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Álvaro Pacheco: “É assim que vamos crescer”

O treinador deixou elogios à prestação dos jogadores e lamentou não conseguir dedicar triunfo aos adeptos, mas olha para a derrota em Moreira de Cónegos como parte do processo de crescimento: “saber lidar com as derrotas é importante”

Álvaro Pacheco não conhecia o sabor da derrota até ouvir o apito final em Moreira de Cónegos que selou o resultado: 1-0. “Sabíamos que um dia íamos perder, isto faz parte do nosso processo”, disse. No entanto, não é o conhecimento que torna a derrota menos dolorosa. “Não queríamos perder, não gostamos de perder, mas é importante para crescermos e para sabermos lidar com as derrotas de uma forma natural”, atirou em jeito de reflexão. Na análise que fez ao jogo, o técnico elogiou a atitude dos jogadores e culpou a falta de assertividade perto da baliza. No entanto, classificou o resultado como injusto e acredita que o Vitória “merecia” ter somado pontos no dérbi vimaranense.

Para o timoneiro, o golo sofrido “não foi displicência” e o mais importante agora é aprender com os erros e trabalhar para regressar aos bons resultados o quanto antes. “Eu quero que os meus jogadores nunca percam a coragem de tomar decisões. Temos é de aprender com os nossos erros para estarmos mais fortes no futuro”, disse. Apesar do resultado negativo da 10.ª jornada, a prestação da equipa, que se manteve fiel aos seus ideais independentemente do resultado, mereceu elogios: “nunca se desviaram daquilo que somos e, mesmo a perder, mantivemos a nossa identidade”.

A análise ao jogo: “O Moreirense foi capaz de fazer mais golos do que nós. Penso que a derrota é injusta e que o Vitória merecia conquistar pontos aqui. Na primeira parte, o jogo foi mais equilibrado e o Moreirense conseguiu criar-nos mais dificuldades. Foram mais fortes do que nós nos duelos. Tiveram muito mais capacidade de luta, de ganhar a bola e de conseguir acelerar o jogo. Conseguiram deixar-nos desconfortáveis, mas mesmo assim nunca criaram grandes oportunidades. Nós não conseguimos ser tão assertivos. No entanto, conseguimos chegar perto da baliza. Ganhamos muitos cantos, ganhamos muitas situações de bolas paradas. Podíamos ter sido mais felizes. Na segunda parte tivemos uma postura muito melhor do que na primeira. Começamos a ganhar duelos, a estar mais compactos, a ganhar não só a primeira, mas a segunda bola, a não permitir que o Moreirense conseguisse acelerar o jogo e a empurrá-los para o seu último terço”.

O golo sofrido: “Sabíamos que não podíamos perder a bola e, de uma perda de bola, surge o golo. Penso que a equipa reagiu bem. Ficamos nervosos por estarmos em desvantagem, mas continuamos a procurar fazer o golo. Tivemos algumas situações em que o podíamos ter feito e o golo do empate seria justo, mas não fomos capazes. Agora, o jogo já acabou. Estamos tristes principalmente porque os adeptos mereciam e queríamos dedicar-lhes os três pontos. Não conseguimos. Agora temos de olhar em frente para o próximo desafio. O golo sofrido não foi displicência. Eu quero que os meus jogadores nunca percam a coragem de tomar decisões. Temos é de aprender com os nossos erros para estarmos mais fortes no futuro.”

O que faltou: “Havia muito espaço e os jogadores estavam bem posicionados. Faltou-nos mais calma e sermos mais assertivos. Criamos muitas situações de levar a bola até ao último terço. Tivemos muitos remates à baliza, remates bloqueados, bolas paradas. Tivemos a capacidade de chegar à frente, mas não conseguimos fazer golo. A equipa ficou um bocadinho intranquila, posso dizer que sim. No entanto, acho que manteve sempre a serenidade e o controlo do jogo, tanto é que na segunda parte entramos muito fortes, entramos muito bem. Faltou-nos a capacidade de sermos mais assertivos no último momento para fazer o golo. Como o jogo estava equilibrado, a equipa que marcasse primeiro ficava mais perto de ganhar. Não só pela injeção de confiança, mas porque podia gerir o jogo de outra forma. Foi isso que o Moreirense fez. Quando ficou em vantagem, baixou as linhas, reduziu o nosso espaço. Mesmo assim, chegamos à baliza, mas não conseguimos marcar”.

A derrota faz parte do processo: “Faltou estarmos mais tranquilos para descobrir as soluções. A derrota faz parte do nosso crescimento, estamos a evoluir. Não posso apontar nada à prestação, à entrega, à atitude e ao querer dos nossos jogadores. Nunca se desviaram daquilo que somos. Mesmo a perder, mantivemos a nossa identidade, mantivemos o nosso jogo posicional, mantivemos a procura do espaço para poder acelerar não só por dentro como por fora. Faltou-nos ser mais assertivos no último terço. Hoje não fomos felizes nesse capítulo, mas tenho de estar contente e satisfeito pela entrega e atitude dos nossos jogadores. É assim que vamos crescer. Saber lidar com as derrotas é importante. Sabíamos que um dia íamos perder. Isto faz parte do nosso processo. Não queríamos perder, não gostamos de perder, mas é importante para crescermos e para sabermos lidar com as derrotas de uma forma natural”.