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Douglas: “Quando todos puxam para o mesmo lado dá inferno branco”

Dono da baliza em 2018/19, Douglas contava com uma muralha defensiva sincronizada quando Bruno Fernandes, Bas Dost e Raphinha, entre outros valores do Sporting, visitaram o Estádio D. Afonso Henriques. O guarda-redes chegou e sobrou para as ameaças e Tozé fez o resto, materializando a união perfeita entre a equipa e os adeptos do Vitória SC

O último triunfo do Vitória SC sobre o Sporting (1-0), em casa, aconteceu em 2018/19 e contou com a participação de Douglas, o atual treinador dos guarda-redes da equipa principal. A partir da baliza, o antigo guardião contemplou uma equipa consistente no plano defensivo do princípio ao fim, com Tozé a faturar logo aos 26 minutos e os adeptos a torcerem de forma ensurdecedora. Para que o plano traçado pelo técnico Luís Castro funcionasse em pleno, nada poderia falhar e o ex-guardião brasileiro fez a sua parte, segurando de forma eficaz os tiros pontuais enviados do outro lado da barricada, onde pontificavam Bas Dost, Bruno Fernandes, Marcos Acuña, Raphinha e Jovane Cabral. O peso do Estádio D. Afonso Henriques e o espírito guerreiro da equipa, sempre a crescer no jogo, fizeram eclipsar, de forma clara, os trunfos com proveniência de Alvalade.

Consistência defensiva: “Defrontámos jogadores de um nível muito elevado, mas tratámos de enfrentá-los dentro da nossa matriz habitual naquela época. A equipa defendia muito bem, com organização. Fui para esse jogo já com a noção de que não teria muitas ações ao longo da partida. Seriam intervenções pontuais e, naturalmente, não poderia falhar. E a verdade é que isso se confirmou no jogo com o Sporting: tive ações pontuais e, felizmente, correspondi, com a baliza a ficar a zero e o Vitória a ganhar”.

O apoio “absurdo” do público: “No Estádio D. Afonso Henriques, quando todos puxam para o mesmo lado, entre a bancada e a equipa, é algo absurdo e extraordinário. O impacto é sempre muito positivo para a equipa. Foi isso que se verificou no jogo com o Sporting. A equipa chegou à vantagem logo no primeiro tempo e o apoio da bancada foi permanente, até ao fim. Recordo-me de um jogo muito disputado, com oportunidades para as duas equipas”.

Barulho: “O ambiente no estádio era incrível, verdadeiramente especial. É isso que mais falta faz a quem já terminou a carreira de futebolista. Havia um barulho infernal, era o inferno branco, que se traduziu num importante triunfo”.

Sufoco na segunda parte para o Sporting: “O Vitória poderia ter vencido essa partida até por mais golos. Na segunda parte tivemos algumas oportunidades flagrantes, normalmente em movimentos de transição. O Ola John dispôs de pelo menos duas, mas o guarda-redes Renan respondeu com boas defesas”.

A preparação de Luís Castro: “É um treinador muito tranquilo e preparava sempre muito bem a equipa. Defendíamos sempre muito bem e tínhamos bons jogadores. Trabalhou muito a nossa confiança e o facto de jogarmos em casa, tendo os nossos adeptos do nosso lado. Toda a semana foi preparada com o claro intuito de ganhar aquele jogo”.

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