Para lá da espuma do triunfo na Eslovénia, o central do Vitória Sport Clube lamenta os três golos sofridos no primeiro jogo oficial da época. Dando conta de um grupo mais capaz e de olhos postos no apuramento para a terceira pré-eliminatória da Conference League, aposta num D. Afonso Henriques cheio para o reencontro com o NK Celje
O carrossel de emoções que marcou o primeiro jogo com o NK Celje, a contar para a primeira mão da segunda pré-eliminatória da Conference League, teve o desfecho mais desejado pelos profissionais do Vitória Sport Clube. A equipa saiu a ganhar da Eslovénia (3-4) e André Amaro, autor do terceiro golo dos conquistadores, fez questão de sublinhar a resiliência do grupo às ordens de Moreno Teixeira, que, numa partida eletrizante, reagiu de forma implacável a um golo muito precoce e depois a uma igualdade, perante um adversário combativo e sempre de olhos postos na baliza de Bruno Varela. As manifestações de satisfação do defesa envolvem, porém, reparos muito concretos. Nem tudo saiu bem e, como consequência disso, o adversário foi uma ameaça até ao fim, acabando por reduzir a vantagem de dois golos do Vitória SC para apenas um. Sendo relativa a margem de conforto para a segunda mão, nesta quinta-feira, André Amaro faz votos para que o Estádio D. Afonso Henriques se apresente cheio e ruidoso.
O golo: “A equipa está de parabéns. Viu-se em desvantagem no marcador muito cedo e soube reagir, tal como soube reagir quando o adversário chegou à igualdade. Quanto ao meu golo… Todos os golos foram importantes, não podemos é sofrer tantos. Vamos trabalhar nisso para a próxima eliminatória. É sempre especial marcar por este clube, mas preferia que não tivéssemos sofrido o terceiro golo”.
Alertados: “Não queríamos sofrer aquele terceiro golo, porque iríamos mais confortáveis para a segunda eliminatória com uma vantagem de dois. Mas esse conforto não significaria o mesmo que relaxamento nem descontração. Seria apenas outra margem de vantagem. Com apenas um golo de vantagem, teremos de estar mais alerta”.
Determinação: “Ficou um sabor agridoce no fim desta primeira mão. Podíamos ter saído da Eslovénia com uma margem de vantagem mais dilatada, de pelo menos dois golos, mas o futebol é assim. Há que pensar agora na segunda mão. Não vamos com uma vantagem confortável e estamos na Conference League. Envolve equipas difíceis. Temos pela frente outro jogo difícil e, por isso, teremos de entrar na máxima força”.
Meia surpresa: “Analisámos bem o adversário e sabíamos que essa equipa seria capaz de causar problemas. Foi isso que aconteceu”.
Primeiro jogo oficial da época: “Sentimo-nos preparados para o resto da época. Fomos a primeira equipa portuguesa a arrancar e, já na época passada, deu a resposta que deu. Estamos prontos tanto mentalmente como fisicamente para uma temporada longa e dura”.
Expectativa: “Espero que os nossos adeptos encham o estádio e que se façam sentir. Precisamos do apoio deles. Contamos com todos”.
Equipa mais capaz na UEFA: “Sinto que a equipa está muito melhor do que na época anterior. Os jogadores já têm outra estaleca. Estamos juntos há mais tempo e conhecemos melhor as ideias do treinador. Há que continuar assim, a crescer, sem nunca relaxar. Marcámos quatro golos, mas não podemos sofrer três”.