António Miguel Cardoso, o presidente do Vitória SC, explicou a substituição do treinador e confessou que admirava o trabalho de Álvaro Pacheco há muito tempo
A contratação de Álvaro Pacheco não foi um ato arbitrário. Por aí, António Miguel Cardoso não deixou margem para dúvidas. Certo de que a equipa principal de futebol terá por fim o embalo necessário para uma época amplamente positiva, o presidente do Vitória Sport Clube elogiou a liderança e a capacidade do novo treinador.
Sinalizado: “Na altura da saída do mister Moreno já gostávamos do mister Álvaro. A convicção no seu trabalho não é de agora, mas estava a trabalhar no Estoril pelo que não equacionámos isso. Fomos buscar um treinador que nos dá garantias para fazer uma época forte, construindo um futuro com mais força”.
A decisão tomada: “Temos de ter capacidade para tomar decisões consoante vão aparecendo os momentos. Na época passada acreditámos no mister Moreno e mantivemo-nos fiéis a ele, mesmo com a contestação dos associados. Tivemos de reagir, com total confiança no que estávamos a fazer. A equipa evoluiu, mérito ao mister Paulo Turra. Sentimos, porém, que as coisas não estavam bem e que era preciso corrigir, pelo que não tivemos receio. É preciso uma liderança e decidimos. Este é um momento conturbado, mas em breve vamos ter estabilidade e arrancar para uma grande época. Não podemos ter medo de tomar decisões”.
Sem receio: “Era confortável não fazer nada, mas esta administração do Vitória veio para liderar e para que o clube possa ter muitos mais títulos nos próximos 100 anos. Não temos receio, acreditamos. Não podemos ser orgulhosos. Quando tomamos uma decisão e sentimos que as coisas não estão bem, corrigimos”.
Liderança: “Queremos um caminho para o Vitória. Sentimos que as coisas não estavam bem, falámos com o mister Paulo Turra e as coisas foram decididas. O mister Álvaro tem muitas competências, que validámos, mas há uma característica neste momento que sublinho, que é a liderança. Acreditamos que estamos protegidos. O Vitória está com 13 pontos, mas tem de continuar a somar pontos com este equilíbrio para continuar a crescer no médio, longo prazo”.
A saída de Paulo Turra: “O ruído aparece sempre quando se tomam decisões deste tipo, faz parte. Muitas vezes houve ruído na época passada. Por convicção, acreditámos sempre que as coisas iam funcionar com o mister Moreno. Este ano a época começou e o mister Moreno quis sair, porque estava desgastado. Seguiu a vida dele e bem. Achámos que era muito importante, além das suas competências, que o novo treinador trouxesse rendimento físico e liderança. Era preciso que essa liderança existisse no balneário, no dia a dia da equipa de futebol profissional. Em alguns momentos, nestes últimos dias, essa liderança enfraqueceu e sentimos que já não existia caminho. Estamos aqui para decidir, para corrigir quando é preciso”.