Costinha, dos Sub-17, bisou na última partida depois de se ter estreado com um hat-trick
Primeira jornada. Nova época. E Costinha faz o quê? Um hat-trick, pois claro. O avançado dos Sub-17 iniciou a temporada com o pé direito. E com a cabeça no lugar certo. Literalmente. É que é desta forma que o jogador mais fatura. Ao cabo de cinco jornadas, conta com cinco golos, tendo bisado na última partida. “Tenho marcado e ajudado a equipa, que é a minha principal função enquanto ponta-de-lança. Marco mais de cabeça, até porque sou dos jogadores mais altos da equipa. Na minha posição, convém que marque muitos golos e, curiosamente, comecei a época com um hat-trick, o que pode ajudar a ter uma boa média no final da temporada. Ainda assim, não penso em meta de golos porque, apesar de um ponta-de-lança ser avaliado por números, preocupo-me mais em contribuir para o sucesso coletivo da equipa”, disse.
Afonso Costa começou cedo a pensar enquanto grupo mas não o fez no futebol. Os primeiros toques na bola foram num espaço fechado, quando praticava futsal. Aos dez anos, decidiu mudar de vida. Ainda bem, acrescentamos. “Ao contrário da maioria dos jovens, eu não comecei no futebol. A minha primeira experiência no desporto foi no futsal, num clube que ficava mesmo ao lado de casa. Mais tarde, experimentei o futebol 11 e gostei. Ao fim de um ano lá no Aves, vim para o Vitória e estou cá há cinco”, contou.
Uma mão cheia de momentos e histórias que começam agora a ganhar forma. Natural de Santo Tirso, Costinha passa grande parte do tempo em Guimarães, na escola e na academia. Assume ser “pouco esforçado nas aulas” e reconhece que deveria estar “mais focado num plano B”. Ainda assim, a frequentar o 11º ano, o avançado sabe da importância dos estudos e deseja por isso seguir a área do Desporto. Para já, vai praticando exercício – e muito – na Academia: “Temos feito muito trabalho de campo mas há uma preocupação cada vez maior com a nossa condição física. Antes da entrevista, por exemplo, estive no ginásio porque todos os clubes reconhecem agora que a nossa performance dentro de campo é influenciada por todo o trabalho complementar, desde nutrição, psicologia ao ginásio”.
“Em casa, sentimos uma motivação maior”
Depois de dois triunfos gordos, a equipa de Sub-17 vai receber, este domingo, o CD Feirense em mais uma jornada da Zona Norte. Jogar em casa é sinónimo de conforto e Costinha é o primeiro a admiti-lo. “É diferente jogar em casa, sentimos uma motivação maior. A bancada é perto do campo e ouvimos os nossos pais a incentivarem-nos. No meu caso particular, os meus pais estão sempre presentes, tal como o meu irmão, que só não vem ver se por acaso também tiver jogo, uma vez que ele também é jogador”, disse, acrescentando que espera “um bom resultado para dar sequência a esta fase positiva da equipa”.