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Diogo Sousa quer a estreia antes da carta de condução

Médio de 17 anos não se dá por satisfeito com a inclusão nos trabalhos da pré-época da equipa principal. Enquanto absorve de perto os preciosos conhecimentos das referências André André e Tiago Silva, assume sem rodeios o desafio de se fixar no grupo

Oriundo do viveiro de jovens talentos do Vitória Sport Clube, Diego Sousa é um nome a fixar. Tem apenas 17 anos e não precisou de muito tempo para se destacar na pré-época da equipa principal, o que não surpreende quem o viu na época passada, primeiro nos juvenis e depois nos juniores. Estará talhado para grandes voos, mas não se deixa deslumbrar pela notoriedade que conquistou em tempo recorde, ciente de que ainda tem muitos patamares para vencer até realizar, de vez, o sonho de atuar pela primeira equipa, embora se saiba que queimar etapas é uma das suas especialidades. Natural de Felgueiras e conquistador desde os oito anos (diz que se apaixonou pelo clube aos cinco), o médio diz-se grato ao técnico Moreno Teixeira pela oportunidade e não esconde que chegou a estranhar quando se viu a trabalhar entre dois monstros especiais do meio-campo: André André e Tiago Silva.

Desenvoltura nos treinos e jogos: “Julgo que estou a beneficiar de um processo de adaptação equilibrado, sem grandes apostas. Tenho-me focado no meu trabalho, contando sempre com a ajuda dos meus companheiros, e espero continuar a evoluir. Estou às ordens do mister Moreno para ser mais uma opção”.

Um jovem que é veterano no clube: “Esta será a minha décima época como jogador do Vitória SC. Há muito que conheço as exigências do clube e, naturalmente, alimentava o sonho de atingir este patamar. Espero manter-me por aqui, ciente de que os adeptos exigem muito da equipa. Trabalho para conquistar um lugar no plantel, ajudando da melhor forma o clube”.

O dia em que foi convocado para a pré-época: “Recebi essa comunicação através de uma chamada do team manager da equipa principal, quando estava a sair de um treino. Senti uma alegria enorme. Não escondo que tinha o objetivo de alcançar a equipa principal, mas não esperava que tal acontecesse tão cedo. As pessoas reconheceram o meu trabalho. Mal soube dessa chamada, liguei aos meus pais e depois aos meus amigos. Ficaram todos muito felizes por mim”.

Referências no meio-campo: “Sempre gostei de ver jogar o André André e o Tiago Silva. Admiro-os pela qualidade técnica e perceberem muito bem o jogo. Estou sempre a observá-los para aprender um pouco mais. De início, no primeiro treino, foi um pouco estranho trabalhar com eles. Estava habituado a vê-los, a partir de fora, e agora tenho a oportunidade de treinar juntamente com ambos. É muito bom. Tenho feito os possíveis por me adaptar à equipa, fazendo o melhor que sei. Quero ajudá-los da mesma forma que conto com a ajuda deles. Só assim podemos melhorar todos. Trabalhar entre os grandes profissionais do Vitória SC é uma boa oportunidade para mim. Acho que tenho mostrado capacidades, mas também tenho sido muito ajudado, por todos”.

Nas mãos de um treinador que gosta de lançar jovens: “É sempre bom quando se trabalhar com um treinador que olha para a formação do Vitória SC. Está atento à nossa qualidade e ao nosso trabalho. Só por isso se tornou a minha presença, assim como as presenças do Gui e do Rodrigo Duarte, que também têm a mesma idade [17 anos]. Estamos cá pelo nosso trabalho, mas estou muito grato ao treinador por esta oportunidade”.

Disponível para a equipa principal, bês e juniores: “Estou ao serviço do clube e disponível para qualquer equipa. Darei sempre o meu melhor na próxima época, seja qual for a equipa. É bom saber que os adeptos reconhecem o meu trabalho, mas será sempre o treinador a tomar decisões”.

Confortável no esquema 3x5x2: “De início estranhei um pouco. Nunca tinha jogado num sistema diferente do 4x3x3, mas o trabalho ajudou-me a adaptar. Estou feliz por me sentir útil”.

Golos: “Gosto de me aproximar da área para rematar. Conto ajudar a equipa também com golos”.    

Paixão: “Apesar de ser natural de Felgueiras, tenho família em Guimarães e sou vitoriano desde os cinco anos”.

Primeiro a carta de condução ou a estreia pela equipa principal? “A minha prioridade é estrear-me pela equipa principal do Vitória SC, sem dúvida alguma. A carta será depois, quando fizer 18 anos. Gostaria que acontecesse no Estádio D. Afonso Henriques. Seria um momento marcante e inesquecível. Sinto que estarei mais próximo de alcançar esse objetivo”.