A renovação de contrato, a estreia na equipa principal e a dedicatória especial sempre que marca um golo. Vê a entrevista de Diogo Ferreira dias após ter acertado a continuidade em Guimarães

Ao cabo de uma época marcada por um “misto de sensações”, a maior emoção chegou aquando da renovação do contrato. Diogo Ferreira viveu, na presente temporada, momentos de “altos e baixos” e alguns até “inesquecíveis”. A estreia na equipa principal surge na lista como um dos mais emotivos e, em entrevista aos meios de Comunicação do Clube, o extremo explicou a razão.
É em Guimarães que se sente bem, e em casa, e também por isso a opção de renovar surgiu como “algo natural”. Com a temporada a terminar, o jovem natural de Lisboa aponta atenções para o futuro, desejando manter os índices de felicidade no nível máximo.
Lê as declarações do jogador vitoriano:
Os primeiros anos no Vitória: “Fui muito bem recebido, desde o início que me senti muito bem com toda a gente e quero continuar cá por muitos anos. No início quando recebi a proposta fiquei muito entusiasmado porque poder jogar no Vitória, num grande clube em Portugal, seria um orgulho enorme. Mas também tive um bocadinho de medo porque nunca tinha saído de casa. Vim sem receios para agarrar esta oportunidade.”
Balanço de época: “Tem sido um misto de emoções porque na equipa B não correu bem. Ainda assim, conquistei objetivos a nível pessoal: fiz o meu primeiro treino na A, estreei-me na A, usei a braçadeira no jogo da B. Infelizmente, na Liga 3 as coisas não correram bem e custou-me muito, principalmente porque aconteceu no ano do centenário do Clube. A culpa não é de ninguém, é de todos nós. Temos de nos agarrar ao trabalho e não às justificações. Temos de nos erguer para depois subir.”
Estreia na equipa A: “Foi uma semana muito estranha. Tinha sido expulso contra o Braga e ia voltar a jogar nesse fim de semana. No entanto, fui chamado a um treino da equipa A e no dia seguinte convocaram-me para ir de estágio para Lisboa. Não estava a acreditar, fui para Lisboa, e pude estrear-me na cidade onde sou natural. Por causa disso, tive muita gente a ver o jogo e foi bom ter sentido o apoio deles num momento tão especial para mim. A minha passagem pelo Vitória não tem sido só de momentos bons e os meus amigos e familiares têm-me acompanhado. Sei que foi um orgulho enorme para eles todos.”


Renovação: “Renovei porque quero ser um jogador da equipa A e quero trabalhar para isso. Quero mostrar-me preparado para ajudar o Clube. Sempre que jogamos no Vitória temos de ser muito ambiciosos, se nos mostrarmos a um bom nível quem está acima de nós vai ver e vai valorizar e acreditar no nosso potencial. Desde que aqui cheguei, não tenho sido muito constante. Nesta época não atingi mil minutos e é algo que eu quero melhorar e quero ser uma opção viável para a equipa principal.”
As saudades da mãe: “A minha mãe faleceu há quase 5 anos e hoje consigo tranquilamente falar sobre isso. É a minha história, é a minha vida. Tenho a imagem dela nas nas caneleiras, assim sinto que estou sempre acompanhado por ela. Sempre que marco um golo dou um beijo nas caneleiras, aliás, como fiz no último jogo com o Canelas.”
A amizade com Yuk: “O Yuk é a minha sombra. Ele faz tudo aquilo que eu faço. Já nos conhecemos desde o tempo do Sacavenense e para ele foi bom poder ter-me aqui com ele. Quando ele chegou, não falava português, naturalmente, e eu ajudei-o muito a falar e a entender. Este ano, já no Vitória, partilhamos casa e tem sido mais fácil para ele. Aliás, também para mim é bom poder contar com ele porque é um bom amigo e também me permite aprender outra cultura diferente da minha.”