivados e, com o apoio forte dos adeptos, acredito que serão capazes de fazer um bom jogo, saindo desta má fase, com a equipa a não ganhar há alguns jogos. Os jogadores e os adeptos sentem isso. É um jogo importante para dar volta e fazer uma reta final positiva no campeonato”.
Os assobios e os aplausos: “Consigo compreender a parte dos adeptos e também consigo entender a equipa, especialmente o treinador. No Vitória, onde há muita pressão, tanto podes ser assobiado por uma má receção como te batem palmas por ganhares uma bola num carrinho. Passas do oito ao 80. Temos de estar preparados para tudo. Temos de nos agarrar às coisas boas. É assim que a adrenalina sobe em cada jogo. Têm de pensar que tanto podem ser assobiados num lance como depois serem aplaudidos”.
Saudade: “Tenho muitas saudades deste clube. Vivi aqui os melhores anos da minha carreira. É por isso que fiquei a viver em Guimarães. Não sou natural desta cidade, mas parece que sou de cá desde sempre. Eu e a minha mulher. Provavelmente não vou voltar a vestir esta camisola e a vida continua. Ficaram as boas recordações, muitas inesquecíveis”.
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